E eu não deixo de notar, é que ataques pessoais proferidos por uns membros, não são apagados, mas respostas a estes ataques já são. Se neste fórum existe uma postura de "favoritos" avisem. Se querem impor o "lápis azul", avisem também.
Amigo, a retórica é mesmo essa, e nao é de agora. Podes desvalorizar declarações de chefes de governo e das forças armadas de um estado que usa fósforo branco em ataques "selectivos" sobre zonas urbanas, e ao mesmo tempo dar credibilidade às de terroristas, que prometem aniquilar toda uma religião escondidos em túneis, é uma opção.
O mundo está um espectáculo, na Europa dos bons valores entra-se em pânico porque os emigrantes árabes e africanos ultrapassam os 10% da população. Já os árabes da palestina esses, são uns xenófobos porque nao aceitam que a emigração judaica para aquela zona, com a literal criação de um novo pais, tenha levado a percentagem de 10% para 75% em 100 anos, sendo que muitos foram efectivamente expulsos das suas casas. A Europa, onde os judeus foram perseguidos durante séculos, onde sofreram um holocausto, e que depois patrocinou a criação do seu novo país no meio dos árabes, lá longe onde eles sempre quiseram.
Estamos assim, o fascimo é mau, o socialismo é pior, as laranjas sao azuis, a religião é uma nacionalidade, os nazis são maus ou então sao bons (é como calhar), os russos sao todos maus mas se emigrarem para Israel e apoiarem os ultra nacionalistas do Beiteinu (que ate com os arabes israelitas sao hostis) já são bons. Enfim, há para todos os gostos desde que não se tenha espinha dorsal nem capacidade para pensar pela propria cabeça.
Eu em pouco mais de 20 anos, já vi 4 ou 5 escaladas de violência neste conflito. A accao e o resultado é sempre o mesmo, por mais bombas que se lancem, o terror volta sempre, e o que sobra nos intervalos nao se chama de paz.
Quem começa e acaba o discurso a falar do chocante ataque de dia 7, ou ignora o que se passa ou finge ignorar, por falta de coragem ou humildade para tentar compreender o que se passa. Mais de 200 mortos na cisjordania em 2023 até ao dia do ataque terrorista. Isto é não é paz.
Hastear bandeirinhas no twitter e encaixar numa narrativa cega é facil. É ridiculo, mas é o mais confortável para quem esta no sofá. Digo isto para os dois lados, dos dois conflitos. Quem se identifica com organizacoes ou estados terroristas merece o mesmo desprezo que eles, é inútil debater com quem pensa assim.
Para finalizar, há moderados em Israel, e acredito serem a maioria. Só quando essa gente chegar ao poder se podera comecar a pensar em paz, a partir do único verdadeiro estado democratico na região.
Um dos heróis do dia 7 de Outubro, no resgate de muitos jovens que estavam no festival. Antes de reagirem, percam 2 mins e leiam ate ao fim o artigo.
https://www.timesofisrael.com/ex-idf-deputy-chief-of-staff-yair-golan-wins-plaudits-for-saving-partygoers/
Kalil, a partir do momento em que tu insinuas que o Iron Dome falhou, sem te dares ao trabalho de pegar na porra de uma calculadora, para fazer as contas entre as baterias existentes, quantos lançadores possuem, e quantos interceptores poderiam ter sido lançados na manhã de dia 7, perdes logo a credibilidade no que diz respeito a "pensar por ti próprio". Numa situação ideal, com 10 baterias, cada uma com 10 lançadores, e cada lançador 20 mísseis, "só" conseguias ter 2000 mísseis prontos a disparar, para uma ameaça entre os 2500 e 5000 rockets. E dificilmente todas as baterias estariam "apontadas" a Gaza.
Explica lá como é que a retórica de Israel vê os palestinos como sub-humanos, quando eles próprios, na altura em que as coisas eram minimamente pacíficas, até lhes davam empregos, e investiam dinheiro nos territórios controlados por palestinos? Explica lá a partir de que momento é que as "boas relações" se deterioraram, vendo-se Israel obrigado a fechar a fronteira com Gaza por completo, e inclusive a tentar livrar-se da ameaça várias vezes.
Entretanto, olha lá o mapa do "Mandato da Palestina":

O território à direita do Rio Jordão, é controlado por quem? Será Israel? Ou será um país árabe com 11 milhões de habitantes, a Jordânia?
Agora explica-me lá, porque é que a contestação é só para com Israel, alegando territórios "historicamente da Palestina" e ninguém mete a Jordânia ao barulho?
Já reparaste que a Palestina, enquanto país, nunca existiu, apenas enquanto Mandato de uma potência e antes disso, havia a Filistina paralelamente ao Reino de Israel, que entretanto se viram dominados por impérios? Fora isso, eram essencialmente tribos.
Já reparaste que para a criação de um Estado Palestino, ninguém está interessado numa solução tipo isto:

