Invasão da Ucrânia

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6570 em: Maio 17, 2024, 08:48:57 pm »
https://zap.aeiou.pt/ue-continua-a-dar-milhares-de-milhoes-de-euros-ao-kremlin-gracas-a-truque-turco-602202

Um novo estudo denunciou que a Turquia reexporta petróleo russo para a UE, contornando as sanções internacionais, impostas na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia.

Graças a este truque, no espaço de um ano, o Kremlin beneficiou de milhares de milhões de euros vindos da UE.

Segundo um estudo do Centro Finlandês de Investigação sobre Energia e Ar Limpo (CREA) e do Centro Búlgaro para o Estudo da Democracia (CSD), desde a aplicação das sanções à Rússia em fevereiro de 2023, e até fevereiro de 2024, a UE importou produtos petrolíferos avaliados em 3,1 mil milhões de euros.
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6571 em: Maio 17, 2024, 11:17:27 pm »
https://zap.aeiou.pt/ue-continua-a-dar-milhares-de-milhoes-de-euros-ao-kremlin-gracas-a-truque-turco-602202

Um novo estudo denunciou que a Turquia reexporta petróleo russo para a UE, contornando as sanções internacionais, impostas na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia.

Graças a este truque, no espaço de um ano, o Kremlin beneficiou de milhares de milhões de euros vindos da UE.

Segundo um estudo do Centro Finlandês de Investigação sobre Energia e Ar Limpo (CREA) e do Centro Búlgaro para o Estudo da Democracia (CSD), desde a aplicação das sanções à Rússia em fevereiro de 2023, e até fevereiro de 2024, a UE importou produtos petrolíferos avaliados em 3,1 mil milhões de euros.

Só a Turquia ? A ìndia ganha fortunas todos os dias com a revenda à UE das matérias-primas russas. E há mais quem ganhe muito com esta guerra.

Muitos parabéns aos 25 000 mancebos ucranianos que conseguiram saltar a fronteira estes últimos dias ...devido à ausência dos guardas fronteiriços que entretanto foram mobilizados para a  frente.
« Última modificação: Maio 17, 2024, 11:18:54 pm por legionario »
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6572 em: Maio 18, 2024, 03:25:12 pm »
Parece que há alguma resistência à mobilização forçada há um suposto bloqueio de autoestrada em Odessa.
Nas últimas semanas,  as notícias internas  da Ucrânia é nem vê-las. Não se percebe o que está a acontecer.

Não sei se se são situações isoladas ou não.

« Última modificação: Maio 18, 2024, 03:25:38 pm por speedy »
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6573 em: Maio 18, 2024, 06:06:03 pm »
Um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia esteve à beira de ser assinado poucas semanas após o início da invasão russa à Ucrânia, revelou a Die Welt, com referência a um documento de 17 páginas a que teve acesso.

Datado de 15 de abril de 2022, o documento delineava as condições para o fim da guerra, com destaque para a demanda russa de neutralidade por parte da Ucrânia e um limite para o número de tropas, armas, equipamentos e aeronaves. Além disso, as terras então ocupadas permaneceriam sob controlo russo.

De acordo com fontes da Die Welt, apenas alguns pontos permaneceram em discussão e estavam destinados a serem debatidos pessoalmente pelo líder russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy numa cúpula, o que nunca aconteceu.

O tratado previa que a Ucrânia se comprometesse com a “neutralidade permanente”, renunciando assim a qualquer filiação em alianças militares, o que automaticamente descartaria a possibilidade de adesão à Nato. Segundo o documento, a Ucrânia também teria de concordar
em nunca “receber, produzir ou adquirir” armas nucleares, em não permitir a entrada de armamentos e tropas estrangeiras no país, bem como em não conceder acesso à sua infraestrutura militar, incluindo aeródromos e portos marítimos, a qualquer outro país.

