Votação

Que aeronave de Apoio Aéreo Próximo para a FAP? Para missões em ambiente não contestado.

AH-1Z
7 (14.9%)
A-29N
13 (27.7%)
UH-60 DAP
20 (42.6%)
AC-295
2 (4.3%)
A-10C ex-USAF
2 (4.3%)
MH-6 Little Bird
1 (2.1%)
OH58D ex-US Army
0 (0%)
H-145 H-Force
2 (4.3%)

Votos totais: 47

Votação encerrada: Junho 02, 2023, 10:29:01 pm

CAS

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Pescador

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Re: CAS
« Responder #1125 em: Maio 29, 2024, 09:38:12 am »

Nós?

FA europeias?

          ::)

Sim europeias, porque estamos na Europa. E podem ser pequenas mas europeias. é uma questão de gastar onde é mais correcto

O que não devem ser é do terceiro mundo, ou sul americanas porque alguns acham que existe lá algum pais irmão. O que é isso mesmo???????? Os gajos da conversa do ouro e outras tretas? Eu não tenho nenhum. Com densidade semelhante tenho só chumbo

Virem aqui aculturados e comprados decidir ou tentar decidir o que podem ser ou devem ser a FA Portuguesas é que é estranho

Este País não anda para a frente com jacarés agarrados a mentalidades de sambas e cu duro. Só vai para a frente olhando para os parceiros da Europa.
E não é por alguns acharem que isto é uma porta de entrada de qualquer coisa, que temos de ignorar a nossa responsabilidade e identificação europeia. Não existe outra, só falácias. Não há outra identificação. A carroça não anda a frente dos bois.
Se alguns se identificam com outra coisa, a porta tem dois lados. Vão para os charco dos jacarés. Conheço alguns que fizeram essa opção. Cada um é livre, menos de chatear os outros ou de ingerências


 

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Pescador

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Re: CAS
« Responder #1126 em: Maio 29, 2024, 10:03:38 am »
Eu meto outra comparação aqui

Fiat: Menos custo de aquisição, manutenção mais barata, peças mais antigas em sucateiros

Mercedes modelo lindo que se usa por cá no governo,   FA, etc: Muito maior custo  de aquisição. Manutenção muito mais cara. Peças de marca e ficar à espera

Ninguém compra Puntos para levar generais, almirantes e governantes, etc

Uma coisa é certa, dificilmente encontramos mais caro e pior que o barato.
Por isso, ter gripas daqui a 10 anos e andar a operar essa coisa atrás dos outros todos, ou ter um avião para a próxima geração de pilotos que começara na década de 30 e durar até a década de 2060, pelo menos.
Ou sempre podemos fazer como na Marinha, comprar os gripem em segunda mão. Isso sim espetacular e, dava na mesma para os interesses externos que lixaram a OI e andam cá com coboiadas. Embora os cowboys eram no norte
Querem melhor?

E se o interesse é  o 6ª geração, também esbanjar dinheiro numa frota de gripen não faz sentido, porque a 6ª estará a entrar ao serviço ainda durante a próxima década e será na década de 40 que começara o forte de aquisições como hoje o F35 começa a ser. Nenhuma das potencia agora a adquirir o F35, ficará só com esse modelo havendo depois o de 6ª geração.
No fundo o que se passa agora.
E tendo o Gripem não teremos mais nada até fazerem 30 anos.
Aliás, eu tenho muitas duvidas que teremos esses 27 F35 durante a década de 30. Será uma esquadra de F16 até os F16 não poderem voar mais e outra de F35. Dai ser importante fazer o algum upgrade em parte dos F16 que vão ficar e, não esbanjar em aventuras extra a seguir tretas de outros deslocados
Lembrem-se do que falta comprar e o que esta gente anda a fazer com ideias de merda ficando tudo para a próxima década

Como eu escrevi algures noutro tópico se calhar, estamos na Europa não na América do Sul. Realidades diferentes
 

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Pescador

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Re: CAS
« Responder #1128 em: Junho 06, 2024, 05:55:49 pm »
O programa LAA - LIGHT ATTACK AIRCRAFT da força aérea não pretende o ST apenas para CAS mas também para instrução.

