Votação

Que aeronave de Apoio Aéreo Próximo para a FAP? Para missões em ambiente não contestado.

AH-1Z
7 (14.9%)
A-29N
13 (27.7%)
UH-60 DAP
20 (42.6%)
AC-295
2 (4.3%)
A-10C ex-USAF
2 (4.3%)
MH-6 Little Bird
1 (2.1%)
OH58D ex-US Army
0 (0%)
H-145 H-Force
2 (4.3%)

Votos totais: 47

Votação encerrada: Junho 02, 2023, 10:29:01 pm

CAS

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Cabeça de Martelo

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Re: CAS
« Responder #1905 em: Dezembro 20, 2024, 03:48:34 pm »
Por curiosidade, os turcos provavelmente vão vender aos espanhóis 24 aviões de treino.

Destes...
https://en.m.wikipedia.org/wiki/TAI_H%C3%BCrjet

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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sivispacem

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Re: CAS
« Responder #1906 em: Dezembro 20, 2024, 04:20:42 pm »
Por curiosidade, os turcos provavelmente vão vender aos espanhóis 24 aviões de treino.

Destes...
https://en.m.wikipedia.org/wiki/TAI_H%C3%BCrjet



Mas.... mas...... mas..... Espanha não nos viu a comprar o ST na versão "N"??!?!!?!?!?

Mandem para lá o sofista-mor aqui do reino para que eles vejam a luz!!!  :mrgreen:
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Re: CAS
« Responder #1907 em: Dezembro 20, 2024, 04:38:47 pm »
Estes devem ser turcos do PKK, para os espanhóis confiarem neles...
De certeza que não são da Turquia do Erdogan 😉
Foi só uma piada de mau gosto, perdoem-me. :G-beer2:
Parafraseando outro colega,  negócios são negócios,  que relação terá este com a provável aquisição de Eurofighter's pela Turquia? Já estão a inspeciona-los...
« Última modificação: Dezembro 20, 2024, 05:51:53 pm por Lampuka »
João Pereira
 

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Re: CAS
« Responder #1908 em: Dezembro 20, 2024, 06:19:57 pm »
Vocês acham mesmo que 200 milhões de euros sustentam a EMBRAER?
Nem de longe, A parte da aviação comercial é que sustenta essa empresa.
200 mi de euros é uma fração muito mínima do que ela recebe na aviação comercial.
 

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sivispacem

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Re: CAS
« Responder #1909 em: Dezembro 20, 2024, 07:17:15 pm »
Vocês acham mesmo que 200 milhões de euros sustentam a EMBRAER?
Nem de longe, A parte da aviação comercial é que sustenta essa empresa.
200 mi de euros é uma fração muito mínima do que ela recebe na aviação comercial.

Considerando o volume da dívida acumulada e os custos do financiamento a que está submetida (ver ratings) eu diria que a Embraer necessita de todos os 200mi que consiga agarrar......
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Re: CAS
« Responder #1910 em: Dezembro 20, 2024, 07:20:25 pm »

Desígnios africanos

Em primeiro lugar, creio que nos devemos deixar de ilusões relativamente a designios  africanos. A única relação que este negócio pode ter com a África é a possibilidade de a presença de forças portuguesas na RCA ter despoletado qualquer análise sobre a vantagem que constituiria a existência de uma possibilidade de apoio de fogo.

O facto de haver forças portuguesas na RCA que poderiam beneficiar disso, não passa de uma coincidência e não há aqui nenhum desígnio africano, pelo que fazer contas a quanto tal coisa custaria, não faz grande sentido.

Negócio

A aquisição de 12 aeronaves da Embraer, aparenta ter todos os quesitos para ser considerado um negócio que pouco terá a ver com as necessidades da força aérea e muito mais a ver com aquilo que é um desígnio assumido pelos últimos governos, que é a criação de um polo de desenvolvimento da industria aeroespacial, ou um “cluster” como alguns gostam de chamar.

A ideia de que podemos fazer parcerias avulsas por dá cá aquela palha com toda a gente e que só não fazemos porue os governos são todos incompetentes, também não tem pernas para andar, pelo simples facto de que não se podem fazer parcerias para produzir localmente uma quantidade mínima de aeronaves.

Este negócio foi feito, tratou-se de garantir mais presença da Embraer e depois foi-se ver se a Força Aérea podia aproveitar alguma coisa com algum avião produzido pelos brasileiros...


