Invasão da Ucrânia

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Cabeça de Martelo

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8070 em: Fevereiro 20, 2025, 02:57:18 pm »
A oposição ucraniano apoia o adiamento de eleições mas ok

Os partidos ilegalizados????  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Mas fica aqui a Constituiçao da Republica Ucraniana, revista em 2019, talvez me possa indicar qual o artigo que impede eleições, após 5 anos de mandato.

Outra vez essa treta?! Mas ainda continuas a bater a mesma tecla, quando esses argumentos já foram mais do que desmontados?!

Pachorra.
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8071 em: Fevereiro 20, 2025, 02:57:57 pm »
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Alexander Stahel 🌻

Credit where credit belongs

Since the war began, Rheinmetall built 2 new factories in 🇩🇪—each approved within weeks. One is now Europe’s largest 155mm plant.

Fun fact: CEO Papperger says permitting in Ukraine takes months longer.

https://x.com/BurggrabenH/status/1892585497333018870
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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8072 em: Fevereiro 20, 2025, 02:59:31 pm »
Citação de: Kalil
O ano é 2025, a guerra fria acabou há 36 anos, e as grandes batalhas entre divisões blindadas da 2a grande guerra foram há 80 anos.
Olhe...
Ontem o utilizador Luso, fez uma referência a Tucidides, e ao facto de ninguém se preocupar com os gregos clássicos. Aproveito a deixa, para lhe dizer que se você for ler o que aconteceu durante as duas guerras do Peloponeso, o que você vai encontrar em termos de geoestratégia, alianças militares, poder da potência naval, alianças e abuso por parte da potência dominante, você encontra lá tudo o que precisar para entender pelo menos 80% do que se passa...

E isto foi mais ou menos quinhentos anos antes de Cristo, não foi há oitenta anos atrás. Mas continua atual...

Os blindados da II guerra são uma forma de ajudar as pessoas a entender, que se a Ucrânia perder a guerra, as estruturas do país que mais armamento produz na Europa, passam para as mãos da ditadura russa.

Citar
Os russos vão construir 700 por ano com o quê? Com que material para opticas e sistemas de comunicações? E com transmissões e suspensões dos Kamaz? Para serem depois abatidos como tordos por NLAW e afins?
Eu já li muita, mas mesmo muita coisa sobre a Russia e a União Soviética, para lhe dizer que as suas referencias não fazem sentido.
Os russos são muito parecidos com os portugueses num aspecto: DESENRASCANÇO.
As soluções do desenrascanço não são perfeitas e mais tarde ou mais cedo dão problemas, mas no curto e médio prazo resultam.
O problema russo neste momento, é que em termos de desenrascanço, os ucranianos conseguem ser melhores que eles.


A suspensão dos KAMAZ podem ser substituidas por chinesas. Ou quem sabe americanas (pelo andar da carruagem).
A Russia não vai construir 700 tanques novos por ano …
A Russia ESTÁ A CONSTRUIR 700 tanques novos por ano. Isto não é uma possibilidade é uma realidade.
O problema é que enquanto a Ucrânia os está a destruir, eles não conseguem repor as perdas.
E é por isto que os russos precisam desesperadamente de um periodo de paz, para recuperar o folego.


Citar
Qual foi a protecção que a Europa usufruiu nas últimas décadas? Quando muito, foi arrastada para guerras no medio oriente, e a única vez que o continente foi atacado, não foi a "proteção " americana que travou os russos.

Os europeus foram arrastados para guerras no médio oriente quanto, em 1956, quando franceses e ingleses atacaram o canal do Suez, para os americanos os ameaçarem com boicotes para os obrigarem a sair ?

Em 1979, quando começou a substituição dos Leopard-1, só a Republica Federal da Alemanha possuia quase 4,000 tanques. A França sozinha, até ao final do século XX, produziu mais de 3500 tanques AMX-30 e tinha mais de 2,000 ao serviço.

Se não tivesse havido guarda-chuva americano, alguma vez os efetivos da maioria dos países europeus teriam sido reduzidos em 90%  ? ? ?