Por sua vez, a Rússia prometia não atacar novamente a Ucrânia, concordando que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia – poderiam fornecer garantias de segurança abrangentes ao país ucraniano. Esta assistência, conforme estipulado no artigo 5 do tratado, seria
acionada em caso de “ataque armado à Ucrânia”, com os países garantes obrigados a prestar apoio ao direito de autodefesa de Kiev, dentro de um prazo máximo de três dias.

No entanto, o acordo ainda enfrentava obstáculos significativos. Um ponto de contenda era a exclusão da Crimeia e do porto de Sebastopol das garantias de segurança, praticamente cedendo o controlo da península à Rússia. Havia ainda desacordo sobre as áreas do leste da Ucrânia que seriam excluídas das garantias dos estados signatários.

Outro ponto sensível era a dimensão das forças armadas ucranianas no futuro. Enquanto Moscovo exigia uma redução para 85.000 soldados, Kiev propunha um número de 250.000. Opiniões divergiam também quanto ao número de equipamentos militares, com números substancialmente discrepantes em relação a tanques, veículos blindados, artilharia, sistemas de lançamento de foguetes e aeronaves.

Apesar da proximidade de um acordo, a Die Welt observou que o tratado enfrentou um impasse após exigências adicionais de Moscovo, que incluíam a adoção do russo como segunda língua oficial na Ucrânia, a suspensão de sanções mútuas e processos judiciais em tribunais internacionais, além da proibição do “fascismo, nazismo e nacionalismo agressivo” no país.

Davyd Arakhamiia, membro da delegação ucraniana, sugeriu em novembro de 2023 que a recusa do Reino Unido em negociar com Putin, além de outras razões, pode ter contribuído para o fracasso do acordo. A Die Welt cita uma visita do então primeiro-ministro britânico Boris Johnson a Kiev em 9 de abril de 2022, onde declarou que Londres “não assinaria nada” com Putin e que a Ucrânia deveria continuar a lutar, uma declaração posteriormente negada por Johnson.

Concluindo, a Die Welt observa que o documento do tratado revela quão próximo a Rússia e a Ucrânia estiveram de um acordo de paz em abril de 2022. Mesmo após mais de dois anos de guerra em larga escala, o acordo ainda é considerado favorável, especialmente considerando o contexto em que a Ucrânia estava na altura, numa posição mais forte nas negociações.

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/17-paginas-varias-condicoes-o-acordo-secreto-que-podia-ter-terminado-com-a-guerra-na-ucrania-em-2022/
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6574 em: Maio 18, 2024, 08:44:53 pm »
Um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia esteve à beira de ser assinado poucas semanas após o início da invasão russa à Ucrânia, revelou a Die Welt, com referência a um documento de 17 páginas a que teve acesso.

Datado de 15 de abril de 2022, o documento delineava as condições para o fim da guerra, com destaque para a demanda russa de neutralidade por parte da Ucrânia e um limite para o número de tropas, armas, equipamentos e aeronaves. Além disso, as terras então ocupadas permaneceriam sob controlo russo.

De acordo com fontes da Die Welt, apenas alguns pontos permaneceram em discussão e estavam destinados a serem debatidos pessoalmente pelo líder russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy numa cúpula, o que nunca aconteceu.

O tratado previa que a Ucrânia se comprometesse com a “neutralidade permanente”, renunciando assim a qualquer filiação em alianças militares, o que automaticamente descartaria a possibilidade de adesão à Nato. Segundo o documento, a Ucrânia também teria de concordar
em nunca “receber, produzir ou adquirir” armas nucleares, em não permitir a entrada de armamentos e tropas estrangeiras no país, bem como em não conceder acesso à sua infraestrutura militar, incluindo aeródromos e portos marítimos, a qualquer outro país.