Segue um trabalho académico feito sobre o assunto (Vale a pena ler contem informação muito interessante):
LIGHT ATTACK AIRCRAFT NA FORÇA AÉREA: CONTRIBUTOS PARA O PODER AÉREO E INSTRUÇÃO AVANÇADA
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/36702/1/Light%20Attack%20Aircraft%20na%20For%C3%A7a%20A%C3%A9rea%20Contributos%20para%20o%20Poder%20A%C3%A9reo%20e%20Instru%C3%A7%C3%A3o%20Avan%C3%A7ada%20_%20CAP%20Rodolfo%20Silva.pdf


Aliás no documento sobre a Força Aérea 5.3 (Pag. 40 https://www.emfa.pt/paginas/fap/ficheiros/A%20For%C3%A7a%20A%C3%A9rea/FA_53_2024.pdf) vem referido
Citar
A edificação de uma capacidade ligeira de apoio aéreo próximo (Light Attack Aircraft) permitirá disponibilizar, em complemento ao F-16M, uma proteção armada ao movimento de forças terrestres, assim como efetuar ações de reconhecimento e de vigilância em teatros de operações com infraestruturas aeronáuticas limitadas. Para além disso, permitirá colmatar uma lacuna na formação avançada de pilotos, que nos últimos anos tem sido efetuada nos Estados Unidos da América.

Mais do ser usado para CAS o LAA vai permitir um melhoramento na formação.

De referir que os Alpha Jet também tinham a missão de CAS e Formação.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: CAS
« Responder #1129 em: Junho 06, 2024, 06:14:25 pm »
os_pero, isso já o pessoal já sabia.

A questão passa por se o ST é realmente necessário para CAS e onde é que será usado,  também pelo número de aparelhos a ser adquirido (que provavelmente será excessivo para a função de formação avançada de pilotos).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: CAS
« Responder #1130 em: Junho 06, 2024, 06:39:19 pm »
os_pero, isso já o pessoal já sabia.

A questão passa por se o ST é realmente necessário para CAS e onde é que será usado,  também pelo número de aparelhos a ser adquirido (que provavelmente será excessivo para a função de formação avançada de pilotos).

A questão é que os documentos apesar da imagem e do nome não dá primazia ao CAS, basicamente o programa LAA procura substituir os Alpha Jet (Teino e CAS), ou seja não é nada de novo do que já existia antes do abate dos Alpha Jet.

Alias no documento da Força Aerea 5.3 há inclusive uma passagem que fala sobre a substituição dos Chipmook por uma avião mais moderno, podendo estar prevista uma pequena reformulação nas esquadras de treino depois de concluido o programa LAA.

Pag. 44
Citar
Formação
Ao nível da formação de pilotos, está prevista a introdução de um novo paradigma, que permita obter ganhos significativos de eficiência e eficácia face ao atual modelo. Por forma a proceder à sua introdução, com a maior brevidade possível, irá proceder-se  desde já à substituição do DHC-1 Chipmunk, por uma aeronave moderna e certificada para operar de acordo com as regras de voo por instrumentos (IFR), bem como às necessárias adaptações aos sílabos dos cursos de pilotagem, permitindo que os alunos pilotos possam disfrutar de uma modernidade formativa.
 

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dc

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Re: CAS
« Responder #1131 em: Junho 06, 2024, 10:09:51 pm »
A questão é que a "alínea" de CAS, obriga à compra de uma quantidade superior de aeronaves, e numa versão totalmente de combate. A isto acresce que terão que se formar pilotos de propósito para fazer CAS nas ditas aeronaves, aos quais se vão somar milhares de horas a "largar ordenance" para os certificar, aos quais ainda se soma a necessidade de formar um número adicional de pessoal de terra para permitir a criação de destacamentos.

Tudo isto era perfeitamente evitável, se a ideia passasse apenas por adquirir aeronaves estritamente para treino. Seria assim necessário adquirir apenas 6-8 aeronaves, numa versão mais barata, e sem invenções em termos de pessoal.

