Invasão da Ucrânia

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Lusitano89

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6015 em: Março 08, 2024, 10:30:10 am »
Ex-comandante das Forças Armadas da Ucrânia nomeado embaixador do país no Reino Unido


 

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Lampuka

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6016 em: Março 08, 2024, 12:01:24 pm »
Caro os_pero,
relativamente a ser Putin o que irá em fuga, continue a acreditar nisso se é a sua convicção.  Eu não...
Quanto a explicar-lhe tacticamente como decorreria ou decorrerá a tomada de Odessa, não estou capacitado.  Apenas aguardo que o tempo me demonstre como tal acontecerá, se acontecer.
No entanto, do ponto de vista russo, faz todo o sentido.
Até porque como temos visto recentemente, a sua própria sobrevivência, no que diz respeito à marinha no Mar Negro, está a ser posta em causa. E a única opção possível contra aquilo que está consecutivamente a acontecer aos seu navios e portos passa por aí.
Para já não falar da continuidade geográfica que também daí resultaria.
Quem obviamente não estará nada contente com a situação serão os países da NATO, que veriam ainda mais complicada a sua presença neste local. Daí talvez se perceba a "novidade" de assumir a defesa da zona de imediato. O problema parece-me, de momento, a posição ambígua dos EUA.
Quanto à desmobilização, não brinque...
Não passa de uma manobra simples de poder fazer uma nova mobilização geral que venha a compensar o fracasso da última (e que foi uma das razões da troca de chefias).
Também não se esqueça que assim se podem "absorver" algumas baixas.
Então andámos há semanas a ouvir da falta de munições, equipamentos e principalmente pessoal e fazem uma desmobilização???
João Pereira
 

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Lampuka

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6017 em: Março 08, 2024, 12:13:34 pm »
Citar
Se a Europa, e eu digo a Europa porque os americanos já estão a saltar da carruagem, quer transformar isto numa situação existencial para ela própria, então terá de estar disposta e preparada para tudo. 
Desde o princípio que alerto para isso. Vêm sempre com a conversa que sou pró-russo e outras palhaçadas parecidos, mas na realidade, enquanto europeu, foi sempre essa a minha preocupação. 
Vejo a possibilidade dos meus filhos, que estão numa idade crítica relativamente ao assunto, serem arrastados para uma merd@ de uma guerra totalmente evitável e que só existe pelo falhanço total dos dirigentes europeus na leitura daquilo que iria acontecer.
Há outros, por muito que custe a alguns aqui no fórum ouvirem ou admitirem, que continuarão a ver e participar em guerras a milhares de quilómetros das suas fronteiras.
Nós cá, a cada dia que passa e caso não se dê um volte face nas nossas políticas (falamos da Europa) apenas estamos a meter-nos num buraco cada vez maior.
Até os russos agradecem neste momento o que estamos a fazer.  A simples lei da acção/reação está do lado deles.
É só pensar um bocadinho, sem "paixões ou romantismos".
Abraços
João Pereira
 
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os_pero

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6018 em: Março 08, 2024, 12:39:27 pm »
Caro os_pero,
relativamente a ser Putin o que irá em fuga, continue a acreditar nisso se é a sua convicção.  Eu não...
Quanto a explicar-lhe tacticamente como decorreria ou decorrerá a tomada de Odessa, não estou capacitado.  Apenas aguardo que o tempo me demonstre como tal acontecerá, se acontecer.
No entanto, do ponto de vista russo, faz todo o sentido.
Até porque como temos visto recentemente, a sua própria sobrevivência, no que diz respeito à marinha no Mar Negro, está a ser posta em causa. E a única opção possível contra aquilo que está consecutivamente a acontecer aos seu navios e portos passa por aí.
Para já não falar da continuidade geográfica que também daí resultaria.
Quem obviamente não estará nada contente com a situação serão os países da NATO, que veriam ainda mais complicada a sua presença neste local. Daí talvez se perceba a "novidade" de assumir a defesa da zona de imediato. O problema parece-me, de momento, a posição ambígua dos EUA.
Quanto à desmobilização, não brinque...
Não passa de uma manobra simples de poder fazer uma nova mobilização geral que venha a compensar o fracasso da última (e que foi uma das razões da troca de chefias).
Também não se esqueça que assim se podem "absorver" algumas baixas.
Então andámos há semanas a ouvir da falta de munições, equipamentos e principalmente pessoal e fazem uma desmobilização???