Por sua vez, a Rússia prometia não atacar novamente a Ucrânia, concordando que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia – poderiam fornecer garantias de segurança abrangentes ao país ucraniano. Esta assistência, conforme estipulado no artigo 5 do tratado, seria
acionada em caso de “ataque armado à Ucrânia”, com os países garantes obrigados a prestar apoio ao direito de autodefesa de Kiev, dentro de um prazo máximo de três dias.

No entanto, o acordo ainda enfrentava obstáculos significativos. Um ponto de contenda era a exclusão da Crimeia e do porto de Sebastopol das garantias de segurança, praticamente cedendo o controlo da península à Rússia. Havia ainda desacordo sobre as áreas do leste da Ucrânia que seriam excluídas das garantias dos estados signatários.

Outro ponto sensível era a dimensão das forças armadas ucranianas no futuro. Enquanto Moscovo exigia uma redução para 85.000 soldados, Kiev propunha um número de 250.000. Opiniões divergiam também quanto ao número de equipamentos militares, com números substancialmente discrepantes em relação a tanques, veículos blindados, artilharia, sistemas de lançamento de foguetes e aeronaves.

Apesar da proximidade de um acordo, a Die Welt observou que o tratado enfrentou um impasse após exigências adicionais de Moscovo, que incluíam a adoção do russo como segunda língua oficial na Ucrânia, a suspensão de sanções mútuas e processos judiciais em tribunais internacionais, além da proibição do “fascismo, nazismo e nacionalismo agressivo” no país.

Davyd Arakhamiia, membro da delegação ucraniana, sugeriu em novembro de 2023 que a recusa do Reino Unido em negociar com Putin, além de outras razões, pode ter contribuído para o fracasso do acordo. A Die Welt cita uma visita do então primeiro-ministro britânico Boris Johnson a Kiev em 9 de abril de 2022, onde declarou que Londres “não assinaria nada” com Putin e que a Ucrânia deveria continuar a lutar, uma declaração posteriormente negada por Johnson.

Concluindo, a Die Welt observa que o documento do tratado revela quão próximo a Rússia e a Ucrânia estiveram de um acordo de paz em abril de 2022. Mesmo após mais de dois anos de guerra em larga escala, o acordo ainda é considerado favorável, especialmente considerando o contexto em que a Ucrânia estava na altura, numa posição mais forte nas negociações.

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/17-paginas-varias-condicoes-o-acordo-secreto-que-podia-ter-terminado-com-a-guerra-na-ucrania-em-2022/
Nenhum país vai enviar forças para defender a Ucrânia;* nenhum acordo será assinado com a Rússia nem com a Ucrânia que implique forças estrangeiras nas trincheiras.

Portanto qualquer negociação entre a Rússia e a Ucrânia deverá ter estar realidade como fait acompli.

*Excluídos estão os casos de missões de formação, defesa de fronteiras onde não existem possibilidades de combate ou defesa anti-aérea.
« Última modificação: Maio 18, 2024, 08:45:33 pm por CruzSilva »
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6575 em: Maio 18, 2024, 10:02:32 pm »
Mais uma vez, estamos perante uma análise à questão ucraniana, completamente condicionada pela politica interna.

O “Die Welt” é considerado quase como o orgão oficial da CDU-CSU, que neste momento se encontra na oposição, já que o governo Scholtz é do SPD, apoiado pelos verdes e pelos liberais (que muitas vezes se aliam à  CDU-CSU).

Este tipo de notícia tem que ser pegado pelas pontas. Não é novo e baseia-se em muitas teorias conspirativas e em opiniões de ucranianos pro-russos entre outros.

É facil identificar os erros, as contradições e as omissões contidas no texto do DieWelt.

Nunca existiu nenhum acordo. O que existiu foi uma proposta de rendição por parte dos russos, que vários setores ucranianos, acreditando que não havia nada a fazer, decidiram apoiar.

Os russos queriam neste acordo, o que sempre quiseram...
A rendição incondicional da Ucrânia.
Ocupar territorios, desarmar a Ucrânia, para alguns meses mais tarde darem o golpe de mesiricórdia.