O investimento em termos de aeronaves de combate, devia focar-se primariamente nos F-16, e nos P-3. Eventualmente em futuros helicópteros médios e futuros UCAVs.

Entretanto, vamos ter algo que será possivelmente inédito: vamos ter menos F-16 operacionais, do que teremos aeronaves de treino a hélice, caso se comprem os ST.
 
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Re: CAS
« Responder #1132 em: Junho 07, 2024, 12:01:46 am »
A única vez que vi a palavra treino associada ao ST da "boca" de alguém da FAP nunca foi para o treino de pilotos.

Dificilmente os pilotos de F vão ser formados cá.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: CAS
« Responder #1133 em: Junho 07, 2024, 10:17:46 am »
A única vez que vi a palavra treino associada ao ST da "boca" de alguém da FAP nunca foi para o treino de pilotos.

Dificilmente os pilotos de F vão ser formados cá.

Atenção, é perfeitamente possível formar Pilotos de caça usando os ST.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Get_It

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Re: CAS
« Responder #1134 em: Junho 07, 2024, 10:20:58 am »
A única vez que vi a palavra treino associada ao ST da "boca" de alguém da FAP nunca foi para o treino de pilotos.

Dificilmente os pilotos de F vão ser formados cá.
Por algum motivo finalmente enviamos pilotos para o ENJJPT após 40 anos como membros e quatro anos depois da despedida do Alpha Jet.

ENJJPT, 40 years of training NATO’s future military pilots
(27 de Abril de 2022)
Citação de: Blog Before Flight
ENJJPT provides flight training to student pilots from nine NATO partners: Belgium, Canada, Denmark, Germany, Italy, Netherlands, Norway, Turkey and the United States. Greece and Spain for years were taking part into this training organization but they were only providing instructors. Spain started also to send its first students at the end of 2019 while United Kingdom resumed its contribution by resending instructors in July ’19 and students in August '19. Romania is the new member who started to send its first students in May '19. Right now Portugal is the only non-active signatory. The ENJJPT trains 50% of all USAF fighter pilots and is the sole source of fighter pilots for partner nations: Belgium, Denmark, Germany, Netherlands and Norway.
Fonte: https://www.blogbeforeflight.net/2022/04/enjjpt-nato-pilot-training-40-years.html

Citar
Euro-NATO Joint Jet Pilot Training (ENJJPT)

A few weeks ago, Class 23-07 walked across the stage and pinned on their wings! 

This class graduated ENJJPT’s first ever Portuguese students, who will both go on to fly F-16AM aircraft at AB Monte Real.

Portugal has been an ENJJPT partner nation since the program’s start back in 1981, but hasn’t sent students through the program until this most recent Undergraduate Pilot Training class. Welcome to the crew, Portugal!!!



https://www.facebook.com/ENJJPT/posts/pfbid0aK2BfDDhw8hHE3TdaizpYq25AcwtYjNYT6o8bg5C8afLFLwzie5DHMmS8ESdiW47l

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: CAS
« Responder #1135 em: Junho 07, 2024, 10:41:01 am »
A questão é que a "alínea" de CAS, obriga à compra de uma quantidade superior de aeronaves, e numa versão totalmente de combate. A isto acresce que terão que se formar pilotos de propósito para fazer CAS nas ditas aeronaves, aos quais se vão somar milhares de horas a "largar ordenance" para os certificar, aos quais ainda se soma a necessidade de formar um número adicional de pessoal de terra para permitir a criação de destacamentos.

Tudo isto era perfeitamente evitável, se a ideia passasse apenas por adquirir aeronaves estritamente para treino. Seria assim necessário adquirir apenas 6-8 aeronaves, numa versão mais barata, e sem invenções em termos de pessoal.

O investimento em termos de aeronaves de combate, devia focar-se primariamente nos F-16, e nos P-3. Eventualmente em futuros helicópteros médios e futuros UCAVs.

Entretanto, vamos ter algo que será possivelmente inédito: vamos ter menos F-16 operacionais, do que teremos aeronaves de treino a hélice, caso se comprem os ST.