Exemplo de um potêncial negócio com a Coreia do Sul

A verdade é que ninguém quer saber disso para nada. Não há mercado e não há governo que consiga estabelecer parcerias a não ser que meta todo o dinheiro à cabeça.
Os sul coreanos não são conhecidos por esse tipo de capacidade e mesmo que fossem isso seria inviável.

Não só porque os aviões coreanos custam mais do dobro do preço dos aviões brasileiros, mas pelo simples facto que entre transferir engenheiros e técnicos brasileiros para Lisboa, ou enviar engenheiros e técnicos portugueses para o Brasil e fazer o mesmo com a Coreia, não existe qualquer possibilidade de comparação.

A cultura, a lingua e a distância têm aqui uma importância tremenda. Há dias em que chega a haver catorze voos diretos de Lisboa para várias cidades brasileiras.
Portanto, uma parceria com os brasileiros é natural, com os coreanos, seria absurda.

E se isso não fosse suficiente, bastaria lembrar que os polacos ainda estão a tentar que os coreanos aceitem que a industria polaca fabrique parte do tanque coreano na Europa, porque os coreanos querem apenas enviar os tanques em peças, para os polacos montarem e não querem transferir nenhum tipo de tecnologia …
E isto para um negocio de milhares de milhões de dólares.
Mas para construir localmente seis aviões, os coreanos vão fazer já uma parceria …  :mrgreen:

A Embraer e o Cluster aeronautico

A verdade, é que a Embraer não foi a unica empresa quer foi contactada e que recebeu apoios para investir em Portugal, o problema é que os brasileiros foram os que melhor corresponderam, e principalmente porque ao contrário dos outros, viram aqui uma grande quantidade de vantagens.

E as vantagens são várias, mas entre elas destaca-se o simples facto da geografia. Portugal é o ponto da Europa mais próximo do Brasil e acima de tudo não existe barreira linguistica, o que permite e facilita a formação de técnicos e o seu intercâmbio.

Foram as mesmas razões geográficas que levaram a Embraer-USA para Fort Lauderdale na Flórida.

O presente negócio de 200 milhões por 12 aviões, poderá ter como contra-partida um investimento de 90 milhões da Embraer nas  OGMA.
Não há ula ligação direta com os Super Tucano. O que a Embraer vai fazer para atingir 600 milhões de vendas não é fabricar Super Tucanos em Portugal, é desenvolver a capacidade para manutenção de motores a jato da série GTF da Pratt & Whitney.

Estes motores são os motores que equipam os jatos regionais da Embraer da série E190/E195 para 97 a 120 passageiros.
E também equipam os Airbus A220 (antigos Bombardier) e os Airbus A320NEO (dos quais a TAP comprou 26 unidades). A TAP também opera na Tap-Express (antiga Portugalia), aviões da série E190 mas não com este tipo de motor.

A dimensão da Embraer

Nós não podemos esquecer que a Embraer é o terceiro maior fabricante de aviões do mundo. E não se atinge esse patamar se os produtos não forem confiáveis e de qualidade reconhecida.
Não há parcerias com absolutamente ninguém que possam chegar aos calcanhares das parcerias que podem ser desenvolvidas com a Embraer.

Isto não tem nada a ver com lusitanismos, CPLP's ou qualquer coisa patriótica ou do género.
Isto tem a ver com racionalidade e objetividade !

Se um qualquer estrangeiro viesse a Portugal e a Embraer não estivesse cá, se conhecesse o mercado colocaria a questão simples …
"...Sendo que falam a mesma língua, e são o país europeu mais próximo do Brasil, porque diabo não tentam atrair a Embraer ??? ... "

Isto é tão simples que nem devia ter espinhas.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Re: CAS
« Responder #1911 em: Dezembro 20, 2024, 07:36:31 pm »
Por curiosidade, os turcos provavelmente vão vender aos espanhóis 24 aviões de treino.

Destes...
https://en.m.wikipedia.org/wiki/TAI_H%C3%BCrjet



Mas.... mas...... mas..... Espanha não nos viu a comprar o ST na versão "N"??!?!!?!?!?

Mandem para lá o sofista-mor aqui do reino para que eles vejam a luz!!!  :mrgreen:


Noto que estás a fazer um esforço para seres suficientemente enigmático nos teus comentários para não arriscares ofender outros foristas.