Oh meu caro que faz sentido do ponta de vista Russo claro que faz, tal como fazia sentido para eles invadirem e controlarem a Ucrania em poucos dias, mas não basta querer para as coisas acontecerem, é preciso ter capacidade de as fazer acontecer, e os Russos já tiveram muito mais proximo de isso acontecer. Dificilmente (recorrendo a navios) os Russos voltaram a ter o controlo do Mar Negro, pois para fazer cair odesa é preciso ou atacar via maritima (impossivel com os drones Ucranianos) ou via terrestre (a linha da frente está demasiado longe para isso acontecer nos proximos meses).

Em relação a conversa de Putin dá para os 2 lados, mas os acontecimentos até agora tem mostrado que eu possivelmente estou mais certo do que voce.

Não houve nenhuma desmobilização o que houve foi um aleviar em certas regras o que permite alguns (em certas condições) soldados passar a reserva pelo menos 1 ano (se assim o desejarem) até poderem ser mobilizados outra vez, isto revela que os Ucranianos não estão com a corda ao pescoço (diferente de estarem com necessidades) no que toca a recursos humanos, pois quando a coisa está realmente grave não há espaço para nada.

Em relação a troca de chefias, não sei, e acho que são poucas as pessoas no mundo que saibam as verdadeiras razões de troca de chefias.

Citar
Se a Europa, e eu digo a Europa porque os americanos já estão a saltar da carruagem, quer transformar isto numa situação existencial para ela própria, então terá de estar disposta e preparada para tudo. 
Desde o princípio que alerto para isso. Vêm sempre com a conversa que sou pró-russo e outras palhaçadas parecidos, mas na realidade, enquanto europeu, foi sempre essa a minha preocupação. 
Vejo a possibilidade dos meus filhos, que estão numa idade crítica relativamente ao assunto, serem arrastados para uma merd@ de uma guerra totalmente evitável e que só existe pelo falhanço total dos dirigentes europeus na leitura daquilo que iria acontecer.
Há outros, por muito que custe a alguns aqui no fórum ouvirem ou admitirem, que continuarão a ver e participar em guerras a milhares de quilómetros das suas fronteiras.
Nós cá, a cada dia que passa e caso não se dê um volte face nas nossas políticas (falamos da Europa) apenas estamos a meter-nos num buraco cada vez maior.
Até os russos agradecem neste momento o que estamos a fazer.  A simples lei da acção/reação está do lado deles.
É só pensar um bocadinho, sem "paixões ou romantismos".
Abraços

Eu acho que só discordamos nas acções que devemos tomar, voce (e outros) acha (estou eu a supor) que não nos deviamos ter metido e ficado no nosso canto e que isso evitará problemas no futuro. Eu (e outros) achamos que essa epoca já passou e que se nada fizermos agora o futuro será pior.
« Última modificação: Março 08, 2024, 12:44:25 pm por os_pero »
 

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FoxTroop

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6019 em: Março 08, 2024, 12:52:33 pm »
Citar
Se a Europa, e eu digo a Europa porque os americanos já estão a saltar da carruagem, quer transformar isto numa situação existencial para ela própria, então terá de estar disposta e preparada para tudo. 
Desde o princípio que alerto para isso. Vêm sempre com a conversa que sou pró-russo e outras palhaçadas parecidos, mas na realidade, enquanto europeu, foi sempre essa a minha preocupação. 
Vejo a possibilidade dos meus filhos, que estão numa idade crítica relativamente ao assunto, serem arrastados para uma merd@ de uma guerra totalmente evitável e que só existe pelo falhanço total dos dirigentes europeus na leitura daquilo que iria acontecer.
Há outros, por muito que custe a alguns aqui no fórum ouvirem ou admitirem, que continuarão a ver e participar em guerras a milhares de quilómetros das suas fronteiras.
Nós cá, a cada dia que passa e caso não se dê um volte face nas nossas políticas (falamos da Europa) apenas estamos a meter-nos num buraco cada vez maior.
Até os russos agradecem neste momento o que estamos a fazer.  A simples lei da acção/reação está do lado deles.
É só pensar um bocadinho, sem "paixões ou romantismos".
Abraços