Desculpe lá mas isso não faz sentido nenhum, quando havia os Alpha Jets as missões eram as mesmas e não havia esses problemas ou o mesmo era feito sem problema, tal como não faz sentido existirem só 6 aeronaves apenas para treino (tendo em conta que provavelmente esse poderá ser em média o numero de pilotos a formar) provalvelmente será preciso as 12 ou até mais, pois os pilotos para os C130/KC390/C-295 também podem vir a fazer formação nos mesmos meios (Uma vez que a FAP quer acabar com os chipmunk não sei até que ponto parte do treino pode passar para o LAA, pois não sei se os Epsilon partilham algum systema que o LAA pode vir a ter e os Cargueiros tb tenham). Em relação ao ST não existe versões de combate e treino existe, o avião pode é levar mais ou menos equipamento, contudo o equipamento necessário para missões de treino de armamento deverá incluir quase todo o material necessário para as missões CAS (se necessário), outra coisa é o treinar pessoal para destacamentos, o pessoal que vai para os destacamentos é o pessoal que está nas esquadras no dia-a-dia, não sei onde arranja essa ideia de ser preciso mais pessoal para destacamentos, já alguma vez viu um concurso para treinar pessoal os destacamentos dos F-16?

O programa LAA é um programa para subtituir os Alpha Jet e possivelmente reactivar a esquadra 103, não se está a inventar nada de novo nem diferente do que se fazia no passado, a unica questão seria se faz ou não sentido optar uma aeronave a helice ou a jato para treino avançado, e aí dos diversos relatórios indica idealmente o meio a jato seria preferivel mas que o turbopropulsor também serve e os pontos a favor são superior aos contra e é possivel contornar sem grande prejuizo os pontos negativos.



A única vez que vi a palavra treino associada ao ST da "boca" de alguém da FAP nunca foi para o treino de pilotos.

Dificilmente os pilotos de F vão ser formados cá.

Aqui está um trabalho académico feito por um Piloto da FAP.

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/36702/1/Light%20Attack%20Aircraft%20na%20For%C3%A7a%20A%C3%A9rea%20Contributos%20para%20o%20Poder%20A%C3%A9reo%20e%20Instru%C3%A7%C3%A3o%20Avan%C3%A7ada%20_%20CAP%20Rodolfo%20Silva.pdf

Pag. 21 a 22
Citar
4.3 Light Attack Aircraft e Instrução Avançada na Força Aérea
A análise da adequabilidade de um LAA à IA na FA foi efetuada pela comparação dos critérios definidos por David Fernandes (2019, p. 15) e as características do LAA de referência.

4.3.1 Performance
A performance desejável para o SA de instrução seria a de uma aeronave a jato, próxima do SA operacional enquanto que a de um turboprop seria aceitável. O LAA em análise tem a performance padrão de um turboprop (Embraer, 2020), cumprindo o requisito
de adequabilidade de forma aceitável.

4.3.2 Cockpit
O cockpit de um LAA é compatível com a utilização de NVG (Embraer, 2018) e o PVI é semelhante ao de um caça de 4.ª geração (Embraer, op. cit.). A lógica de operação e a simbologia é muito idêntica, criando as condições para uma transição simples para o SA F-
16M (R. Andrade, op. cit.).

4.3.3 Integração de sistemas
Um LAA possui um sistema de data link via rádio VHF criptografado que permite a troca de posição entre aeronaves, envio de mensagens, envio de pontos, rotas e alvos. (Embraer, 2018). O PVI do mesmo é semelhante ao do Link-16 (C. Silva, op.cit).
É possível instalar um simulador de radar de classe APG-68, modelo que equipa o SA F-16M, lançamento de mísseis BVR e sensor RWR para missões de IA.
O EO/IR permite treinar a largada de armamento de precisão e praticar todas as funcionalidades do TGP que equipa o SA F-16M (R. Andrade, op. cit.).
Para além de um LAA largar armamento real, pode ser instalado o SUU-20, equipamento de suspensão que permite a largada de bombas e rockets de treino. Os modos de largada do computador de tiro são idênticos ao do computador de tiro do SA F-16M.