Fazes muito bem.

                                                                                   ;D
                                                                                :bang:
                                                                            :bang:  :bang:
                                                                        :bang: :bang: :bang:
                                                                  :bang: :bang: :bang: :bang:
                                                              :bang: :bang:   ;D  :bang: :bang:
                                                          :bang: :bang: :bang: :bang: :bang: :bang:
                                                                              :bang:
                                                                              :bang:

                                                                                Feliz Natal




« Última modificação: Dezembro 20, 2024, 07:38:12 pm por saabGripen »
 

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Re: CAS
« Responder #1912 em: Dezembro 20, 2024, 08:25:16 pm »

Desígnios africanos

Em primeiro lugar, creio que nos devemos deixar de ilusões relativamente a designios  africanos. A única relação que este negócio pode ter com a África é a possibilidade de a presença de forças portuguesas na RCA ter despoletado qualquer análise sobre a vantagem que constituiria a existência de uma possibilidade de apoio de fogo.

O facto de haver forças portuguesas na RCA que poderiam beneficiar disso, não passa de uma coincidência e não há aqui nenhum desígnio africano, pelo que fazer contas a quanto tal coisa custaria, não faz grande sentido.

Negócio

A aquisição de 12 aeronaves da Embraer, aparenta ter todos os quesitos para ser considerado um negócio que pouco terá a ver com as necessidades da força aérea e muito mais a ver com aquilo que é um desígnio assumido pelos últimos governos, que é a criação de um polo de desenvolvimento da industria aeroespacial, ou um “cluster” como alguns gostam de chamar.

A ideia de que podemos fazer parcerias avulsas por dá cá aquela palha com toda a gente e que só não fazemos porue os governos são todos incompetentes, também não tem pernas para andar, pelo simples facto de que não se podem fazer parcerias para produzir localmente uma quantidade mínima de aeronaves.

Este negócio foi feito, tratou-se de garantir mais presença da Embraer e depois foi-se ver se a Força Aérea podia aproveitar alguma coisa com algum avião produzido pelos brasileiros...


Exemplo de um potêncial negócio com a Coreia do Sul

A verdade é que ninguém quer saber disso para nada. Não há mercado e não há governo que consiga estabelecer parcerias a não ser que meta todo o dinheiro à cabeça.
Os sul coreanos não são conhecidos por esse tipo de capacidade e mesmo que fossem isso seria inviável.

Não só porque os aviões coreanos custam mais do dobro do preço dos aviões brasileiros, mas pelo simples facto que entre transferir engenheiros e técnicos brasileiros para Lisboa, ou enviar engenheiros e técnicos portugueses para o Brasil e fazer o mesmo com a Coreia, não existe qualquer possibilidade de comparação.

A cultura, a lingua e a distância têm aqui uma importância tremenda. Há dias em que chega a haver catorze voos diretos de Lisboa para várias cidades brasileiras.
Portanto, uma parceria com os brasileiros é natural, com os coreanos, seria absurda.

E se isso não fosse suficiente, bastaria lembrar que os polacos ainda estão a tentar que os coreanos aceitem que a industria polaca fabrique parte do tanque coreano na Europa, porque os coreanos querem apenas enviar os tanques em peças, para os polacos montarem e não querem transferir nenhum tipo de tecnologia …
E isto para um negocio de milhares de milhões de dólares.
Mas para construir localmente seis aviões, os coreanos vão fazer já uma parceria …  :mrgreen:

A Embraer e o Cluster aeronautico

A verdade, é que a Embraer não foi a unica empresa quer foi contactada e que recebeu apoios para investir em Portugal, o problema é que os brasileiros foram os que melhor corresponderam, e principalmente porque ao contrário dos outros, viram aqui uma grande quantidade de vantagens.

E as vantagens são várias, mas entre elas destaca-se o simples facto da geografia. Portugal é o ponto da Europa mais próximo do Brasil e acima de tudo não existe barreira linguistica, o que permite e facilita a formação de técnicos e o seu intercâmbio.

Foram as mesmas razões geográficas que levaram a Embraer-USA para Fort Lauderdale na Flórida.

O presente negócio de 200 milhões por 12 aviões, poderá ter como contra-partida um investimento de 90 milhões da Embraer nas  OGMA.
Não há ula ligação direta com os Super Tucano. O que a Embraer vai fazer para atingir 600 milhões de vendas não é fabricar Super Tucanos em Portugal, é desenvolver a capacidade para manutenção de motores a jato da série GTF da Pratt & Whitney.