Começo a suspeitar de forma cada vez mais convicta que o falhanço de interpertação do assunto é capaz de ter sido mais deliberado que acidental. Não porque os dirigentes europeus sejam minimamente cultos neste assuntos, mas sim por quem os aconselha.

Compreendo compleamente a sua preocupação com o possivel arrastar para uma guerra e as consequencias para os nossos jovens num conflito que não serve minimamente os interesses de Portugal ou da UE. Mas que o estão a transfomar em algo existencial para a UE estão e isso implica todas as consequencias.

Quanto ao restante, já afirmei aqui que o sonho molhado dos generais russos é poder atingir abertamente as forças de paises ocidentais e só por muita contenção politica do Kremlin é que ainda andam muitos "trabalhadores humanitários" a prestar "assistencia" na Ucrania.
Até se babam com a possibilidade de apanhar forças NATO fora do território da aliança e a pergunta que foristas como o @os_pero não respondeu é: Quando forças, por exemplo, fancesas devidamente uniformizadas em território ucraniano forem reduzidas a átomos num ataque de Iskender ou Kalibr, qual vai ser a nossa resposta? Qual é o plano? vamos escalar? Ou vamos enfiar o rabo entre as pernas e dar uma à Afeganistão? Se escalarmos, vamos fazer o que? Atacar territorio russo de jure?

 

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Lampuka

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6020 em: Março 08, 2024, 01:13:32 pm »
Caro os_pero,
até acho que nos devíamos ter metido e muito.
Mas defendendo até ao fim o não inicio da guerra.
Como?
Nem que fosse necessário vetar, onde podíamos, o que fosse necessário.
Contrariamente à retórica que nos foi imposta que tudo o que fosse contra a Rússia era a nosso favor, sabíamos que não era assim.
Fomos, junto com outros, num "arrastão" anti-Rússia que não nos era benéfico.
E no fundo, nem aos ucranianos, na sua maioria.
Ao assinarmos todos de cruz aquilo que nos puseram à frente apenas extremamos posições numa altura que não era isso o necessário.
Repare que agora já existe discussão e desentendimentos dentro da própria Europa e NATO.  Porquê?
Porque são os franceses, alemães... esses têm direito de discordar e nós não?
Perdemos nós e vai perder a Ucrânia.  Essa é a realidade que teremos, no mínimo, de enfrentar.
Se temos feito, junto com outros, o nosso papel e de forma simples "desargumentado" os russos, e esses tivessem prosseguido com aquilo que acabaram por fazer, eu seria hoje o primeiro a dizer que deveríamos avançar de imediato para um confronto directo.
Assim, desculpem-me, não consigo.
João Pereira
 

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Lusitano89

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6021 em: Março 08, 2024, 02:27:00 pm »
 

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os_pero

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6022 em: Março 08, 2024, 03:51:53 pm »
Caro os_pero,
até acho que nos devíamos ter metido e muito.
Mas defendendo até ao fim o não inicio da guerra.
Como?
Nem que fosse necessário vetar, onde podíamos, o que fosse necessário.
Contrariamente à retórica que nos foi imposta que tudo o que fosse contra a Rússia era a nosso favor, sabíamos que não era assim.
Fomos, junto com outros, num "arrastão" anti-Rússia que não nos era benéfico.
E no fundo, nem aos ucranianos, na sua maioria.
Ao assinarmos todos de cruz aquilo que nos puseram à frente apenas extremamos posições numa altura que não era isso o necessário.
Repare que agora já existe discussão e desentendimentos dentro da própria Europa e NATO.  Porquê?
Porque são os franceses, alemães... esses têm direito de discordar e nós não?
Perdemos nós e vai perder a Ucrânia.  Essa é a realidade que teremos, no mínimo, de enfrentar.
Se temos feito, junto com outros, o nosso papel e de forma simples "desargumentado" os russos, e esses tivessem prosseguido com aquilo que acabaram por fazer, eu seria hoje o primeiro a dizer que deveríamos avançar de imediato para um confronto directo.
Assim, desculpem-me, não consigo.