« Última modificação: Fevereiro 20, 2025, 03:03:48 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8073 em: Fevereiro 20, 2025, 03:27:00 pm »
A oposição ucraniano apoia o adiamento de eleições mas ok

Os partidos ilegalizados????  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Mas fica aqui a Constituiçao da Republica Ucraniana, revista em 2019, talvez me possa indicar qual o artigo que impede eleições, após 5 anos de mandato.

Outra vez essa treta?! Mas ainda continuas a bater a mesma tecla, quando esses argumentos já foram mais do que desmontados?!

Pachorra.

Mas onde??? dizer que foi desmontado, provar é difícil, mas eu ajudei deixei ai a constituição da Republica da Ucrânia.
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Cabeça de Martelo

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8074 em: Fevereiro 20, 2025, 03:42:40 pm »
A Ucrânia não pode realizar eleições durante a guerra devido a restrições legais impostas pela legislação marcial em vigor no país. Desde a invasão em larga escala pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, o governo ucraniano declarou a lei marcial, que foi aprovada pelo parlamento e tem sido renovada periodicamente. De acordo com a Constituição da Ucrânia e o Código Eleitoral, a realização de eleições — sejam elas presidenciais, parlamentares ou locais — é proibida enquanto a lei marcial estiver ativa.
Essa proibição tem várias razões práticas e legais:

Segurança: A guerra em curso torna impossível garantir a segurança dos eleitores, dos locais de votação e dos funcionários eleitorais em muitas regiões, especialmente nas áreas ocupadas ou próximas às linhas de frente.

Acesso ao voto: Milhões de ucranianos foram deslocados, seja dentro do país ou como refugiados no exterior. Organizar um processo eleitoral que permita a participação equitativa desses cidadãos é logisticamente inviável em tempos de guerra.

Integridade do processo: A ocupação de territórios ucranianos pela Rússia compromete a capacidade de realizar eleições livres e justas em todo o país, já que grande parte da população nessas áreas não poderia votar livremente.

Base legal: O Artigo 19 da Lei da Ucrânia "Sobre o Regime Jurídico da Lei Marcial" estabelece explicitamente que eleições não podem ser realizadas durante esse período. Isso inclui a eleição presidencial que estava prevista para março de 2024, que foi adiada indefinidamente.

Um exemplo concreto é o mandato do presidente Volodymyr Zelensky, que tecnicamente terminaria em maio de 2024 (cinco anos após sua posse em 2019). No entanto, a Constituição ucraniana determina que o presidente permanece no cargo até que um novo seja eleito, e a lei marcial impede essa eleição. Essa decisão foi amplamente aceita tanto internamente quanto por aliados internacionais como um reflexo das circunstâncias extraordinárias.

Portanto, a combinação de desafios práticos e restrições legais faz com que a Ucrânia priorize a defesa nacional durante a guerra, adiando processos democráticos como as eleições até que a paz e a estabilidade sejam restauradas.
« Última modificação: Fevereiro 20, 2025, 03:44:32 pm por Cabeça de Martelo »
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8075 em: Fevereiro 20, 2025, 03:42:58 pm »
Como diria o Eistein, só existem duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana ... E sobre uma delas tenho dúvidas.

A tese maluca sobre os partidos ilegalizados, pode ser aplicada por exemplo a Portugal, porque a constituição proíbe a existência de partidos fascistas, e a Lei proibe a existência de partidos regionais etc....
Por esta ordem de ideias, o nr. 4 do art. 46 da Constituição da República, tornaria as eleições em Portugal ilegitimas desde 1976.
A Alemanha tem o mesmo tipo de mecanismos constitucionais.

É claro que os pessoal putino e os maricofascistas  agora transformados em defensores do desmariconizado do rimel, J.D.Vance, se quiserem podem aproveitar para justificar um embargo a Portugal por parte do país do alaranjado, porque não damos liberdade a toda a gente para criar os partidos que quiser.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Os mecanismos constitucionais ucranianos, não são menos legitimos que os nossos, por isso a situação é absolutamente legal.
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8076 em: Fevereiro 20, 2025, 05:59:38 pm »
A Ucrânia não pode realizar eleições durante a guerra devido a restrições legais impostas pela legislação marcial em vigor no país. Desde a invasão em larga escala pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, o governo ucraniano declarou a lei marcial, que foi aprovada pelo parlamento e tem sido renovada periodicamente. De acordo com a Constituição da Ucrânia e o Código Eleitoral, a realização de eleições — sejam elas presidenciais, parlamentares ou locais — é proibida enquanto a lei marcial estiver ativa.
Essa proibição tem várias razões práticas e legais:

Segurança: A guerra em curso torna impossível garantir a segurança dos eleitores, dos locais de votação e dos funcionários eleitorais em muitas regiões, especialmente nas áreas ocupadas ou próximas às linhas de frente.