Estes motores são os motores que equipam os jatos regionais da Embraer da série E190/E195 para 97 a 120 passageiros.
E também equipam os Airbus A220 (antigos Bombardier) e os Airbus A320NEO (dos quais a TAP comprou 26 unidades). A TAP também opera na Tap-Express (antiga Portugalia), aviões da série E190 mas não com este tipo de motor.

A dimensão da Embraer

Nós não podemos esquecer que a Embraer é o terceiro maior fabricante de aviões do mundo. E não se atinge esse patamar se os produtos não forem confiáveis e de qualidade reconhecida.
Não há parcerias com absolutamente ninguém que possam chegar aos calcanhares das parcerias que podem ser desenvolvidas com a Embraer.

Isto não tem nada a ver com lusitanismos, CPLP's ou qualquer coisa patriótica ou do género.
Isto tem a ver com racionalidade e objetividade !

Se um qualquer estrangeiro viesse a Portugal e a Embraer não estivesse cá, se conhecesse o mercado colocaria a questão simples …
"...Sendo que falam a mesma língua, e são o país europeu mais próximo do Brasil, porque diabo não tentam atrair a Embraer ??? ... "

Isto é tão simples que nem devia ter espinhas.
Até que enfim um post que explica claramente ao povo anti-Embraer a realidade das coisas. Excelente post, obrigado.
 

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Re: CAS
« Responder #1913 em: Dezembro 20, 2024, 09:04:18 pm »

Desígnios africanos

Em primeiro lugar, creio que nos devemos deixar de ilusões relativamente a designios  africanos. A única relação que este negócio pode ter com a África é a possibilidade de a presença de forças portuguesas na RCA ter despoletado qualquer análise sobre a vantagem que constituiria a existência de uma possibilidade de apoio de fogo.

O facto de haver forças portuguesas na RCA que poderiam beneficiar disso, não passa de uma coincidência e não há aqui nenhum desígnio africano, pelo que fazer contas a quanto tal coisa custaria, não faz grande sentido.

Negócio

A aquisição de 12 aeronaves da Embraer, aparenta ter todos os quesitos para ser considerado um negócio que pouco terá a ver com as necessidades da força aérea e muito mais a ver com aquilo que é um desígnio assumido pelos últimos governos, que é a criação de um polo de desenvolvimento da industria aeroespacial, ou um “cluster” como alguns gostam de chamar.

A ideia de que podemos fazer parcerias avulsas por dá cá aquela palha com toda a gente e que só não fazemos porue os governos são todos incompetentes, também não tem pernas para andar, pelo simples facto de que não se podem fazer parcerias para produzir localmente uma quantidade mínima de aeronaves.

Este negócio foi feito, tratou-se de garantir mais presença da Embraer e depois foi-se ver se a Força Aérea podia aproveitar alguma coisa com algum avião produzido pelos brasileiros...


Exemplo de um potêncial negócio com a Coreia do Sul

A verdade é que ninguém quer saber disso para nada. Não há mercado e não há governo que consiga estabelecer parcerias a não ser que meta todo o dinheiro à cabeça.
Os sul coreanos não são conhecidos por esse tipo de capacidade e mesmo que fossem isso seria inviável.

Não só porque os aviões coreanos custam mais do dobro do preço dos aviões brasileiros, mas pelo simples facto que entre transferir engenheiros e técnicos brasileiros para Lisboa, ou enviar engenheiros e técnicos portugueses para o Brasil e fazer o mesmo com a Coreia, não existe qualquer possibilidade de comparação.

A cultura, a lingua e a distância têm aqui uma importância tremenda. Há dias em que chega a haver catorze voos diretos de Lisboa para várias cidades brasileiras.
Portanto, uma parceria com os brasileiros é natural, com os coreanos, seria absurda.

E se isso não fosse suficiente, bastaria lembrar que os polacos ainda estão a tentar que os coreanos aceitem que a industria polaca fabrique parte do tanque coreano na Europa, porque os coreanos querem apenas enviar os tanques em peças, para os polacos montarem e não querem transferir nenhum tipo de tecnologia …
E isto para um negocio de milhares de milhões de dólares.
Mas para construir localmente seis aviões, os coreanos vão fazer já uma parceria …  :mrgreen:

A Embraer e o Cluster aeronautico

A verdade, é que a Embraer não foi a unica empresa quer foi contactada e que recebeu apoios para investir em Portugal, o problema é que os brasileiros foram os que melhor corresponderam, e principalmente porque ao contrário dos outros, viram aqui uma grande quantidade de vantagens.