Substituindo a Filistina pela Palestina, com uma disposição geográfica parecida.
Agora, com base nos vários mapas históricos, quem é que é realmente o imigrante na região, sabendo que aquilo mudou de mãos tanta vez? O que é que dá mais direito aos palestinos que lá vivem à gerações, do que israelitas que tiveram gerações anteriores a viver lá e cujos antepassados se viram obrigados a sair?
Já deu para ver que, o discernimento sobre quem deve ou não viver naquele território, varia consoante a conveniência. Como estão lá judeus, convém dizer que os mapas de séc.XX dizem que aquilo é dos palestinos. Estivessem lá os palestinos, os mapas do sec. XV é que seriam um argumento, para aquilo ser dos turcos. E nunca mais saíamos daqui.
A realidade é esta, os gajos (palestinos e outros países árabes que gostam de se meter no assunto), recusam propostas a dois estados, recusam propostas a um só estado "multicultural" seja sob a forma de subdivisão (tipo Estados Unidos, onde cada etnia/religião tem uma certa autonomia), seja um estado único sem divisões internas.
A ONU também se recusa a fazer alguma coisa para eliminar o extremismo em Gaza. Deixam então a Israel o dever de resolver a situação, sabendo que toda e qualquer forma que o façam, será criticada.
Provavelmente uma solução a dois estados com novas fronteiras criadas em que a Cisjordânia passava a ser de Israel, e a Palestina passava a ser um país (a Sul a começar em Gaza) com um só território, ao invés de 2 divididos, faria mais sentido. A ameaça que a Cisjordânia representa para Israel (do ponto de vista da profundidade estratégica) deixa de existir.
Mas provavelmente também seria recusado, por uma razão qualquer.

Quanto aos 200 mortos na Cisjordânia em 2023, bem, não posso comentar sem saber as causas de morte em cada um desses casos, e se foram justificadas ou não. De qualquer das formas, o Hamas matou no dia 7 mais de 1000, em apenas algumas horas (só não matou mais porque os rockets são zarolhos, outros explodem no ar ou ainda em Gaza, e outros foram interceptados), o que do ponto de vista matemático, não favorece nada o lado "humanitário" do Hamas.
Quanto aos ataques feitos por Israel, uns são legítimos, outros nem tanto (mas mesmo assim, cada caso é um caso, e visto que vemos "civis palestinos" a fazer merda escondidos atrás de ambulâncias, a "área cinzenta" torna-se ainda mais complexa). O que não é nada complexo, é perceber que numa guerra, vai sempre haver baixas civis, crises humanitárias, etc.
Agora neutralidade aqui, não existe. De um lado tens um grupo terrorista, e ser neutro, é reconhecer paridade com um Estado soberano, de um grupo, que dia 7, esclareceu qualquer dúvida face às suas verdadeiras intenções. Não há paridade, porque este grupo não obedece a regras nenhumas, nem se importa com princípios nenhuns. Se Israel agisse com paridade (que a neutralidade implica), então tinha feito desde o início aquilo que o Hamas tanto prometeu fazer a Israel - destruição daquele território.
No fim, consegues apoiar Israel no seu direito a existir, e existir de uma forma em que coexista com os palestinos, e ao mesmo tempo criticar certas decisões que tomam. Quem apoia a Ucrânia, faz isso, quando cometem erros, critica-se para fazerem melhor, era completamente absurdo se, cada vez que tomam uma má decisão, deixassem todos de apoiar. Vemos essa retórica, típica da extrema esquerda, noutros casos: como um polícia faz algo de errado, então toca a odiar toda a polícia, porque "são todos iguais" (ou com a extrema direita, quando se trata de imigrantes por exemplo).
Já alguém tinha dito aqui, que extremismo leva a extremismo... não sei quem foi.

Entretanto, esquecem-se de um detalhe importante: o governo de direita/ultranacionalista de Israel, ia perdendo força, e até com esta guerra, viu-se obrigado a formar uma aliança com a oposição para lidar com a ameaça. Ou seja, se o que importa aqui é a paz, não ter um governo em Israel tão rígido, e no processo tornar o futuro mais risonho para os palestinos, porque raio é que o Hamas (que muitos apregoam que luta pelos pontos anteriores) não ficou quietinho, e deixou que houvesse uma mudança no poder em Israel, que permitisse melhores relacionamentos no futuro? Onde é que estão os palestinos "inocentes e pacíficos" a criticar o Hamas, por ter impedido esta mudança possivelmente positiva para ambos os lados? Neste momento, a safa deles, é que o Netanyahu continua a ser amplamente criticado internamente, e poderá não ficar no poder durante muito tempo, depois de terminado o conflito.