O concurso ideal é onde ganha o melhor, ou o que tem a melhor relação preço-qualidade, ou que se adequa mais às nossas necessidades caso aplicável. Se um concurso português ignorar tudo o que é critérios lógicos, e se optar por um caça engripado, por mera fantochada política, aí sim é um péssimo concurso.
Se abrires um concurso com um critério perfeitamente válido (o caça ser de 5ª geração), e mais ninguém concorre porque não preenche esse requisito... a culpa não é de quem faz os critérios, é de quem não se deu ao trabalho de desenvolver esse tipo de aeronave.
Os outros países que optaram pelo F-35, só iniciaram concurso para manter a malta de dentro e de fora feliz, e para evitar uma escalada do preço. Toda a gente sabia qual seria o vencedor dos respectivos concursos. No fim de contas, o avião escolhido terá que se manter relevante até 2060/70, logo os caças de 4.5 nunca o seriam para forças aéreas que pretendem ter apenas um modelo de caça.
Não existe versão disto em que a escolha correcta (com base em requisitos palpáveis) não seja o F-35. Agora o que pode ser debatido, é se faz sentido ter apenas F-35, ou se é preferível passar a ter 2 modelos de aeronave de combate:
-F-35 + FCAS/GCAP (opção FAP de uma potência regional)
-F-35 + KF-21 (opção "low cost")
-F-35 + F-15EX (opção para transporte de armamento "oversized")
-F-35A + F-35B (opção MGP de uma potência regional, com LHDs)
-F-35A + F-35B (Bs como parte de uma frota de porta-aviões ligeiros da UE)*
-F-35 + FCAS Naval (FCAS Naval como parte de uma frota de PAs convencionais da UE)*
A probabilidade destes acontecerem é virtualmente nula, sendo que mesmo a ideia de 40 F-35A (ou qualquer nº acima de 30) é já de si difícil de acreditar.
*Estes dois exemplos seria algo do género a UE querer uma frota de porta-aviões própria, e todos os países terem que contribuir com alguma coisa, nomeadamente aeronaves.