E as vantagens são várias, mas entre elas destaca-se o simples facto da geografia. Portugal é o ponto da Europa mais próximo do Brasil e acima de tudo não existe barreira linguistica, o que permite e facilita a formação de técnicos e o seu intercâmbio.

Foram as mesmas razões geográficas que levaram a Embraer-USA para Fort Lauderdale na Flórida.

O presente negócio de 200 milhões por 12 aviões, poderá ter como contra-partida um investimento de 90 milhões da Embraer nas  OGMA.
Não há ula ligação direta com os Super Tucano. O que a Embraer vai fazer para atingir 600 milhões de vendas não é fabricar Super Tucanos em Portugal, é desenvolver a capacidade para manutenção de motores a jato da série GTF da Pratt & Whitney.

Estes motores são os motores que equipam os jatos regionais da Embraer da série E190/E195 para 97 a 120 passageiros.
E também equipam os Airbus A220 (antigos Bombardier) e os Airbus A320NEO (dos quais a TAP comprou 26 unidades). A TAP também opera na Tap-Express (antiga Portugalia), aviões da série E190 mas não com este tipo de motor.

A dimensão da Embraer

Nós não podemos esquecer que a Embraer é o terceiro maior fabricante de aviões do mundo. E não se atinge esse patamar se os produtos não forem confiáveis e de qualidade reconhecida.
Não há parcerias com absolutamente ninguém que possam chegar aos calcanhares das parcerias que podem ser desenvolvidas com a Embraer.

Isto não tem nada a ver com lusitanismos, CPLP's ou qualquer coisa patriótica ou do género.
Isto tem a ver com racionalidade e objetividade !

Se um qualquer estrangeiro viesse a Portugal e a Embraer não estivesse cá, se conhecesse o mercado colocaria a questão simples …
"...Sendo que falam a mesma língua, e são o país europeu mais próximo do Brasil, porque diabo não tentam atrair a Embraer ??? ... "

Isto é tão simples que nem devia ter espinhas.
Até que enfim um post que explica claramente ao povo anti-Embraer a realidade das coisas. Excelente post, obrigado.


É uma intervenção muito interessante sim.

Não pelo conteúdo, mas sim pela falta de reacção violenta que seria de esperar.
Vamos ver se consegue sobreviver a noite e a manhã de amanhã.
Penso que vamos ter um dia de sol em todo o território nacional.

Tmb pode ser que o Murro do ST, seguido do Uppercut de Reabastecedores com Ground-and-Pound de LUS-222 deixou o pessoal com um Adrenalin Dump prolongado e que em breve tudo volte ao normal.

« Última modificação: Dezembro 20, 2024, 09:06:49 pm por saabGripen »
 

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miguelbud

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Re: CAS
« Responder #1914 em: Dezembro 20, 2024, 09:57:42 pm »
Vocês acham mesmo que 200 milhões de euros sustentam a EMBRAER?
Nem de longe, A parte da aviação comercial é que sustenta essa empresa.
200 mi de euros é uma fração muito mínima do que ela recebe na aviação comercial.

Considerando o volume da dívida acumulada e os custos do financiamento a que está submetida (ver ratings) eu diria que a Embraer necessita de todos os 200mi que consiga agarrar......

Está redondamente enganado.
Desde Fevereiro deste ano que a Embraer é uma empresa investment grade num país que é lixo. Nao vai encontrar muitas empresas com este perfil no mundo inteiro. Isto quer dizer que a Embraer consegue taxas de financiamento mais baratas que o estado brasileiro.

Em relaçao á dívida financeira da Embraer, esta é perfeitamente sustentavel. Deixo aqui um excerto do relatório da S&P aquando o ultimo upgrade:

We expect the company to continue its focus on lean operations, which, combined with its robust backlog, should support solid cash flows in coming years. We forecast an EBITDA margin of 10.5%-11.5% and debt to EBITDA consistently below 1.5x in the next two years.
 

