Ucrânia desmonta drone kamikaze avançado da Rússia e descobre o segredo: NVIDIAA guerra na Ucrânia continua a revelar segredos da tecnologia militar russa. Num episódio recente, as forças ucranianas conseguiram desmontar, peça por peça, um dos drones kamikaze mais avançados do Kremlin e descobriram algo surpreendente: no seu núcleo, utilizam processadores da NVIDIA, tecnologia que está proibida de ser exportada para a Rússia. A descoberta levanta questões sobre como Moscovo tem contornado sanções internacionais e reforça a importância destes componentes no domínio aéreo.

O exército da Ucrânia descobriu finalmente o segredo dos drones do Kremlin: utilizam processadores da NVIDIA que estão proibidos na Rússia. O país desmontou-os peça a peça.
A guerra da Ucrânia tem sido o campo de batalha perfeito para testar diferentes tipos de armamento militar. Não se trata apenas de tanques e veículos blindados; o conflito popularizou o uso de robots de resgate e drones equipados com inteligência artificial.
O exército russo vangloriou-se em várias ocasiões do seu esquadrão de drones não tripulados. A Ucrânia decidiu descobrir o seu segredo desmontando um deles peça a peça, graças a unidades confiscadas ou abatidas em combate.
As tropas ucranianas encontraram mensagens ocultas do exército de Moscovo. A Ucrânia verificou também a origem da maioria dos componentes e identificou o papel crucial da China na construção desta maquinaria bélica.

NVIDIA entra na guerra da Ucrânia
A Ucrânia confirmou aquilo que já era amplamente suspeitado: os drones com IA da Rússia não seriam possíveis sem o hardware da NVIDIA. O Kremlin conseguiu contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos à compra destes componentes cruciais para a sua frota aérea.
A Rússia tem vindo a usar centenas de drones não tripulados com inteligência artificial, capazes de resistir a interferências eletrónicas e atacar alvos de forma autónoma. Alguns modelos que sobrevoam a Ucrânia passam mesmo despercebidos nos radares.
O exército ucraniano descobriu que a Rússia conseguiu integrar os potentes processadores Jetson da NVIDIA em vários dos modelos de drones mais avançados atualmente em operação. O Kremlin recorreu a contrabando em pequenos lotes e a compras através de países intermediários.
Estes chips são fundamentais: oferecem capacidade de processamento paralelo e permitem integrar funções avançadas de navegação, reconhecimento de alvos e guiamento, aumentando assim a letalidade.

Rússia domina o céu com Jetson
A NVIDIA controla cerca de 85% do mercado global de chips para IA. Era apenas uma questão de tempo até que a Rússia encontrasse forma de equipar os seus drones com estes processadores. Os Jetson, de custo relativamente acessível, já demonstraram o seu potencial em competições de 2021 e 2023, sendo capazes de derrotar pilotos humanos em corridas FPV apenas com sensores a bordo.
A versão Jetson Orin multiplica por dez a potência do TX2, a geração anterior usada no campo de batalha ucraniano. Os drones com IA utilizam algoritmos de navegação autónoma que permitem detetar alvos e realizar manobras coordenadas como as de um enxame.
A Ucrânia analisou os drones russos Lancet, introduzidos no conflito em 2023, máquinas de 11 kg com alcance de 40 km, equipadas com Jetson TX2 para funções de seguimento automático.
As melhorias de software ao longo do último ano duplicaram a taxa de acerto dos ataques guiados por IA, passando de 30% para 60%.

A nova geração, agora a ser implementada na Ucrânia, inclui três modelos com Jetson Orin:
Shahed modificado MS001: navegação por satélite e câmara térmica para reconhecimento de alvos;
V2U: quatro asas e alcance de 40 km;
Tyuvik: versão reduzida do Shahed, com 32 km de alcance, especializada em caçar veículos em movimento.
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