F-35A Lightning II na FAP

  • 3102 Respostas
  • 461955 Visualizações
*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 8085
  • Recebeu: 1327 vez(es)
  • +6534/-1403
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1860 em: Fevereiro 17, 2025, 04:53:21 pm »
Citar
Huh... F-35? Os submarinos são uma arma inconsequente na guerra aérea. Falar em dominar o Atlântico, e ignorar a vertente aérea, é suicídio.

A lógica de "com o dinheiro do F-35 comprava-se...", implica que Portugal deixa de ter aviação de caça. Só um louco avançaria com essa opção.

Eu não falei em dominar o Atlântico. Nós perdemos o domínio do Atlântico provavelmente em 1581, quando aceitámos que esse controlo passaria para a Coroa de Castela e Leão.
Eu disse “ter uma palavra a dizer” o que no máximo é contestar a capacidade de outra potência garantir o total domínio do mar entre os Açores e o continente.

Mesmo que em vez de F-35 nós tivéssemos F-22, nunca conseguiríamos controlar o mar. Não temos nem vamos ter dimensão para isso.

Os dois submarinos são a única coisa que pode fazer com que alguém pense. Se em vez de dois fossem seis, o resultado seria triplicado.

A nossa aviação de caça, existiu desde o final da II guerra mundial, para combater com os aviões espanhóis, numa guerra do Alecrim e da Manjerona que nunca existiu. A Força Aérea durante a guerra em África, fez um trabalho meritório, mas nunca em termos de aviação de caça.

Quando se suspeitou que a Guiné Konakry podia ter caças MiG-17, foi a infantaria da marinha que os tentou eliminar durante a operação Mar Verde.


Citação de: dc
Ah os Açores", se os Açores passarem a ser cobiçados, aí pode-se debater de outra forma. Mas nesse caso, o nosso problema passa a ser outro
Isto não tem a ver com os Açores serem ou deixarem de ser cobiçados. Se já antes da II guerra mundial o Roosevelt incluia os Açores na esfera de defesa da América do Norte, não há nada que impeça o atual tonto de se lembrar da mesma coisa.

Nós não podemos comprar armas, a pensar que se amanhã o Trump mudar o discurso, temos que pensar.
O problema é que o presidente dos Estados Unidos, mercê da sua instabilidade e imprevisibilidade, deixou de ser confiável. Deixou de ser confiável AGORA. E é agora que decisões devem ser tomadas.

Citação de: dc
Porque raio é que o F-35 não seria utilizado numa situação no Atlântico?  
Supondo que não o uses contra os americanos nem contra um aliado, tens todo o direito a usá-lo.
Err...
Coitados dos marriquinos...  :o
Então vamos comprar os F-35 e gastar vários milhares de milhões para lutar contra os marroquinos ?

Citação de: dc
Sem atingir algum tipo superioridade aérea, toda e qualquer capacidade logística ficará condenada. Logo substituir caças por submarinos, penaliza esta questão.

Em Portugal às vezes parece que a malta tem memória selectiva, e lá se esquecem da quantidade de ameaças aéreas que podem ser colocadas ao país em conflito.

Eu não me esqueci de nada, mas acho que você está a pensar em termos de defesa nacional e em termos de manuais de estratégia.
Mas não está a considerar a situação de emergência atual, e que Portugal tem aliados, parecendo acreditar que devemos ter uma força com todos os componentes, e pouquinhos de cada um, (à nossa dimensão)  para podermos ter uma força, pequenina mas balanceada e capaz de responder a todas as ameaças, haja ou não haja aliados. A nossa dimensão demográfica e económica, diz claramente qual seria o fim de tal estratégia.

O que eu digo, tanto na Força Aérea como na Marinha, é que para Portugal ter alguma relevância tem que apostar num setor, e aceitar que os outros terão que ser controlados por outros países aliados.

Isto implica coisas simples: Se a área de acção de uma força de submarinos portugueses fosse a oeste da peninsula, esses navios estariam a defender tanto águas portuguesas como espanholas. Isto implica que a defesa aérea dos espanhóis, teria forçosamente que se responsabilizar pela nossa.