A tese de que o acordo era favorável à Ucrânia é absurda, e ainda mais quando vamos ver os territórios que a Russia ocupava nessa altura (e que deviam ficar nas mãos russas).
Os territórios que os russos controlariam, incluiam áreas nos arrabaldes de Kharkiv, dezenas de milhares de quilometros quadrados de áreas que os russos posteriormente perderam e igualmente o controlo completo da foz do Dniepre, o controlo da cidade de Kherson (de onde os russos foram forçados a fugir em cuecas e em fatos de mulher, deixando milhares de fardas para trás).
Na altura os russos estavam às portas de Mikolaiv e desta forma, rapidamente poderiam atingir Odessa.

Mais absurdo, é achar que alguma vez os ucranianos estivessem prontos para assinar um acordo com os russos, quando os massacres de Butcha foram conhecidos e a hedionda e nojenta atitude da soldadesca russa, com assassinatos, violações de crianças e bestialidades indescritiveis vieram ao-de-cima e foram conhecidas por todo o mundo.

Como cereja no topo do bolo, está a afirmação de que os ingleses é que forçaram os ucranianos a não assinar o acordo e os forçaram a continuar a guerra.

Alguém acredita que, se um país estiver realmente determinado a baixar os braços e a render-se, há alguma potência estrangeira que seja capaz de convence-los a fazer o contrário ?

Se os ucranianos quisessem render-se alguém os poderia impedir ? ? ?
Mas alguém acredita nisto ?


Enfim, no fim, temos que entender que, na Alemanha há problemas com a coligação governamental e que a CDU-CSU que era o partido da Sra. Merkel, quer voltar ao poder e para isso, tentará fazer tudo o que lhe for possível, e entre as coisas que poderá fazer, é a de transmitir aos alemães, a ideia de que poderia haver paz, se não tivesse havido intervenção estrangeira.

Olhando para a História, os ucranianos são torcidos e teimosos como tudo. E o Putin devia saber disso...
A verdade, é que os ucranianos não se vão render nunca, nem que percam a guerra.
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6576 em: Maio 18, 2024, 10:24:02 pm »
Os ucranianos toda a vida viveram submissos não é agora que, qual milagre de conversão colectiva, se vão transformar em encarniçados e eternos resistentes.
 Eu também aprecio a poesia mas a realidade é outra coisa...esta mostra-nos que mais de um terço da população já "tirou bilhete" e os outros só não fogem porque não podem ; à primeira oportunidade saltam o arame farpado das fronteiras, esfarrapando calças e conceitos patrióticos.
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6577 em: Maio 18, 2024, 10:46:43 pm »
Olhando para a História, os ucranianos são torcidos e teimosos como tudo. E o Putin devia saber disso...
A verdade, é que os ucranianos não se vão render nunca, nem que percam a guerra.

E agora com energia reforçada com o cheque americano até ao fim de 2025!
Também estou curioso para ver o que vai fazer Israel a seguir à terraplanagem que fez aos amigos dos russos de Gaza e aos Ayatolas!?

A guerra na Ucrãnia já dura à mais de 3 dias, estragando a surpresa do ditador! Enquanto tiver russos e ouro para empurrar para a frente de batalha.......
Quanto aos apoiantes putinianos na europa.... como vimos pelo PM Eslovaco, a vida não está fácil!!!!

Agora deixo-vos com o Tucker Carlson.... russo a gozar com o original  :mrgreen:


« Última modificação: Maio 18, 2024, 10:48:52 pm por Viajante »
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6578 em: Maio 18, 2024, 11:03:03 pm »
Os ucranianos toda a vida viveram submissos não é agora que, qual milagre de conversão colectiva, se vão transformar em encarniçados e eternos resistentes.
 Eu também aprecio a poesia mas a realidade é outra coisa...esta mostra-nos que mais de um terço da população já "tirou bilhete" e os outros só não fogem porque não podem ; à primeira oportunidade saltam o arame farpado das fronteiras, esfarrapando calças e conceitos patrióticos.