Acesso ao voto: Milhões de ucranianos foram deslocados, seja dentro do país ou como refugiados no exterior. Organizar um processo eleitoral que permita a participação equitativa desses cidadãos é logisticamente inviável em tempos de guerra.

Integridade do processo: A ocupação de territórios ucranianos pela Rússia compromete a capacidade de realizar eleições livres e justas em todo o país, já que grande parte da população nessas áreas não poderia votar livremente.

Base legal: O Artigo 19 da Lei da Ucrânia "Sobre o Regime Jurídico da Lei Marcial" estabelece explicitamente que eleições não podem ser realizadas durante esse período. Isso inclui a eleição presidencial que estava prevista para março de 2024, que foi adiada indefinidamente.

Um exemplo concreto é o mandato do presidente Volodymyr Zelensky, que tecnicamente terminaria em maio de 2024 (cinco anos após sua posse em 2019). No entanto, a Constituição ucraniana determina que o presidente permanece no cargo até que um novo seja eleito, e a lei marcial impede essa eleição. Essa decisão foi amplamente aceita tanto internamente quanto por aliados internacionais como um reflexo das circunstâncias extraordinárias.

Portanto, a combinação de desafios práticos e restrições legais faz com que a Ucrânia priorize a defesa nacional durante a guerra, adiando processos democráticos como as eleições até que a paz e a estabilidade sejam restauradas.

Deduzo assim que desde 2014 nunca ouve uma invasão ou o que queiram lhe chamar, por parte dos russos. Porque foram realizadas eleições depois desses acontecimentos .

Assim estão a legitimar a posse da Crimeia.

É um volt face a retorica da invasão da Crimeia e as revoltas nos outros oblasts,...

E agora pergunte te, onde está na constituição que são proibidas eleições durante a lei marcial??? sabes me dizer

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8077 em: Fevereiro 20, 2025, 06:05:55 pm »

Citação de: Cabeça de Martelo


Base legal: O Artigo 19 da Lei da Ucrânia

Onde é que vão buscar estas merdas, Lei da Ucrânia   :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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Ghidra

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8078 em: Fevereiro 20, 2025, 10:02:20 pm »
A Ucrânia não pode realizar eleições durante a guerra devido a restrições legais impostas pela legislação marcial em vigor no país. Desde a invasão em larga escala pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, o governo ucraniano declarou a lei marcial, que foi aprovada pelo parlamento e tem sido renovada periodicamente. De acordo com a Constituição da Ucrânia e o Código Eleitoral, a realização de eleições — sejam elas presidenciais, parlamentares ou locais — é proibida enquanto a lei marcial estiver ativa.
Essa proibição tem várias razões práticas e legais:

Segurança: A guerra em curso torna impossível garantir a segurança dos eleitores, dos locais de votação e dos funcionários eleitorais em muitas regiões, especialmente nas áreas ocupadas ou próximas às linhas de frente.

Acesso ao voto: Milhões de ucranianos foram deslocados, seja dentro do país ou como refugiados no exterior. Organizar um processo eleitoral que permita a participação equitativa desses cidadãos é logisticamente inviável em tempos de guerra.

Integridade do processo: A ocupação de territórios ucranianos pela Rússia compromete a capacidade de realizar eleições livres e justas em todo o país, já que grande parte da população nessas áreas não poderia votar livremente.

Base legal: O Artigo 19 da Lei da Ucrânia "Sobre o Regime Jurídico da Lei Marcial" estabelece explicitamente que eleições não podem ser realizadas durante esse período. Isso inclui a eleição presidencial que estava prevista para março de 2024, que foi adiada indefinidamente.

