Os ataques cirúrgicos na Faixa de Gaza continuam, à média de 200 crianças mortas por dia.
O número total de vitimas já ultrapassa as 5000, mais os milhares que ainda estarão debaixo de escombros, mais os feridos e todos os que morrem por falta de assistência.
Quando já chegar, alguém que avise se faz favor.
Por mim que sejam 10 mil por dia.
Eu sei que lhe parecem poucas, mas ainda há mais uns milhares de crianças mutiladas e queimadas, e outras que morrem à fome ou por falta de medicamentos e cuidados médicos primários.
Houve alguém que chegou a atirar para cima da mesa a ideia de evacuar as crianças todas de Gaza (ou pelo menos a grande maioria), via fronteira com o Egipto. Não me lembro quem teve esta ideia barbárica e desumana, mas sei que é alguém que não está a chuchar milhares de euros por mês da ONU. Se calhar se os "humanitários" na ONU seguissem este conselho, as coisas teriam sido melhores.
Mas se calhar não convinha fazê-lo na altura, sendo muito mais prática usar as crianças como arma de propaganda.
Já a falta de medicamentos e comida em Gaza, pode também ser atribuída aos furtos por parte dos "militantes inocentes" do Hamas, que até disparam contra os próprios palestinos.
Há a particularidade de se referirem ao número total de mortos como o número terroristas abatidos, porque um bebé israelita é uma vitima, mas um de Gaza é um terrorista..
Fonte desta afirmação? O que tenho visto é, globalmente, atirar-se para o ar o número total de mortos no conflito, como se fossem todos civis inocentes.
Até agora sabe-se apenas o número bruto de mortos em Gaza (que poderá variar bastante para cima ou para baixo) e não se sabe o "teor" deste número. Este número irá incluir de tudo, desde civis, a militares, a militantes.
The rate of killing has been higher than in most wars this century, sometimes reaching more than two thousand deaths a week
Na Ucrânia chegámos a ver mais de 1000 baixas num só dia. Em Gaza o número só é tão alto, dada a enormíssima densidade populacional.
The scale of the killing, extraordinary as it is, has been exceeded by the systematic destruction of civilian infrastructure.
Em Gaza tudo é "infraestrutura civil". A utilização de infraestrutura civil por parte de uma força militar ou terrorista, retira à dita o estatuto de civil. A situação agrava-se por causa dos túneis por baixo da cidade.
The war began with weeks of strategic bombing conducted square metre by square metre.
Esta frase é mentira. Se é uma hipérbole, então falha completamente o propósito do artigo, que supostamente seria passar "clareza".
According to Abraham’s sources, the majority of airstrikes are explicitly aimed at civilian targets and ‘mainly intended to harm Palestinian civil society’.
Diz que disse. Não existe razão nenhuma para o fazer, muito menos depois de terem o trabalho de lançar panfletos, fazer roof knocking, etc. Se era para matar tudo, matavam tudo, sem a mínima dificuldade. Acredito que haja sectores em Israel (e até fora) que tenham essa retórica, mas dizer que "é esse o plano" parece-me absurdo.
Very few people are permitted to cross, so the population of Gaza remains trapped in a way rarely experienced even by those in war zones.
Porque será? Será porque o Egipto e outros vizinhos não querem os palestinos no seu país?
Fighting through rubble is more difficult than in undamaged streets.
Não necessariamente. Lutar casa a casa, divisão a divisão, e estar numa rua e ter umas 50 janelas de cada lado, tende a ser mais perigoso, dado o elevado número de direcções de onde pode surgir um ataque. Com a agravante que, mediante a entrada em edifícios ainda inteiros, as chances de haver armadilhas aumenta exponencialmente.
From the beginning, Operation Iron Swords has been an all-out assault on a captive and overwhelmingly civilian population.
Como é que se sabe que a população é maioritariamente civil? Qual o critério? Cúmplices de um acto terrorista não são civis, familiares dos militantes que batem palmas e até incentivam aos crimes de guerra que cometem, também não são propriamente civis. A "zona cinzenta" é tramada, quando os próprios terroristas andam descaracterizados.