Eu sei que isto é complicado de aceitar, mas não estamos em tempo de grandes tiradas patrioticas a pensar na História passada.
E olhe que poucas pessoas aqui, dão tanta importância à História como eu.

Este é evidentemente o atual dilema europeu.
Serão os países europeus capazes de ultrapassar os milhentos conflitos que tiveram no passado e pensar em defesa comum ?

Ou somos capazes, ou é melhor aprender a falar chinês ...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1882
  • Recebeu: 269 vez(es)
  • Enviou: 104 vez(es)
  • +1104/-1988
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1861 em: Fevereiro 17, 2025, 05:12:39 pm »

Parece-me palpável que a paranoia do F35 já foi mais forte.

Não tarda muito e o dc vai-nos estar a explicar porquê.

O resto de Fevereiro poderá trazer mais informação.
 

*

Pilotasso

  • Membro
  • *
  • 132
  • Recebeu: 64 vez(es)
  • Enviou: 38 vez(es)
  • +51/-11
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1862 em: Fevereiro 17, 2025, 07:55:44 pm »
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9866
  • Recebeu: 5045 vez(es)
  • Enviou: 846 vez(es)
  • +5368/-1113
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1863 em: Fevereiro 17, 2025, 11:09:48 pm »
Eu não falei em dominar o Atlântico. Nós perdemos o domínio do Atlântico provavelmente em 1581, quando aceitámos que esse controlo passaria para a Coroa de Castela e Leão.
Eu disse “ter uma palavra a dizer” o que no máximo é contestar a capacidade de outra potência garantir o total domínio do mar entre os Açores e o continente.

Mesmo que em vez de F-35 nós tivéssemos F-22, nunca conseguiríamos controlar o mar. Não temos nem vamos ter dimensão para isso.

Os dois submarinos são a única coisa que pode fazer com que alguém pense. Se em vez de dois fossem seis, o resultado seria triplicado.

A nossa aviação de caça, existiu desde o final da II guerra mundial, para combater com os aviões espanhóis, numa guerra do Alecrim e da Manjerona que nunca existiu. A Força Aérea durante a guerra em África, fez um trabalho meritório, mas nunca em termos de aviação de caça.

Quando se suspeitou que a Guiné Konakry podia ter caças MiG-17, foi a infantaria da marinha que os tentou eliminar durante a operação Mar Verde.

Mesmo com 6 submarinos, abdicando da aviação de caça, nunca terás uma palavra a dizer no Atlântico. Temos os Açores e Madeira, cujo ponto forte é essencialmente servirem de "porta-aviões fixo", permitindo operar qualquer tipo de aeronave. Com 2 "porta-aviões" tinha algum sentido abdicar da aviação de caça? Está tudo louco?

Os submarinos são muito bons para bloqueios navais, e para colocar em causa forças navais adversárias. Se uma suposta potência opta por "atacar" o Atlântico, ao saber que teríamos meia dúzia de submarinos, simplesmente optava primariamente por um ataque pelo ar, com bombardeiros estratégicos, caças, aeronaves de reabastecimento, armamento stand-off, drones, etc. Qualquer inimigo não será estúpido ao ponto de combater como nós queremos, vai sempre tentar combater com base nos nossos pontos fracos. Não tendo nós qualquer capacidade de ter submarinos nucleares, os nossos teriam sempre a limitação de ter que emergir ao fim de X tempo, sendo sempre um risco perante um adversário que pode sobrevoar as nossas águas sem problemas.

Se por algum motivo quiseres atacar este potencial adversário no seu território (ou num território já ocupado/seu aliado), com meia dúzia de submarinos convencionais, esta capacidade de ataque será sempre limitadíssima.

Abdicar de caças não tem qualquer sentido.

Citar
Isto não tem a ver com os Açores serem ou deixarem de ser cobiçados. Se já antes da II guerra mundial o Roosevelt incluia os Açores na esfera de defesa da América do Norte, não há nada que impeça o atual tonto de se lembrar da mesma coisa.