Um exemplo concreto é o mandato do presidente Volodymyr Zelensky, que tecnicamente terminaria em maio de 2024 (cinco anos após sua posse em 2019). No entanto, a Constituição ucraniana determina que o presidente permanece no cargo até que um novo seja eleito, e a lei marcial impede essa eleição. Essa decisão foi amplamente aceita tanto internamente quanto por aliados internacionais como um reflexo das circunstâncias extraordinárias.

Portanto, a combinação de desafios práticos e restrições legais faz com que a Ucrânia priorize a defesa nacional durante a guerra, adiando processos democráticos como as eleições até que a paz e a estabilidade sejam restauradas.

Deduzo assim que desde 2014 nunca ouve uma invasão ou o que queiram lhe chamar, por parte dos russos. Porque foram realizadas eleições depois desses acontecimentos .

Assim estão a legitimar a posse da Crimeia.

É um volt face a retorica da invasão da Crimeia e as revoltas nos outros oblasts,...

E agora pergunte te, onde está na constituição que são proibidas eleições durante a lei marcial??? sabes me dizer
Fico feliz que reconheces a invasão da russia a partir de 2014 menos uma invenção russa desmontada. Diz me lá qual é o pais que fez eleições sobre queda de mísseis balisticos? Só alguém chafrado é acredita que estão todas as condições reunidas para eleições e eleitores
 

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Kalil

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8079 em: Fevereiro 20, 2025, 10:18:53 pm »
É por este motivo que o Trump diz tanta borrada em catadupa, para gerar discussões sobre assuntos que não têm valor nenhum na globalidade do problema principal.
 

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Kalil

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8080 em: Fevereiro 20, 2025, 10:40:05 pm »
Citação de: Kalil
O ano é 2025, a guerra fria acabou há 36 anos, e as grandes batalhas entre divisões blindadas da 2a grande guerra foram há 80 anos.
Olhe...
Ontem o utilizador Luso, fez uma referência a Tucidides, e ao facto de ninguém se preocupar com os gregos clássicos. Aproveito a deixa, para lhe dizer que se você for ler o que aconteceu durante as duas guerras do Peloponeso, o que você vai encontrar em termos de geoestratégia, alianças militares, poder da potência naval, alianças e abuso por parte da potência dominante, você encontra lá tudo o que precisar para entender pelo menos 80% do que se passa...

E isto foi mais ou menos quinhentos anos antes de Cristo, não foi há oitenta anos atrás. Mas continua atual...

Os blindados da II guerra são uma forma de ajudar as pessoas a entender, que se a Ucrânia perder a guerra, as estruturas do país que mais armamento produz na Europa, passam para as mãos da ditadura russa.

Citar
Os russos vão construir 700 por ano com o quê? Com que material para opticas e sistemas de comunicações? E com transmissões e suspensões dos Kamaz? Para serem depois abatidos como tordos por NLAW e afins?
Eu já li muita, mas mesmo muita coisa sobre a Russia e a União Soviética, para lhe dizer que as suas referencias não fazem sentido.
Os russos são muito parecidos com os portugueses num aspecto: DESENRASCANÇO.
As soluções do desenrascanço não são perfeitas e mais tarde ou mais cedo dão problemas, mas no curto e médio prazo resultam.
O problema russo neste momento, é que em termos de desenrascanço, os ucranianos conseguem ser melhores que eles.


A suspensão dos KAMAZ podem ser substituidas por chinesas. Ou quem sabe americanas (pelo andar da carruagem).
A Russia não vai construir 700 tanques novos por ano …
A Russia ESTÁ A CONSTRUIR 700 tanques novos por ano. Isto não é uma possibilidade é uma realidade.
O problema é que enquanto a Ucrânia os está a destruir, eles não conseguem repor as perdas.
E é por isto que os russos precisam desesperadamente de um periodo de paz, para recuperar o folego.


Citar
Qual foi a protecção que a Europa usufruiu nas últimas décadas? Quando muito, foi arrastada para guerras no medio oriente, e a única vez que o continente foi atacado, não foi a "proteção " americana que travou os russos.

