Boas, em relação ao concurso será que se pode mesmo escrever nos critérios "5a geração", alguém sabe se a Suíça e a Finlândia o fizeram?
É que acho que os 4,5 também andaram nos concurso deles.
E pergunto isto porquê? Será que algo assim "relativamente vago" não dá oportunidade às empresas que têm os 4,5, se perderem, para "atacar" com os advogados e impugnarem o concurso?
Onde está definido o que é ser 5a geração? O Wikipedia não tem valor jurídico
.
Talvez o concurso tenha de ser mais específico nas características que pretende mas sem referir gerações, "ter RCS menor que x", ou "quanto menor o RCS mais pontos ganha na avaliação".
Tecnicamente, podes colocar lá o critério que quiseres. Nós noutros concursos colocamos critérios do mais absurdo que há, e às vezes apresentamos zero flexibilidade.
Também é certo que se colocássemos um critério que excluísse por completo caças de 4.5, ia haver choradeira, política, jornalística e das outras empresas. Esta é a principal razão para não se ter arranjado nenhum critério que excluísse automaticamente os restantes competidores.
Mesmo em alguns casos, em que o F-35 ganhou de forma perfeitamente expectável, houve muita gente a reclamar. Faz parte, é como se fossem debates futebolísticos.
Neste momento, é plenamente aceite que o F-35 é de 5ª geração, e os restantes caças que concorreram por exemplo no concurso Finlandês não o são. Só se fosse algo parecido à identidade sexual de cada um, e ter o fabricante X a identificar o caça Y como caça de 5ª geração.
Nem mesmo a Coreia do Sul apresenta os modelos iniciais do KF-21 como caça de 5ª geração.
Em relação ao substituto dos F-16 eu também sou a favor do mais evoluído possível, como o F-35 americano.
Mas estaria o pessoal disponível para a seguinte situação?
Caso a UE abra financiamento para a defesa e obrigue a gastar o dinheiro na UE, e/ou nos aproximassemos da França (com pacotes militares gerais como artilharia, AAA, etc).
Podiamos comprometemos com o FCAS, mas nestas coisas nós como queremos gastar o mínimo somos sempre dos últimos a receber (o que também têm o seu lado bom, que a aeronave já vêm com algumas imperfeições corrigidas).
A França arranjar uns 30 Rafale em leasing até o FCAS ser entregue...?
Não fazia grande sentido. O Rafale, mesmo em leasing, teria custos adicionais proibitivos, tanto na questão logística, como nos seus custos de operação que são supostamente bem superiores aos do F-16. Saía mais barato modernizar parte dos F-16, e substituir a outra parte por F-35.
O FCAS, que estou curioso para ver como é, dificilmente será barato, dificilmente terá um custo, pelo menos no início da sua produção, inferior a 200 milhões cada. Aí estaríamos a falar da diferença entre ter 20 FCAS ou 40 F-35, em termos de preço. É muito arriscado.
Com financiamento UE, veria era algo do género do que tem sido debatido, com um upgrade a 19 F-16, compra de uns 24 F-35A, e depois substituição dos F-16 modernizados por uns 16 FCAS parcialmente financiados pela UE. Isto se quiséssemos tirar partido de uma hipotética vantagem claro do FCAS face ao F-35, e ao mesmo tempo atingir o número mágico de 40 aeronaves. Mas isto são muitos ses.
Utilizar financiamento UE, podia sim ser usado para muitos outros programas, seja na integração/certificação de armamento europeu no F-35, seja para outros programas da FAP, seja para os outros ramos. O que não nos falta são programas para isso.