Nós não podemos comprar armas, a pensar que se amanhã o Trump mudar o discurso, temos que pensar.
O problema é que o presidente dos Estados Unidos, mercê da sua instabilidade e imprevisibilidade, deixou de ser confiável. Deixou de ser confiável AGORA. E é agora que decisões devem ser tomadas.

Mas a nossa compra de F-35 nunca seria agora. Aqui ninguém acredita que se vão assinar contratos de caças na presente década, para receber o que quer que seja em 2030. Com sorte, lá para 2028/29, veríamos movimento nesse sentido para recebermos os primeiros por volta de 2035.

Está-se a entrar em devaneios por causa de um POTUS, que quando tivermos que escolher um caça, já não estará no cargo.

A questão é simples:
-A presença de Trump e as suas políticas desastrosas, poderá adiar esta decisão.
-Ora para adiar esta decisão, terá que ser feito um upgrade aos F-16 para o padrão V, quer se queira quer não.
-Todas as outras alternativas de geração 4.5 são estupidamente caras enquanto solução "stop-gap".
-E adquirir caças de geração 4.5 novos como caça definitivo até 2070 é igualmente estúpido por questões tecnológicas.

Como disse, se querem equacionar uma alternativa, num dos caças de 5ª/6ª geração europeus, como o FCAS, tem que haver seriedade política para ter que gastar muito dinheiro nesta opção. Não podem fugir como fizeram com os A-400, não podem ficar borrados quando virem o preço do FCAS.

Se não houver este compromisso, vai ter que ser feita a escolha pelo F-35, porque o país não pode ficar sem aviação de caça, nem pode ficar mais 4 décadas entalado na 4ª geração.

Citar
Err...
Coitados dos marriquinos...  :o
Então vamos comprar os F-35 e gastar vários milhares de milhões para lutar contra os marroquinos ?

Eu nem sequer mencionei Marrocos. "Usar no Atlântico" pode ser algo tão simples como dissuadir forças aéreas e/ou navais russas/chinesas. E no Norte de África, não é Marrocos que é o problema, é a Argélia. Se a Argélia entra em guerra contra Marrocos e ganha, controlando o Sara Ocidental, passa a ter acesso directo às Canárias e Madeira. A partir daqui, num qualquer cenário de guerra total com a Rússia, basta a Rússia pedir aos argelinos para atacarem um destes arquipélagos para obrigar a NATO a abrir uma segunda frente.

Aliás, num hipotético conflito Marrocos/Argélia, é bem possível que Portugal e Espanha sejam requisitados pelos marroquinos a ajudar, e será uma questão estratégica nós, Ibéricos, garantirmos que Marrocos não perde.

Citar
Eu não me esqueci de nada, mas acho que você está a pensar em termos de defesa nacional e em termos de manuais de estratégia.
Mas não está a considerar a situação de emergência atual, e que Portugal tem aliados, parecendo acreditar que devemos ter uma força com todos os componentes, e pouquinhos de cada um, (à nossa dimensão)  para podermos ter uma força, pequenina mas balanceada e capaz de responder a todas as ameaças, haja ou não haja aliados. A nossa dimensão demográfica e económica, diz claramente qual seria o fim de tal estratégia.

O que eu digo, tanto na Força Aérea como na Marinha, é que para Portugal ter alguma relevância tem que apostar num setor, e aceitar que os outros terão que ser controlados por outros países aliados.

Isto implica coisas simples: Se a área de acção de uma força de submarinos portugueses fosse a oeste da peninsula, esses navios estariam a defender tanto águas portuguesas como espanholas. Isto implica que a defesa aérea dos espanhóis, teria forçosamente que se responsabilizar pela nossa.

Eu sei que isto é complicado de aceitar, mas não estamos em tempo de grandes tiradas patrioticas a pensar na História passada.
E olhe que poucas pessoas aqui, dão tanta importância à História como eu.

Este é evidentemente o atual dilema europeu.
Serão os países europeus capazes de ultrapassar os milhentos conflitos que tiveram no passado e pensar em defesa comum ?

Ou somos capazes, ou é melhor aprender a falar chinês ...