A Ucrania já era um país, quando a Moscóvia (o que hoje chamamos Russia) era uma região na dependência de Novgorod.
Os ucranianos serem torcidos como tudo, é uma realidade histórica que quem quer que estude história militar vai entender...
E quem não quiser ver, olhe para a razão que levou à extinção do SEF...

Bastaria ver a invasão alemã de 1941, onde os ucranianos resistiram aos alemães de forma muito mais eficiente. Tão eficiente, que Hitler teve que mandar os tanques do grupo de exércitos centro, infletir para Sul na direção de Kharkiv, para isolar Kiev.
Ao forçar os alemães a atrasar o avanço ao centro, a ofensiva sobre Moscovo atrasou-se irremediavelmente e quando os alemães chegaram a Moscovo, era tarde demais.

Já em Abril de 1945, As forças do marechal Koniev na batalha final de Berlim (constituidas por cerca de 70% de ucranianos) , estavam pior colocadas que as forças de Zhukhov para atacar Berlim.
No entando, as forças ucranianas atravessaram o rio Neisse a coberto de uma cortina de fumo, e silenciosamente flanquearam os alemães, atingindo Berlim a partir do Sul. Koniev utilizou a astúcia, Zhukov a força bruta ...

Foi Estaline quem deu a vitória a Zhukov, ao traçar uma linha entre os dois grupos de exércitos, que deu a Zhukov o Reichtag.

Podiamos ir ao Afeganistão, e às ações dos ucranianos, numa altura em que não se metia medo a ninguém com os chechenos e eram os ucranianos os mais temidos de todos os soldados soviéticos.

Negar isto é ridiculo.



Como é ridiculo falar em deserções ucranianas em massa, postas a circular pelo russos, e quando os próprios russos cospem numeros para todos os gostos. A TASS diz que são 4500 ucranianos desertores, outras vezes 11000 supostos desertores, é conforme.
O que os moscovitas esquecem é que por cada ucraniano desertor há no minimo vinte russos, e basta ir ao Kazaquistão, Georgia Azerbeijão, à Arménia  e restantes países da Ásia central, ou ao Dubai pra confirmar isso.

Na II guerra mundial, o problema das deserções era gravíssimo no exército russo como era no exército alemão.
Os alemães davam-se ao trabalho de fazer um rigoroso inquérito a cada soldado ferido para verificar se havia possibilidade de a ferida ser auto-infligida.
Caso fosse provado que a ferida era auto-infligida, era pelotão de fuzilamento...
Os russos nem faziam inquérito, bastava uma denuncia e matava-se o denunciado e o denunciador...
(um deles estaria a mentir, e pelo sim pelo não matavam-se os dois)

Não há exércitos no mundo, em tempo de guerra (e quando as coisas demoram muito tempo), em que não haja desertores. Pensar que a Ucrânia seria uma excepção, é um disparate .


« Última modificação: Maio 18, 2024, 11:46:37 pm por papatango »
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6579 em: Maio 19, 2024, 10:23:54 am »
Um ucraniano bêbado e arruaceiro conseguiu extinguir o SEF....isto seria, segundo o PT,  uma prova da pugnacidade dos ucras. Para mim, esse triste "fait divers" prova a trampa de país que somos. Se o arruaceiro fosse israelita...aí teríamos tudo o que é judeu errante transformado em herói de Massada...enfim.

Os ucranianos resistiram aos alemães q.b. . Parte deles passaram-se para os alemães e muitos deles inclusivé foram longe ...acabaram por invadir o Liechtenstein para escapar aos aliados  :)

Por um lado temos cheques americanos e da UE, do outro lado temos, cito o PT,  "muitos ucranianos traidores" e também muitos ucranianos desertores.