Os europeus foram arrastados para guerras no médio oriente quanto, em 1956, quando franceses e ingleses atacaram o canal do Suez, para os americanos os ameaçarem com boicotes para os obrigarem a sair ?

Em 1979, quando começou a substituição dos Leopard-1, só a Republica Federal da Alemanha possuia quase 4,000 tanques. A França sozinha, até ao final do século XX, produziu mais de 3500 tanques AMX-30 e tinha mais de 2,000 ao serviço.

Se não tivesse havido guarda-chuva americano, alguma vez os efetivos da maioria dos países europeus teriam sido reduzidos em 90%  ? ? ?

Eu aprecio e respeito a História, tento aprender com o passado, e é verdade, muitos dos comportamentos humanos no que respeita à política continuam inalterados ao longo das eras. O ser humano é um animal que se diz racional mas que nunca deixará de ser também, emocional.

Repare nessa questão do inventário militar europeu, e das guerras em que os europeus entraram desde a ww2. Com excepção do último suspiro do império colonial francês, na Argélia e na Indochina, e do conflito das Malvinas, que merece uma dissertação à parte, até 1989, não houve nenhuma intervenção militar europeia importante. Foi no entanto, durante este período que o espectro da guerra fria obrigou as potências europeias a manter consideráveis stocks.
Após a queda do muro, esse fantasma desapareceu, bem como a preocupação com as questões militares, de modo mais ou menos generalizado. A Grécia e a Finlândia são exemplos contrários por motivos óbvios de más vizinhanças.

Entretanto, desde essa data, tivemos a guerra do Golfo em 1991, a guerra nos Balcãs na primeira metade dessa década, a guerra no Afeganistão e no Iraque em 2003, a intervenção na Líbia em 2011, e em todos estes conflitos foi a Europa que "apoiou" os EUA, não o contrário, e sempre no interesse destes, não no seu.
Os britânicos e franceses já pagaram bem a sua dívida, os alemães resguardaram-se com a sua culpa pela histórica agressão do séc anterior.
Mas são sempre os americanos a liderar, a movimentar e decidir a estratégia e os timings.
Desta vez não é diferente, apesar de a guerra ser na nossa fronteira, e de o problema já se arrastar há mais de uma década,  a europa não agiu, ficou na expectativa não por se achar protegida mas por continuar submissa à diplomacia internacional americana.

A administração mudou com Trump mas o desígnio mantém-se o mesmo, agora só é mais aberto e vocal.

 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8082 em: Fevereiro 21, 2025, 08:47:04 am »
Não li o  texto todo ( e argumentos e Bla Bla Bla) mas na minha opinião de leigo, Zelinsky não pode convocar eleições por vários motivos mas essencialmente porque  não exitem condições práticas  para haver campanha e debate político.

Um acto eleitoral deve ser precedido por  debate de programas eleitorais  por forma a que os eleitores possam escolher as políticas com que se identificam mais. 

A única forma de haver eleições é acabando a guerra.

Ainda assim, penso que Zelinsky se deve despachar na sua interação com o EUA e formalizar um acordo porque  o cenário de golpe de estado está cada vez mais à vista. ( É uma das especialidades dos EUA, e dos Rússos também quando não conseguem resolver a bem as coisas)

Para ele, é preferível assinar agora e manter controlo de uma nova Ucrânia do  que acabar no exílio.

Para a Ucrânia acho que é indiferente. O futuro dos ucranianos dificilmente será definido pelos próprios. Será sempre altamente influciado por terceiros.
 





« Última modificação: Fevereiro 21, 2025, 09:13:22 am por speedy »
 

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8083 em: Fevereiro 21, 2025, 11:47:59 am »
Citar
Um acto eleitoral deve ser precedido por  debate de programas eleitorais  por forma a que os eleitores possam escolher as políticas com que se identificam mais.
Se o debate politico for feito à maneira do seu camarada Putin, uns cházinhos e umas viagens de parapente à russa, servem perfeitamente para substituir o debate politico...

Citar
A única forma de haver eleições é acabando a guerra.
Obrigado por nos explicar porque os ucranianos não podem organizar umas eleições, com 20% do país ocupado pela potência colonial.