4.3.4 Sistemas de simulação GBTS e VTS
Os fabricantes apresentam diversas soluções de treino e instrução para pilotos e pessoal de manutenção (Embraer, 2018). Desde as aulas teóricas sobre os sistemas da aeronave até ao treino de procedimentos em voo de forma realista, incluindo emergências, largada de armamento, operação de sistemas, dependendo das intenções do comprador do serviço.

4.3.5 Requisitos para syllabus de Instrução Avançada
A IA avançada ministrada no SA Alpha-Jet (AJET) consistia nas seguintes áreas de formação prática:
Fase III – contacto, instrumentos, navegação visual a baixa altitude e formação;
Fase IV – Basic Fighting Maneuvers (BFM), Air Combat Maneuvers (ACM), Tactical Intercepts (TI), voo noturno, tiro ar-solo, CAS e ataque ar-solo.

O conceito da formação de PC em AJET era baseado na performance de uma aeronave a jato mas a integração de sistemas e cockpit não acompanharam a evolução do SA F-16M, deixando de cumprir os critérios de adequabilidade supracitados, limitando alterações necessárias ao syllabus para que o programa de instrução se aproximasse dos requisitos de operação das UA. (D. Fernandes, entrevista telefónica, 30 de janeiro de 2021).
Um LAA possibilita a execução de todas missões previstas no syllabus. Os sistemas de link, simulador de radar, RWR e mísseis BVR permitem que as missões de TI sejam executadas de acordo com os Tactics Techniques and Precedures (TTP) das esquadras que
operam o SA F-16M. Ainda, catorze dos quinze (93,3%) pilotos de F-16 entrevistados, consideram ser fundamental introduzir a utilização de NVG durante as missões de instrução de voo noturno.

4.3.6 Síntese conclusiva à QD3
O LAA de referência possui todos os equipamentos e sistemas para ser considerado adequado para a IA na FA. As limitações da performance de um LAA são aceitáveis e “insignificantes quando comparado com o paradigma de instrução em Alpha-Jet” (Coelho da Silva, citado por Fernandes, 2019), quando comparado com o último SA de IA na FA. O treino com um PVI semelhante ao SA operacional, a possibilidade de introdução de modalidades e elementos de treino no syllabus, como manuseamento do radar, emprego de armamento BVR, largada de armamento de precisão e utilização de NVG, assim como a gestão de informação disponível no cockpit e incremento de situational awareness que daí advém, são valências que superam a lacuna da falta de performance de um LAA em IA. Um LAA é adequado para ministrar IA na FA uma vez que cumpre todos os critérios, permitindo desenvolver todas as competências necessárias para o desempenho de funções em UA de combate.


« Última modificação: Junho 07, 2024, 10:49:59 am por os_pero »
 

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Re: CAS
« Responder #1136 em: Junho 07, 2024, 02:28:58 pm »
Se é para substituir os Alpha então estão os M346 ou semelhante , não tucanitos que na boca de altos bonecos e até nas TV, afirmaram serem necessários para CAS
 

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Re: CAS
« Responder #1137 em: Junho 07, 2024, 03:32:10 pm »
Desculpe lá mas isso não faz sentido nenhum, quando havia os Alpha Jets as missões eram as mesmas e não havia esses problemas ou o mesmo era feito sem problema

Há quantos milénios os Alpha Jet não fazem CAS? Não vamos estar aqui a iludir ninguém. Os Alpha Jet nunca foram destacados em lado nenhum. Também não ias destacar M-346 em África, mesmo que houvesse dinheiro para os comprar.
Portanto, aqui temos uma grande diferença entre a 103 com os Alpha Jet, aquilo que seria a 103 com um M-346 ou T-50, e aquilo que querem que seja a 103 com os ST.
Os ST é para criar destacamentos em África, as outras opções não seriam.

Numa FAP que se vê à rasca para manter a frota de F-16 toda operacional, não faz sentido procurar uma aeronave adicional LAA. Sai mais barato colocar a frota F-16 em condições, e com o armamento adequado, a fazer CAS, no caso raro em que pudesse ser necessário cumprir tal missão. Comprar aeronaves de propósito com base numa premissa hipotética, é uma estupidez absoluta.