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Re: CAS
« Responder #1915 em: Dezembro 21, 2024, 10:51:24 am »
Vocês acham mesmo que 200 milhões de euros sustentam a EMBRAER?
Nem de longe, A parte da aviação comercial é que sustenta essa empresa.
200 mi de euros é uma fração muito mínima do que ela recebe na aviação comercial.

Considerando o volume da dívida acumulada e os custos do financiamento a que está submetida (ver ratings) eu diria que a Embraer necessita de todos os 200mi que consiga agarrar......

Está redondamente enganado.
Desde Fevereiro deste ano que a Embraer é uma empresa investment grade num país que é lixo. Nao vai encontrar muitas empresas com este perfil no mundo inteiro. Isto quer dizer que a Embraer consegue taxas de financiamento mais baratas que o estado brasileiro.

Em relaçao á dívida financeira da Embraer, esta é perfeitamente sustentavel. Deixo aqui um excerto do relatório da S&P aquando o ultimo upgrade:

We expect the company to continue its focus on lean operations, which, combined with its robust backlog, should support solid cash flows in coming years. We forecast an EBITDA margin of 10.5%-11.5% and debt to EBITDA consistently below 1.5x in the next two years.

Pois. Por isso tèm os ratings que têm. Quer que os reproduza aqui??
Cumprimentos,
 

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Re: CAS
« Responder #1916 em: Dezembro 21, 2024, 12:22:45 pm »
Vocês acham mesmo que 200 milhões de euros sustentam a EMBRAER?
Nem de longe, A parte da aviação comercial é que sustenta essa empresa.
200 mi de euros é uma fração muito mínima do que ela recebe na aviação comercial.

Considerando o volume da dívida acumulada e os custos do financiamento a que está submetida (ver ratings) eu diria que a Embraer necessita de todos os 200mi que consiga agarrar......

Está redondamente enganado.
Desde Fevereiro deste ano que a Embraer é uma empresa investment grade num país que é lixo. Nao vai encontrar muitas empresas com este perfil no mundo inteiro. Isto quer dizer que a Embraer consegue taxas de financiamento mais baratas que o estado brasileiro.

Em relaçao á dívida financeira da Embraer, esta é perfeitamente sustentavel. Deixo aqui um excerto do relatório da S&P aquando o ultimo upgrade:

We expect the company to continue its focus on lean operations, which, combined with its robust backlog, should support solid cash flows in coming years. We forecast an EBITDA margin of 10.5%-11.5% and debt to EBITDA consistently below 1.5x in the next two years.

Pois. Por isso tèm os ratings que têm. Quer que os reproduza aqui??

Por favor!!
Isso não!
Tudo menos isso!!
Nós, os que gostam muito da EMBRAER, temos famílias para sustentar!!
Não divulgues.
É Natal.    :-\
 

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Re: CAS
« Responder #1917 em: Dezembro 21, 2024, 12:34:17 pm »
E porque não?
Ponha lá,  tenho curiosidade.
Aliás,  assim de repente,  encontrei qualquer coisa tipo BBB-.
Igual à Boeing, por exemplo?
São empresas sólidas? Falidas?
Não sou de economia,  mas gostava de aprender.
João Pereira
 

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Re: CAS
« Responder #1918 em: Dezembro 21, 2024, 02:55:47 pm »
Esses tales de "ratings" valem o que valem, a confiar neles de olhos fechados.

https://www.dw.com/pt-br/eua-cobram-responsabilidade-de-ag%C3%AAncias-de-rating-em-crise-financeira-mundial/a-16577597


Ao inocente que crê que aprenderam a lição:  ::)

Sobre a empresa:

EMBR3 - EMBRAER

 8)



« Última modificação: Dezembro 21, 2024, 03:10:10 pm por MMaria »
Duvidar faz-te pensar... acreditar sem duvidar faz-te um fanático.
 

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Re: CAS
« Responder #1919 em: Dezembro 21, 2024, 05:41:37 pm »
E porque não?
Ponha lá,  tenho curiosidade.
Aliás,  assim de repente,  encontrei qualquer coisa tipo BBB-.
Igual à Boeing, por exemplo?
São empresas sólidas? Falidas?
Não sou de economia,  mas gostava de aprender.

Sabe o estado da Boeing, não? Mas viu bem, é BBB., que é algo meio mixuruca, apesar da perspectiva de "estável".....
Cumprimentos,