Esse problema foi resolvido no F-22 com uns railings especiais. O que não cabe no F-35 são esses railings e não o míssil em si. Os AIM até cabiam mas numa baía interna nunca conseguiam lock e por isso tiveram que redesenhar o míssil para disparar pré-lock e adquirir nos infravermelhos posteriormente.
O F-22 já conseguia disparar as versões anteriores do AIM-9 através das baías "laterais", logo nem sequer dá para comparar, já que o F-35 não os consegue disparar da baía interna. Dizer que o AIM-9X não cabe na baía interna é simplesmente um erro, sendo a razão para não ser transportado internamente outra.
De resto, sim é uma limitação, mas como em configuração stealth tem tantas vantagens num confronto directo com outras aeronaves, e mesmo com os 2 AIM-9X externos, terá à partida um RCS mais reduzido que um caça de geração 4.5 que não é furtivo, e ainda tem as armas externas.
Acaba por ser um não problema, principalmente quando a ideia passará por variar a configuração da aeronave, consoante a missão. E é esta versatilidade, de poder escolher combater entre modo "full stealth" e combater numa configuração convencional, que lhe dará uma vantagem táctica e estratégica em combate. Outras aeronaves pura e simplesmente não conseguem fazer SEAD por exemplo, com a mesma eficácia, por não terem como opção uma configuração furtiva.
Relativamente à conversa das taxas de disponibilidade:
https://www.airandspaceforces.com/f-35-reliability-maintainability-availability-2023/De notar que um dos principais factores para a questão da disponibilidade, tem sido problemas com a cadeia de abastecimento. Com base nisso, os valores extrapolados apresentam variáveis bastante relevantes, nomeadamente quando olhamos para a taxa de disponibilidade das aeronaves de combate e das aeronaves usadas para fins de teste e treino.
Aircraft that were combat-coded—which typically receive priority for spare parts and maintenance—achieved the best performance for availability, the report stated, noting that 61 percent were available on an average monthly basis. But that was still below the goal of 65 percent
Assim por alto, e se julgarmos que cerca de metade da frota de F-35 são "combat-coded", e a outra metade não é, então pegando nos 61% de disponibilidade dos combat-coded, e numa média de 51% para a frota toda, extrapolamos que a taxa das variantes "não combat-coded" se situa nos 41%.
Supõe-se portanto que se os problemas com a cadeia de abastecimento forem resolvidos, a disponibilidade vai aumentar gradualmente.
O problema de disponibilidade de aeronaves de combate não é única para o F-35.
https://www.defensemirror.com/news/17812/Rafale_Fighter_Jet_Serviceability_Rate_With_French_Air_Force_Is_48_5_PercentA lição que se tira daqui, é que independentemente do modelo de caça escolhido, não dá para adquirir quantidades reduzidas. Daí dizer que tudo o que for menos que 24 aeronaves, numa FAP que tenha apenas um modelo de caça, não chega. E mesmo 24 já é abusar da sorte.