Israeli tactics have little in common with standard counterinsurgency doctrine or rules of engagement
Quais são as tácticas adequadas, tendo em conta que nenhuma outra operação do género ocorreu numa região com tamanha densidade populacional e com uma extensa rede de túneis? As doutrinas para um determinado tipo de missão não podem ser fixas, tem de ser adaptáveis a diferentes situações. Até porque contra-insurgência numa selva, numa cidade/território tipo Gaza, numa grande cidade tipo Nova Iorque, num deserto, numa região montanhosa, etc, vai variar muito. As rules of engagement é daquelas coisas que têm demasiadas zonas cinzentas, não sendo possível generalizar, e sendo necessário avaliar quase caso a caso.
The celebrations of the killing by Israel’s political leaders; the fantastic schemes for the removal of Palestinians to Sinai, or Europe, or Congo; the public figures signing bombs to be dropped on what’s left of Gaza; the gleeful recordings made by individual soldiers – all combine malice and mirth.
Engraçado. Ia jurar que o mesmo tinha sido feito pelos Palestinos, pelos seus apoiantes da extrema esquerda, pelos restantes muçulmanos, por alguns maluquinhos na Internet, etc.
-todo o conceito de "from the river to the sea" (ao qual podemos acrescentar o imperialismo muçulmano que quer conquistar a Europa)
-as sucessivas "sugestões" de espetar (deslocalizar) os israelitas no Alasca, na Gronelândia, na Rússia, e o raio que o parta
-figuras públicas a incentivar o discurso antissemita, a pedir que outros países se juntem ao Hamas a atacar Israel, etc
-o povo palestino (tudo civis!) que se vangloriou com os corpos dos israelitas no dia 7, e os milhões fora de Gaza/Cisjordânia a festejar
-os terroristas a filmar prazerosamente a sua "campanha" de dia 7 e o respectivo massacre
Ah pois, mas se for de um israelita = bad, de um palestino = good, esqueci-me desse detalhe.
Israel’s actions can’t be seen in isolation from the US, since American protection shapes the environment in which Israel operates.
Sem a protecção dos EUA, e de uma forma mais abrangente sem aliados, o conflito teria escalado, com Israel a ser atacado de todos os lados, e, com a sua existência em risco, aumentaria a possibilidade de uso de armas nucleares.
Resumindo, estes pseudo-humanitários (vou chamar-lhes humanotários) preferiam que Israel não tivesse apoio nenhum, e que o conflito alastrasse, e consequentemente houvesse mais baixas.
One might wonder what the response would be if the arguments deemed good enough to justify the attack on Gaza were inverted. Suppose national newspapers were to argue that because the government of Israel has ordered hideous atrocities, as it certainly has, Israeli officials should be killed at any cost, and if Tel Aviv must be destroyed to achieve this then so be it.
Os ataques do Hamas não se resumiram apenas à sua liderança ordenar o acto X. Vêm da doutrinação por via da educação e propaganda das próprias crianças e de praticamente toda a população. Não foi o Hamas que ordenou às mamãs dos terroristas que em chamadas telefónicas parabenizassem os filhos pelos massacres que cometeram, e que iam rezar para continuassem a fazê-lo. Não estamos a falar das vontades apenas de uma elite, ou de pessoas uma das "extremidades" políticas.
A isto acresce que o conceito da causa-efeito se aplica. Uma coisa é agir, outra é reagir. E neste caso, quem ataca primeiro tem praticamente a totalidade da culpa. A isto ainda acresce que, as atrocidades do Hamas foram na sua totalidade premeditadas, as "atrocidades" de Israel que o jornalista fala são maioritariamente danos colaterais, consequência de um conflito contra um grupo terrorista que usa civis como escudo, numa área densamente populada. Ainda existe uma grande diferença entre executar uma criança, e uma criança ser morta num bombardeamento.
O mais engraçado é que o que ele diz no início deste parágrafo, já acontece. Os grupos terroristas à volta de Israel já apregoam a redução do país a escombros, o Irão idem, muita da população em vários países vizinhos apregoa isso. Até manifestações no Ocidente são permitidas para esse fim! Essencialmente, apregoar o fim de Israel é tido como "aceitável",
no pasa nada, mas se alguém disser que quer o fim de Gaza, temos o caldo entornado!
Para concluir, só deixar a nota que quem escreveu o artigo não sabe o que é "carpet bombing".
Também frisar que os velhos hábitos se mantém, criticas umas atrás das outras, soluções e alternativas para os problemas apresentados é que nadinha.