Isto não faz sentido. Sectorizar a Defesa, com cada país a controlar uma parcela específica, é arriscado para todos. Nenhum país vai aceitar fazer isto. E nem todos estão dispostos a colocar em risco os seus meios para defender o vizinho que não quis investir na Defesa.

Tendo nós recursos mais limitados que outros, apenas podemos dar maior prioridade a determinados sectores, nomeadamente na Marinha e Força Aérea. Nós tendo recursos limitados, e sabendo que outros países estão mais folgados nesse aspecto, fazia sim muito mais sentido manter caças, fragatas, submarinos, MPAs - os principais pilares da Defesa de um país como o nosso - e abdicar de grandes navios logísticos/anfíbios, de ter 3 brigadas distintas, de ter milhentos mini-regimentos, etc.

Faz muito mais sentido uma Croácia, país que praticamente não tem marinha, operar 1 ou 2 AORs para apoiar forças navais da NATO, ou até mesmo ter um LPD, do que Portugal, que tem um enorme mar para controlar, abdicar de fragatas para ter navios logísticos.

Também fazia muito mais sentido ter uma escola de treino de pilotagem unificada, ao invés de cada país gastar centenas ou milhares de milhões em frotas de aeronaves de treino.

O que é certo, é que todos os países têm que contribuir como deve ser, e que não dá para um país como Portugal abdicar da aviação de caça, sabendo que uma percentagem significativa de países europeus nem sequer a têm, nem terão tão depressa.
Se Portugal e outros países na mesma situação abdicassem de caças, isto só aumentava a pressão sob os restantes países, cujas forças aéreas teriam que se desdobrar para compensar os que não possuem caças. Isto tem tudo para dar asneira.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Charlie Jaguar, sivispacem, Pescador

*

Pescador

  • Investigador
  • *****
  • 5480
  • Recebeu: 3604 vez(es)
  • Enviou: 3036 vez(es)
  • +5966/-3834
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1864 em: Fevereiro 18, 2025, 10:10:51 am »

Parece-me palpável que a paranoia do F35 já foi mais forte.

Não tarda muito e o dc vai-nos estar a explicar porquê.

O resto de Fevereiro poderá trazer mais informação.

Ficou a paranoia do tucanitos e a quem serve.
Ou os 4,5 para enterrar dinheiro até 2070 a gosto dos zucas, e da empresa deles que precisa de clientes agarrados como os janados.

Já deviam estar a fazer MLU a 19 F16 agora, para aguentar até começar a vir novos aviões a partir de 2035 que nunca estarão em esquadras completas antes de 2040. Só nós estamos bem, todos os outros fazem mal
« Última modificação: Fevereiro 18, 2025, 10:17:00 am por Pescador »
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 8085
  • Recebeu: 1327 vez(es)
  • +6534/-1403
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1865 em: Fevereiro 18, 2025, 11:08:56 am »
Citação de: dc
Mesmo com 6 submarinos, abdicando da aviação de caça, nunca terás uma palavra a dizer no Atlântico. Temos os Açores e Madeira, cujo ponto forte é essencialmente servirem de "porta-aviões fixo", permitindo operar qualquer tipo de aeronave. Com 2 "porta-aviões" tinha algum sentido abdicar da aviação de caça? Está tudo louco?

Sem aviões de caça não se tem uma palavra a dizer ?   :o :o :o
Mas desde quando ?

Os americanos na II guerra mundial (numa das facetas menos conhecidas do conflito)  cortaram o acesso dos japoneses aos enormes recursos que eles tinham tomado com a conquista da Malásia aos ingleses e da Indonésia aos Holandeses.

Os americanos tinham perdido as Filipinas e não havia americanos no mar do sul da china, e não havia porta-aviões e não havia qualquer possibilidade de domínio aéreo.
Os americanos no entanto cortaram as linhas japonesas, afundando centenas de navios (até 8 milhões de toneladas), porque tinham submarinos. Os japoneses tinham superioridade aérea total, porque controlavam bases aéreas na orla do Mar, como vimos com o afundamento do Repulse e do Prince of Wales.

Os submarinos americanos não precisaram de caças.