Eu não sou a favor da Guerra, mas foi a Rússia que decidiu invadir (ou continuar a invasão) a Ucrânia (foram eles que começaram a guerra), não sei como é que você queria acabar com a Guerra se quem a começou não tinham/tem interesse em a acabar.

O que discordamos é o que devíamos ter feito na altura, penso que você acha que devíamos ter deixado a Ucrânia sozinha e capitular rapidamente, pois pelo que percebi assim a guerra acabava mais rapidamente, acreditando que dai para a frente tudo ficava bem. Pessoalmente acho que a Rússia não ia ficar por aí (e nem falo das represálias a população Ucraniana, mas vamos ignorar essa parte) e nós Europeus íamos ficar numa situação de insegurança maior.

PS: Em relação a teoria da Rússia ter sido assediada pela NATO e se sentir ameaçada a mesma desculpa também pode servir para a Europa e a NATO depois de tudo o que a Rússia tem andado a fazer aos seus vizinhos ou as intromissões nas eleições e noutros meios de guerra não tradicional.
 
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Lampuka

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6023 em: Março 08, 2024, 04:54:56 pm »
Continuando a nossa saudável discussão, coisa cada vez mais rara por aqui, nunca disse que a Ucrânia deveria ser deixada sozinha.
O que digo é que ao invés de cobardemente os incentivarmos contra a Rússia quando sabíamos de antemão que sozinhos não teriam capacidade de resolver o assunto, cinicamente falhámos.
Andámos nessa treta das sanções e dos isolamentos, dos apoios monetários e armamento, das guerras híbridas... tudo tretas fáceis de defender... de longe.
Nem Hitler, com o seu megalómano exército teve essa capacidade, por isso essa tese teve tanto de hipócrita como de ridícula.
Para enfrentar a Rússia, se era para isso, havia que assumi-lo desde o princípio no terreno. Todos.
Também são públicos os princípios de acordo que estiveram em cima da mesa antes do conflito, do que supostamente estaria aceite por ambas as partes, de quem supostamente interferiu.
E também é do conhecimento geral aquilo que já há mais de 20 anos acontecia nos territórios de maioria russa no país.
E dos famosos acordos de Minsk e do que depois se passou.
Quanto a ingerências em eleições, vá ver o que aconteceu na Ucrânia antes de 2014. Por aqui me fico...
Quanto a desculpas da NATO, a geografia prova rapidamente quem avançou para onde.
Finalmente e em relação às "dispensas de pessoal combatente" procure o que se está a passar principalmente na fronteira Ucrânia/Roménia e verá facilmente como montes de "dispensados" querem sair do país.
Não os considero desertores, apenas não convencidos daquilo que se está a passar.
Mais uma vez, não é defender a Rússia.  Apenas também tentar entender o outro lado.
E não ter dúvidas de que se trata de um jogo de poderes, interesses, segurança.
O resto, liberdades e afins, é bonito... mas são tretas.
Caso contrário teríamos muitos mais para sancionar, isolar, combater...
João Pereira
 

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CruzSilva

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6024 em: Março 08, 2024, 06:42:16 pm »
Citação de: L'Indepéndant
Guerre en Ukraine : "Une avancée du front vers Odessa ou vers Kiev", Emmanuel Macron annonce ce scénario "qui pourrait engager une intervention" de la France

Le chef de l'Etat recevait les chefs des partis politiques ce jeudi.