Citar
Ainda assim, penso que Zelinsky se deve despachar na sua interação com o EUA e formalizar um acordo porque  o cenário de golpe de estado está cada vez mais à vista. ( É uma das especialidades dos EUA, e dos Rússos também quando não conseguem resolver a bem as coisas)
A acreditar nas suas palavras, isso não é necessário, porque você nos disse que os americanos é que mandam no Zelensky e que a fortuna dele está toda em casas de luxo na América.
Portanto, se o Zelensky é um corrupto, basta o Trump confiscar a fortuna do presidente ucraniano ... :mrgreen:


No mundo real:

Os ucranianos, nunca vão deixar de lutar, aconteça o que acontecer. Na pior das hipóteses, mesmo numa Ucrânia ocupada, os movimentos de resistência continuariam a matar milhares de russos.

Se houver eleições, o provável vencedor seria o general Zaluzhny...
Agora os dados estão baralhados, porque com a recusa em aceitar o plano de extorsão de Trump, e ao dizer o óbvio (que não é o dono da Ucrânia, é apenas o presidente, que jurou defender o país), a popularidade de Zelensky aumentou para quase 60% e é provável que volte a aumentar.
https://kyivindependent.com/ukrainians-trust-in-zelensky-increases-to-57-survey-shows/

A maluquice dos putinos, chega ao ponto de esconderem ou ocultarem o facto de que o Zaluzhny seria mais radical que o Zelensky.
Já tinha decretado a mobilização da população mais jovem e seria muito, mas muito mais brutal para com os desertores.

A estupidez de afirmar que a guerra é culpa do Zelensky, é mais uma das muitas mentiras de de forma acintosa e a beirar o crime, muita gente põe a correr.
Os factos, acabam sempre por mostrar quem mente.

O problema, é que neste mundo em vivemos, há pessoas  que se habituaram à mentira, chegando ao ponto de afirmar que a própria verdade é mentira.




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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #8084 em: Fevereiro 21, 2025, 12:09:45 pm »
Caramba, agora o Martelo também sabe da Lei da Ucrânia! Holly barrister, Batman!

Entretanto, do Telmo Azevedo Fernandes, que contribui para a "Oficina da Liberdade" e a "Cor do Dinheiro":

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Quem fica perplexo e acha inacreditáveis as declarações de Trump, é porque ainda não percebeu o fenómeno. Se há traço evidente e constante em Trump é a possibilidade, diria até, grande probabilidade de Trump dizer coisas absurdas sem filtro e factualmente erradas.
Nas mais recentes declarações de Trump há uma espécie de revisionismo histórico e uma inversão de causa-efeito? Claro que há. Trump está consciente disso? Estou em crer que sim.
Assim fala e escreve precisamente para chocar, para gerar incredulidade, neste caso por parte da UE.
Chocar para provocar acção e acção rápida.
É arriscado? É. Resulta: não sei.
Mas, o que será preferível? O novo e desconhecido ou o mesmo de sempre e a certeza de uma UE a definhar e inoperante?
Os EUA certamente pretendem impedir que se consubstancie um novo eixo do mal Rússia-China. Neste desiderato a UE é colateral, secundária. Dano ou terapia de choque, será a própria UE a decidir o que lhe convém. Para os cidadãos Europeus, a meu ver, seria bom a UE arrepiar caminho. Isso seria benéfico também para os EUA, by the way…
Contudo, os nossos governantes provavelmente têm opinião e interesses diversos.
Entretanto, vejo por aí uns pascácios sugerir que aqueles que não sofrem de Trump Derangement Syndrome como eles têm obrigação de ser agora vocais e comentar os últimos episódios da «diplomacia» americana, mesmo antes de saber qual a efectiva  evolução e resultados práticos da mesma. Isto é, já de si, um pouco estalinista e muito pouco liberal. Mas, do facto de nem sempre se emitir opinião retirar a ilação de que esse alguém é Putinista ou vassalo do actual regime russo é desonestidade intelectual e uma parvoíce própria de criança mimada.
A Rússia é uma miscelânea de KGB+Igreja Ortodoxa+Oligarcas. Não é, de todo, a sociedade aberta que queremos nem exemplo a seguir.
Mas o activismo anti Trump-Vance também não.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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