A isto acresce que, "na altura", a falta de pessoal não era tão crítica, havendo até o sonho de ter 40 F-16 em serviço.

Hoje em dia, e no futuro próximo, a função de um LAA, passará a ser feita por UCAVs. Uma aeronave de treino a jacto oferece a uma Força Aérea um caça de segunda linha (alguns deles até com capacidade BVR). Um aeronave de ataque a hélice fica sem nicho.

Citar
provalvelmente será preciso as 12 ou até mais, pois os pilotos para os C130/KC390/C-295 também podem vir a fazer formação nos mesmos meios (Uma vez que a FAP quer acabar com os chipmunk não sei até que ponto parte do treino pode passar para o LAA, pois não sei se os Epsilon partilham algum systema que o LAA pode vir a ter e os Cargueiros tb tenham).

Não. Para treino avançado não são precisos mais que 8 para a quantidade de pilotos que se forma. Para os plurimotores, fazia sim falta uma aeronave de plurimotor mais ligeira (tipo um Cessna 310 ou o tal avião português bimotor desenvolvido pela CEIIA). Não faz sentido formar pilotos de KC-390 num ST.
E não, o Chipmunk é suposto ser encostado, mediante substituição por uma nova aeronave a hélice barata. Se o TB-30 não é capaz de treinar pilotos para os cargueiros, o Chipmunk ainda menos seria.

Citar
Em relação ao ST não existe versões de combate e treino existe, o avião pode é levar mais ou menos equipamento, contudo o equipamento necessário para missões de treino de armamento deverá incluir quase todo o material necessário para as missões CAS (se necessário)

Existe versão militar e versão "menos militar". Um ST estritamente dedicado a treino, não precisa de vir com as .50 nas asas, nem com blindagem, nem é preciso comprar sensores EO/IR, nem contramedidas, nem nada dos extras necessários para o usar como aeronave de combate.

Citar
outra coisa é o treinar pessoal para destacamentos, o pessoal que vai para os destacamentos é o pessoal que está nas esquadras no dia-a-dia, não sei onde arranja essa ideia de ser preciso mais pessoal para destacamentos, já alguma vez viu um concurso para treinar pessoal os destacamentos dos F-16?

Errado. As esquadras de F-16 são esquadras puramente de combate, logo todo o pessoal é considerado "destacável". Os pilotos são pilotos de combate e pronto, e o pessoal de terra, que é considerado insuficiente, vai ter que estar preparado para a eventualidade de ser destacado.
A Esquadra 103, é uma esquadra de treino. Se a aeronave adquirida, tiver funções estritamente de treino, a quantidade necessária a adquirir é menor, que faz com que a quantidade de pessoal de terra seja menor.
Se a aeronave adquirida for também para CAS em TOs externos, tens que comprar mais aeronaves, e aumentam as necessidades de pessoal para sustentar a frota.
A isto acresce que, uma aeronave que se limite a missões de treino, em pistas bem pavimentadas, por períodos relativamente curtos, tem menos exigência em termos de manutenção e sobretudo a sua frequência.
Por outro lado, a mesma aeronave, em missões de combate num TO externo, a ter que operar em pistas de terra batida, com armas e depósitos de combustível nas asas, mais a blindagem, e que terá que voar por períodos de tempo mais longos, e com maior frequência, terá exigências de manutenção maiores. Isto exige mais pessoal.

Vou explicar com umas contas de merceeiro. Vamos supor que cada ST precisa de um mecânico para estar operacional em condições normais.
8 ST adquiridos estritamente para treino - 8 mecânicos
12 ST adquiridos para treino + CAS em África - 12 mecânicos... com 4 ST destacados, o nº de mecânicos destacados tem que ser reforçado, para fazer face à maior exigência.

Agora, quanto aos outros não sei, mas eu prefiro ter menos STs, em quantidade QB para treino, e utilizar esse pessoal de terra adicional para as esquadras de F-16 por exemplo.