No Atlântico, os alemães não tinham controlo aéreo sobre as águas, no entanto levaram os britânicos quase à ruina, e que salvou estes últimos não foram os aviões foi a capacidade de conhecer onde estava o inimigo através dos códigos da «Enigma».

Os submarinos alemães não precisaram de caças

No Mediterrâneo central, quando a Luftwaffe tinha controlo aéreo e protegia os comboios de reabastecimento que deveriam abastecer as força italianas e alemãs do Rommel, não foram os aviões ingleses que afundaram a maior parte dos navios italianos.
A superioridade aérea do eixo no Mediterrâneo central chegou a ser total, com a exceção de Malta, que em certos periodos nem se conseguia defender a si própria.
Mas os navios continuaram a ser afundados … e na sua esmagadora maioria foram afundados por submarinos ...

Os submarinos britânicos não precisaram de caças.

Esta é a realidade da guerra.
Até nas Malvinas, os ingleses atacaram o Belgrano, numa área onde os aviões britânicos não tinham capacidade para o atingir, e acabaram com a marinha argentina com dois torpedos.
O submarino britânico, não precisou (nem tinha) caças

Portugal nunca terá qualquer capacidade aérea e aeronaval com poder para evitar o que quer que seja. Os aviões têm que estar em bases e essas bases são vulneráveis a ataques.
Não se podem afundar as ilhas, mas duas ou três bombas numa pista, e acabou-se.
Reparar uma pista numa ilha não é a mesma coisa que reparar uma pista no continente, porque os materiais necessários podem não estar imediatamente acessíveis.

E lembro que eu não estou a falar de acabar com a capacidade aeronaval, estou apenas a dizer que 5,5 mil milhões de Euros nos F-35 do sr. Donald Trump, quando não vimos uma linha que fosse sobre a necessidade de defender o país com sistemas de mísseis, seriam o maior tiro no escuro da História de Portugal.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 8085
  • Recebeu: 1327 vez(es)
  • +6534/-1403
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1866 em: Fevereiro 18, 2025, 11:50:07 am »
Citar
Mas a nossa compra de F-35 nunca seria agora. Aqui ninguém acredita que se vão assinar contratos de caças na presente década, para receber o que quer que seja em 2030. Com sorte, lá para 2028/29, veríamos movimento nesse sentido para recebermos os primeiros por volta de 2035.

Está-se a entrar em devaneios por causa de um POTUS, que quando tivermos que escolher um caça, já não estará no cargo.

A questão é simples:
-A presença de Trump e as suas políticas desastrosas, poderá adiar esta decisão.
-Ora para adiar esta decisão, terá que ser feito um upgrade aos F-16 para o padrão V, quer se queira quer não.

Eu aqui volto a lembrar que nem sequer acho que haja uma aeronave superior ao F-35 e que pelos preços a que já vi ajunciada a venda ou proposta de venda de aviões Rafale, a questão do preço torna-se secundária.

O problema aqui, é um problema politico e de alguma forma também identifico outro problema que é a possibilidade de estarmos num período de transição e que rapidamente aeronaves como o F-35 se podem tornar obsoletas.

O problema politico que se levanta, tem a ver com a administração americana e com o fato de estarmos a achar que isto é um problema passageiro e que se o Trump desaparecer de cena, tudo se resolve, logo, no próximo mandado tudo voltará ao mesmo.

Eu não acredito que esta tese tenha pernas para andar, porque pelo que conheço da América, o problema não é o Trump, o problema são os americanos, a sua opinião publica, especialmente a mais radicalizada nos estados do que se chama Bible Belt.
Há uma quantidade de americanos que acredita que a América deve ser dirigida por um líder autoritário, que salve a américa branca. Um líder que não siga a constituição mas sim a Biblia. Nós na Europa parecemos estar a olhar para o ceu, porque esta realidade parece tão estranha, que achamos que é uma parvoice.
Mas esta gente, chegou ao poder.

Quando Joe Biden chegou pela primeira vez à Europa como presidente, afirmou categoricamente "America is Back".
Foi-lhe perguntado por debaixo do pano "For how long ? "
A resposta já todos a temos.