Acham mesmo que isto se vai resolver com cheques ? é pá, entendam uma coisa : os ucranianos não querem morrer inútilmente , e quem é que os pode criticar ?
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6580 em: Maio 19, 2024, 10:35:10 am »
Citar
Um ucraniano bêbado e arruaceiro conseguiu extinguir o SEF....isto seria, segundo o PT,  uma prova da pugnacidade dos ucras. Para mim, esse triste "fait divers" prova a trampa de país que somos.

Eu não sei como é que um ucraniano consegue estar bêbado durante tantas horas, porque mesmo as cordas do SEF não impediam o processamento de alcool no sangue, mas enfim, há camaradas que devem estar melhor informados que eu sobre alcool no sangue.

Quanto ao arruaceiro, o problema, é que aquele comportamento é comum na Ucrânia, como é comum em muitos países de leste.
Como qualquer pessoa normal entende, o imigrante ucraniano em causa, morreu por ser casmurro e não querer aceitar ordens e se recusar a um comportamento aceitável.

Grande parte dos ucranianos são assim, e não há nada que o possa alterar. Os russos sabiam disso, e os próprios relatórios que o FSB/KGB produziu já depois da invasão, mostram que os russos afinal também conheciam esta característica.

Parvoices russas, como a de que os ucranianos não querem morrer pelo seu país, porque o seu país não existe e foi inventado, já as conhecemos da boca da  generaleca Kostova... acredita quem quer...




Agora fiquem à espera das contas das carpideiras, que normalmente (é assim em todos os forums) costumam atacar em grupo, para dar a impressão de que  são muitos e que a maioria tem a opinião deles ... :mrgreen: :mrgreen:
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6581 em: Maio 19, 2024, 01:18:51 pm »
Muito honestamente, sinto-me em terreno conquistado neste tópico, basta ser realista para se atingir o meu grau de plenitude  :)

Se os ucras estão assim tão dispostos a morrer pela sua "liberdade" porque razão, numa população téorica de 40 milhões , não conseguem mobilizar 5% ? ...o normal seria 10 a 15%, sobretudo agora que as mulheres também  são mobilizáveis. A resposta : a OTAN e o Zelenski não conseguem mobilizar porque parte da população saíu do país e  também devido à enorme hemorragia causada pelas deserções e pessoal refractário.

 Os ucras podem ser casmurros e desordeiros mas não são estúpidos... o Zelenski sabe disso, por essa razão  se furtou a umas eleições que sabia que perderia e , para que não restem dúvidas, trancou as fronteiras da Ucrania.

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6582 em: Maio 19, 2024, 02:09:18 pm »
Citar
Se os ucras estão assim tão dispostos a morrer pela sua "liberdade" porque razão, numa população téorica de 40 milhões , não conseguem mobilizar 5% ? ...o normal seria 10 a 15%, sobretudo agora que as mulheres também  são mobilizáveis.

O exército soviético, no seu auge, em Maio de 1945 era o maior do mundo com 11.3 milhões de pessoas.
A URSS tinha perdido trinta milhões de pessoas, pelo que na altura tinha 170 milhões de habitantes.
O valor é portando de 6.6% da população no exército, após quatro anos de guerra.
E o exército vermelho tinha cerca de meio milhão de mulheres nas fileiras,
Os americanos foram mais eficientes que os russos, e mesmo assim, no final do conflito e o seu auge, conseguiram atingir  8.7% da população mobilizada e isto também após quatro anos de guerra.
E seria absurdo comparar estas guerras mundiais com o conflito na Ucrânia


Talvez nos quisesse explicar, qual foi o exército que normalmente mobilizou 10 a 15% da população.

Em Portugal durante a guerra, estima-se que embora cerca de 800.000 tenham passado pelas fileiras durante treze anos de guerra, o máximo dos máximos que conseguimos atingir foi de 200.000, ou seja cerca de 2.3%, incluindo aqui a GNR. Normalmente a média andará pelos 108.000 efetivos no teatro de operações, ou seja 1.3% de uma população estimada em 8.5 milhões de habitantes metropolitanos.

