Acho que não funciona assim, pois os pilotos da Marinha e os que o exército chegou a ter, eram militares dos próprios ramos, são é pessoas que além do que fazem na Marinha/Exército, também possuem as capacidades de serem piloto de helicóptero, os pilotos da Marinha são todos oficiais da classe de Marinha, eles não são pilotos toda a carreira (a primeira mulher piloto de Lynx há pouco tempo chegou a comandante de navio), os pilotos do exército além de oficiais também incluiam sargentos o que não existe na Força Aérea nem na Marinha.
Esses pilotos não vêm do grupo de pilotos de helicóptero que já existe na Força Aérea, por isso eu acho que abrir o acesso a piloto de helicóptero aos outros ramos, a pool de pessoas capazes aumenta.
Certo, mas eu estou a falar no universo de portugueses no seu todo, que queiram ser pilotos de helicóptero num ramo das FA. Em teoria, ter os meios no ramo A, B ou C, não devia fazer diferença no número de interessados, se o salário e os requisitos em qualquer um dos casos, for igual entre os ramos.
Mas tens pessoas que antes de querer a especialidade x (piloto) ou y (cozinheiro), querem é ser do exército, ou da marinha, mas não significa que não possuam as capacidades.
Quem vai para piloto da FAP, quer primeiro que tudo ser piloto, quem vai para o exército às vezes nem sabe bem o que quer fazer, (alguns sabem, querem ser FE, etc), outros tanto faz, carros de combate, artilharia, administrativos, querem é ser militares, ou ser de uma determinada categoria, oficial, sargento, e a Força Aérea pode não parecer suficientemente "militar", mas como disse acima, não significa que essas pessoas não possuam as capacidades necessárias, tiveram foi outros interesses.
Por exemplo, quando se fala na falta de pilotos de F-16, é um problema nacional, não havendo nada a indicar que, se tivéssemos caças na Marinha e/ou no Exército, havia mais facilidade em ter os ditos pilotos.
A missão dos F-16 é o core business da Força Aérea, é demasiado específico para estar noutro lado, mas de certeza que haverá meia duzia de pessoas no exército e na Marinha que até conseguiam passar nas provas se quisessem.
Mas imagina que para ingressar no CTOE era necessário já ser do exército, ou já ser da Brigada de Reacção Rápida, se calhar iam ser menos, imagina que o DAE aceitava voluntários de toda a Marinha, ou até directamente de civis, se calhar eram mais...
PS: Se fosse como em Israel até te dava razão, lá acho que de todos os jovens que comparecem para o serviço militar, a Força Aérea tem sempre primazia de ficar com os mais capazes

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Imagina um jovem "Eu quero muito andar nos Merkava, ou ir para os Paras, etc", e o gajo da selecção militar diz "Não, não, tu vais é para a escola de caças"

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