A altura para comprar o F-35, do meu ponto de vista já acabou. Acabou por um lado porque a aeronave, sendo extraordinariamente sofisticada poderá, na altura em que eventualmente entrasse ao serviço estar ultrapassada.
E infelizmente nós temos alguns casos na área das comprar militares em que já cometemos este erro, nomeadamente antes da II guerra mundial.
Devíamos ter comprado o F-35 há anos atrás. Agora estaríamos a recebe-lo.

Dito isto, e por esta ordem de razões - e porque o F-35 se tornou num problema e não numa certeza -  prosseguir com a modernização possível do F-16 parece ser a menos má das opções. Também pode ser bloqueado ou ter a sua operacionalidade condicionada, mas pelo menos, não custa tanto dinheiro.

Se não fosse a questão política que nos últimos anos se tem levantado, eu diria que não era seguro, mas que mesmo assim deveríamos avançar.
Neste momento, as dúvidas começam a ser demasiadas e do outro lado do prato da balança, está um enorme valor em dinheiro.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM, oi661114

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1882
  • Recebeu: 269 vez(es)
  • Enviou: 104 vez(es)
  • +1104/-1988
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1867 em: Fevereiro 18, 2025, 12:19:28 pm »

Parece-me palpável que a paranoia do F35 já foi mais forte.

Não tarda muito e o dc vai-nos estar a explicar porquê.

O resto de Fevereiro poderá trazer mais informação.

Concordo com o papatango.

No entanto, ele deixa de fora uma vertente que o actual governo tem por muito importante;
Negócios que fomentem o desenvolvimento da nossa indústria de defesa.
Tendo isso em conta, e se forem disponibilizados 5.5 ou 4 ou 3Bi, tudo pode acontecer.
Mas muito dificilmente com F-35s.

Com Rafale, Gripen, Eurofighter...
...sim
 

*

Mentat

  • Perito
  • **
  • 473
  • Recebeu: 291 vez(es)
  • Enviou: 344 vez(es)
  • +79/-36
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1868 em: Fevereiro 18, 2025, 12:37:03 pm »
Negócios que fomentem o desenvolvimento da nossa indústria de defesa.
Tendo isso em conta, e se forem disponibilizados 5.5 ou 4 ou 3Bi, tudo pode acontecer.
Mas muito dificilmente com F-35s.

Com Rafale, Gripen, Eurofighter...
...sim

 ???
Ainda gostava que me fosse explicado, racionalmente, a razão pela qual a escolha de Rafale, Gripen ou Eurofighter seria um boost para a nossa indústria de defesa. Mas o F-35 não.

Não há competências edificadas em Portugal para responder à questão da manutenção/construção de qualquer caça de superioridade aérea minimamente moderno. Estaríamos sempre a falar em construir o "edifício" de raiz, basicamente.
Se a questão da "transferência de tecnologia" for fundamental (espero que sim), tanto se chega a acordo com franceses, ingleses, suecos ou estadunidenses.
Pese o idiota do Trump e o repensar de toda a estratégia militar europeia. Mas isso são outros 500.
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 6848
  • Recebeu: 7571 vez(es)
  • Enviou: 5136 vez(es)
  • +10193/-2930
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1869 em: Fevereiro 18, 2025, 12:48:59 pm »

Parece-me palpável que a paranoia do F35 já foi mais forte.

Não tarda muito e o dc vai-nos estar a explicar porquê.

O resto de Fevereiro poderá trazer mais informação.

Concordo com o papatango.

No entanto, ele deixa de fora uma vertente que o actual governo tem por muito importante;
Negócios que fomentem o desenvolvimento da nossa indústria de defesa.
Tendo isso em conta, e se forem disponibilizados 5.5 ou 4 ou 3Bi, tudo pode acontecer.
Mas muito dificilmente com F-35s.