E esta percentagem, ignora a percentagem crescente de militares africanos, porque se vamos por aí, a percentagem desce abaixo dos 0.7%

Talvez queira estudar alguns dos numeros, embora eu duvide que a realidade faça alguma diferença para quem se move por preconceitos e ódios muito espcíficos...

https://www.defesa.gov.pt/pt/defesa/organizacao/comissoes/cphm/rphm/edicoes/ano1/n12021/recrutmob/Documents/3-%20RevPHM_I_1_Pedro%20M%20Sousa.pdf



Há uma diferença muito grande entre a conversa de taberna e os numeros publicados ...
Mas para quê olhar para as estatísticas, para os numeros e para os factos ?

Baste deitar uma ##### e dizer mais não sei o quê, que o pessoal acredita ...


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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6584 em: Maio 19, 2024, 02:33:24 pm »
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Se os ucras estão assim tão dispostos a morrer pela sua "liberdade" porque razão, numa população téorica de 40 milhões , não conseguem mobilizar 5% ? ...o normal seria 10 a 15%, sobretudo agora que as mulheres também  são mobilizáveis.

O exército soviético, no seu auge, em Maio de 1945 era o maior do mundo com 11.3 milhões de pessoas.
A URSS tinha perdido trinta milhões de pessoas, pelo que na altura tinha 170 milhões de habitantes.
O valor é portando de 6.6% da população no exército, após quatro anos de guerra.
E o exército vermelho tinha cerca de meio milhão de mulheres nas fileiras,
Os americanos foram mais eficientes que os russos, e mesmo assim, no final do conflito e o seu auge, conseguiram atingir  8.7% da população mobilizada e isto também após quatro anos de guerra.
E seria absurdo comparar estas guerras mundiais com o conflito na Ucrânia


Talvez nos quisesse explicar, qual foi o exército que normalmente mobilizou 10 a 15% da população.

Em Portugal durante a guerra, estima-se que embora cerca de 800.000 tenham passado pelas fileiras durante treze anos de guerra, o máximo dos máximos que conseguimos atingir foi de 200.000, ou seja cerca de 2.3%, incluindo aqui a GNR. Normalmente a média andará pelos 108.000 efetivos no teatro de operações, ou seja 1.3% de uma população estimada em 8.5 milhões de habitantes metropolitanos.

E esta percentagem, ignora a percentagem crescente de militares africanos, porque se vamos por aí, a percentagem desce abaixo dos 0.7%

Talvez queira estudar alguns dos numeros, embora eu duvide que a realidade faça alguma diferença para quem se move por preconceitos e ódios muito espcíficos...

https://www.defesa.gov.pt/pt/defesa/organizacao/comissoes/cphm/rphm/edicoes/ano1/n12021/recrutmob/Documents/3-%20RevPHM_I_1_Pedro%20M%20Sousa.pdf



Há uma diferença muito grande entre a conversa de taberna e os numeros publicados ...
Mas para quê olhar para as estatísticas, para os numeros e para os factos ?

Baste deitar uma ##### e dizer mais não sei o quê, que o pessoal acredita ...

Para começar : em Portugal não houve nenhuma mobilização geral (ou parcial ) durante os conflitos africanos. A comparação é um absurdo.

Pede-me exemplos de países que mobilizaram  10 ou 15% da sua população numa guerra. Assim de repente  : A Alemanha durante a 2ªguerra mundial, quando começou a levar por tabela (como a Ucrania, hoje, logo em contextos idênticos), ultrapassou essa percentagem.
Fique descansado, o PT também consegue encontrar outros exemplos se retirar as laterais e procurar no sítio certo .
« Última modificação: Maio 19, 2024, 02:35:34 pm por legionario »
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António Ferreira Gomes, bispo