Citar
O programa LAA é um programa para subtituir os Alpha Jet e possivelmente reactivar a esquadra 103, não se está a inventar nada de novo nem diferente do que se fazia no passado, a unica questão seria se faz ou não sentido optar uma aeronave a helice ou a jato para treino avançado, e aí dos diversos relatórios indica idealmente o meio a jato seria preferivel mas que o turbopropulsor também serve e os pontos a favor são superior aos contra e é possivel contornar sem grande prejuizo os pontos negativos.

Sim, está-se a fazer "algo de novo". Os destacamentos em África, a principal razão da conversa do LAA, representam algo completamente diferente daquilo que era o leque de missões da 103. Não fosse a fantochada de CAS em África, ter-se-ia optado logo por uma aeronave mais adequada e/ou mais barata para desenrascar.

Relativamente ao trabalho académico apresentado.

1. É de notar o nome do trabalho, que nem se dá ao trabalho de disfarçar. "Light Attack Aircraft". Outros países que queiram substituir aeronaves de treino avançado, não dão aos programas nome de "LAA" ou "CAS". O trabalho visa simplesmente favorecer a aquisição do ST. Podia ser uma brochura da Embraer e não se notava diferença.

2. Com base no trabalho e nas necessidades reais, concluímos que:
-Se a intenção era substituir os Alpha Jet por uma solução a hélice, prática e barata, a opção certa seria o PC-21 (e sim, pode usar NVG no cockpit).
-Se a intenção era ter uma aeronave de treino avançado, com capacidade de combate, e eliminarmos qualquer fantasia de destacamentos em África, o TA-50 é a melhor opção.
-Se a intenção é fazer CAS/ISR/COIN em África, a melhor opção é um UCAV, não pondo pilotos em risco, e optando por uma solução pragmática para a Esquadra 103 - PC-21.
-Se a intenção é adquirir STs à força toda, porque a chantagem da Embraer tem dessas coisas, então que se tenha a decência de largar o critério CAS/COIN em África, e que se comprem, no máximo, 8 aeronaves.

PS: A Polónia pagou 705 milhões de dólares por 12 FA-50 Block 10. A versão TA-50 é mais barata, menos capaz, mas como aeronave de treino avançado e com capacidade de combate chega bem. A aquisição de 8 desta versão, seria mais cara que os 12 ST (aprox. o dobro), mas oferece uma aeronave muito mais capaz, resolvia o problema da esquadra 103 por muitos e bons anos (no máximo ampliava-se a frota um dia mais tarde), e a FAP voltava a ter capacidade de treino dissimilar para os F-16 (algo que o Tucas não consegue, porque treinar pilotos de F-16 contra um turboprop é muito diferente de tentar fazê-lo contra um caça a jacto).
 
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mafets

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Re: CAS
« Responder #1138 em: Junho 07, 2024, 04:25:39 pm »
O ST faz formação para o F16, caso do Chile. Tenho dúvidas é para o F35...

https://www.aereo.jor.br/2018/03/26/mais-a-29-super-tucano-para-o-chile/



Saudações

P.S. O ideal para treino avançado seria o 346 ou o T50 (até porque são aparelhos que complementam os caças, já que levam diversos tipos de armas e sensores). Para substituir os Chip reformulava algumas células do Epsilon. Recebemos 18, pelo que se 5 fossem para a Academia militar, ainda restavam 13.  ;)




"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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dc

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Re: CAS
« Responder #1139 em: Junho 07, 2024, 05:05:15 pm »
Aqui a questão não é se o ST faz ou não treino. A questão é que se vai optar por esse tipo de aeronave, estritamente pela razão do "CAS em África" e nada mais.

Antes de se fantasiar com ST em moldes "LAA", até apostava que qualquer aquisição de aeronaves como o M-346, seria na sua versão mais básica, e barata, com pouca ou nenhuma preocupação para armamentos.

Quando se falava na escola internacional, esta escola também teria valências de treinar o lançamento de munição real das aeronaves, ou isso foi só invenção de última hora para tentar justificar a compra dos ST face à concorrência a hélice?
 
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