Com Rafale, Gripen, Eurofighter...
...sim

Concordas com o PT citando-te a ti próprio? Tu não existes pá! :mrgreen:

Devias estar a apontar as tuas baterias para a Colômbia, Peru e quejandos. Aqui o Gripen não tem hipótese, sendo até considerado internamente pela FAP como uma escolha abaixo de novos F-16C/D Block 70/72.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1882
  • Recebeu: 269 vez(es)
  • Enviou: 104 vez(es)
  • +1104/-1988
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1870 em: Fevereiro 18, 2025, 12:49:29 pm »
Negócios que fomentem o desenvolvimento da nossa indústria de defesa.
Tendo isso em conta, e se forem disponibilizados 5.5 ou 4 ou 3Bi, tudo pode acontecer.
Mas muito dificilmente com F-35s.

Com Rafale, Gripen, Eurofighter...
...sim

 ???
Ainda gostava que me fosse explicado, racionalmente, a razão pela qual a escolha de Rafale, Gripen ou Eurofighter seria um boost para a nossa indústria de defesa. Mas o F-35 não.

Não há competências edificadas em Portugal para responder à questão da manutenção/construção de qualquer caça de superioridade aérea minimamente moderno. Estaríamos sempre a falar em construir o "edifício" de raiz, basicamente.
Se a questão da "transferência de tecnologia" for fundamental (espero que sim), tanto se chega a acordo com franceses, ingleses, suecos ou estadunidenses.
Pese o idiota do Trump e o repensar de toda a estratégia militar europeia. Mas isso são outros 500.

Se calhar nunca pediste que te fosse explicado.
Eu explico.

Compramos Rafale á frança sob a condição de eles nos comprarem 50 LUS 222.
NOTA:
50 foi a quantidade de Cessnas parecidos com o LUS que a FedEX se comprometeu a comprar para que a Cessna arrancasse com o projecto.

Está explicado agora?

Não pecisamos de produzir caça nenhum.
 

*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 2394
  • Recebeu: 1023 vez(es)
  • Enviou: 206 vez(es)
  • +566/-225
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1871 em: Fevereiro 18, 2025, 12:54:15 pm »
 ::)
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: sivispacem

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1882
  • Recebeu: 269 vez(es)
  • Enviou: 104 vez(es)
  • +1104/-1988
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1872 em: Fevereiro 18, 2025, 12:55:57 pm »

Parece-me palpável que a paranoia do F35 já foi mais forte.

Não tarda muito e o dc vai-nos estar a explicar porquê.

O resto de Fevereiro poderá trazer mais informação.

Concordo com o papatango.

No entanto, ele deixa de fora uma vertente que o actual governo tem por muito importante;
Negócios que fomentem o desenvolvimento da nossa indústria de defesa.
Tendo isso em conta, e se forem disponibilizados 5.5 ou 4 ou 3Bi, tudo pode acontecer.
Mas muito dificilmente com F-35s.

Com Rafale, Gripen, Eurofighter...
...sim

Concordas com o PT citando-te a ti próprio? Tu não existes pá! :mrgreen:

Devias estar a apontar as tuas baterias para a Colômbia, Peru e quejandos. Aqui o Gripen não tem hipótese, sendo até considerado internamente pela FAP como uma escolha abaixo de novos F-16C/D Block 70/72.

Obrigado por tudo o que fizeste por mim Charlie.
Eu aqui no Forum sou um produto do ambiente que me rodeia.

A tua FAP que mande vir esses BLOCKs.
Está tudo aqui á espera.
Sentados.
 

*

saabGripen

  • Investigador
  • *****
  • 1882
  • Recebeu: 269 vez(es)
  • Enviou: 104 vez(es)
  • +1104/-1988
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1873 em: Fevereiro 18, 2025, 01:00:20 pm »
 

*

LM

  • Investigador
  • *****
  • 3204
  • Recebeu: 1463 vez(es)
  • Enviou: 4167 vez(es)
  • +2144/-120
Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #1874 em: Fevereiro 18, 2025, 01:11:02 pm »
Cada vez mais parece-me que avançar, em modo "SOS", com o upgrade dos PAI para a versão V (e compra de armamento) é o caminho; a investir 5.5 mil milhões que seja em fragatas / submarino e em ter um exército minimamente decente (e há tanto para comprar, tanta quantidade para reforçar e capacidades para ter).   
Quidquid latine dictum sit, altum videtur