Neste momento, há 99% de certeza de se ter tratado de um rocket proveniente de Gaza que se despenhou. Com os dados de geolocalização, mais a cratera, mais a coincidência do caraças de explodir um rocket quase directamente em cima do hospital, e depois haver uma explosão no dito hospital.
"Israel não faria" é um argumento absurdo quando Israel já atacou aquele mesmo hospital 4 dias antes. Estar a discutir se foram 500 ou 499 ou 501 é tão absurdo como a conversa de se os bebés foram decapitados antes ou depois de mortos. A Organização Mundial de Saúde disse "entre 200 e 800", vale o que vale no calor do momento, o que interessa é que um Hospital foi atacado.
Em primeiro lugar, é preciso aprender a definir a palavra "atacar". Atacar é um acto premetidado, um acidente/incidente não o é. Como tal, esta situação do hospital, cada vez mais demonstra ter sido um acidente com um rocket lançado de Gaza.
Dito isto, no suposto "ataque" israelita ao hospital há 4 dias, com um rocket, curioso que nem sequer colocas a possibilidade de ter sido também um rocket lançado de Gaza. É que até agora, pouca ou nenhuma prova existe de que Israel anda a usar MLRS, nem temos visto aeronaves a lançar foguetes, ao contrário dos grupos de Gaza, cujo lançamento de foguetes é o seu MO. Quer dizer que é impossível que tenha sido Israel? Não. Existe algum tipo de prova de que foi? Também não. Até podia ser um míssil Tamir do Iron Dome errático, tanto quanto sabemos. É completamente errado falar de forma conclusiva de algo que não se sabe o que realmente aconteceu.
Quanto ao número de mortos na explosão no hospital. Bom, é relevante, pois o grupo terrorista berrou que eram 500 ou 600, numa altura em que convinha apontar o dedo a Israel. Vendo que é cada vez mais provável que se tratou de um foguete defeituoso lançado pelos próprios, este número de repente é capaz de diminuir.
Não acho que fosse impossível morrerem 500 pessoas ali, dado que se via muita gente a dormir nos hospitais como refúgio. Bastava estar no local da explosão muita gente.