Ce jeudi à la mi-journée, Emmanuel Macron a reçu les chefs de parti. L'objectif : redéfinir la ligne de soutien face à l'Ukraine. Ou plutôt, la réaffirmer à nouveau. En effet, le chef de l'Etat a persisté et signé après s'être montré favorable à l'envoi de troupes en Ukraine le 26 février dernier : "Il n'y a aucune limite et aucune ligne rouge", concluait Jordan Bardella (Rassemblement National) qui résumait le sentiment de l'opposition. "Je suis arrivé inquiet et je suis ressorti plus inquiet", a résumé le coordinateur de La France insoumise Manuel Bompard.

Selon Fabien Roussel (parti communiste), Emmanuel Macron a évoqué le scénario "qui pourrait engager une intervention" : une avancée du front "vers Odessa ou vers Kiev", carte à l'appui.

Fonte: L'Indepéndant
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 
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Viajante

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6025 em: Março 08, 2024, 11:09:51 pm »
É engraçado como alguns "patriotas" só se preocupam com a segurança russa e pensam que toda a Europa, ou pelo menos a Europa do Leste que foi barbaramente subjugada pela URSS, é a coutada ou recreio da rússia!!!! Talvez a visão deturpada não consiga enchergar que a independência de um país deve ser defendida a todo o custo (e ainda se afirmam antigos militares....... nem pergunto a que bandeira fizeram o juramento!!!!).

Voltando à Europa e depois de constatarmos que os alemães afinal não morreram nos invernos de 2022 e 2023, são neste momento o país que mais contribui para o armamento da Ucrãnia.

Parece que os putinistas quando falam do arsenal nuclear russo, esquecem que a Europa tem 2 potências nucleares (França e Reino Unido) + 5 países com armas nucleares partilhadas (Alemanha, Holanda, Itália, Turquia e Bélgica) e ainda sobra Israel que parece está para acabar a limpeza pelas suas redondezas!!!!!!

Quando o Macron estabelece uma linha vermelha na Ucrãnia, certamente não está a pensar na NATO ou EUA (que poderão ter Trump a comandar os destinos), ele próprio que até afirmou em tempos que a NATO estava em morte cerebral!!!!!

Quando vemos os putinistas afirmarem que vão por-se a andar daqui para fora (talvez para um país onde a falta de educação não seja tão notada), eu penso logo num país que tanto adoram e que até deve ter uma economia de fazer inveja ao mundo ocidental! Ontem já era tarde!

Talvez aí, o país que lhes fez ver a luz (da sapiência por certo, e da bolsa), deixem de espumar tanto da boca quando defendem a "santa" rússia!
Admiro que ainda tenham família que os ature..... se calhar não!

Muito nos ensinam estes supostos estrategas militares que deveriam, julgo eu, ter a independência da pátria a cima de todas as outras, mesmo das que têem armas nucleares que tentem subjugar os vizinhos!  ::)
« Última modificação: Março 08, 2024, 11:11:21 pm por Viajante »
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6026 em: Março 10, 2024, 02:59:05 am »

E confirmação?

Assim vale tanto como as afirmações russas de que destruíram 3 Abrams, só havendo no entanto confirmação de um.

Até os EUA duvida desses números.

Citar
The majority of the shootdowns could not be independently verified, and a senior U.S. official expressed skepticism at that number. The official said the Ukrainians appear to be taking credit in some instances for planes they fire at but which are not confirmed to have been downed.

https://www.nytimes.com/2024/03/05/world/europe/ukraine-war-russia-planes.html


Confirmam-se os três Abrams.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Lampuka

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6027 em: Março 10, 2024, 10:41:04 am »
Essa "preocupação" em ter a certeza se eram mesmo Abram's ou não e se realmente foram destruidos tem paralelo com aquela recorrente hipotética situação da queda do avião no Paquistão com 200 passageiros, e em que 1 era americano, ou francês...
Até duvido, sinceramente, que tenham sido apenas estes 3, a não ser que estejam armazenados bem longe da linha da frente.
Qualquer meio que realmente venha a chegar à linha da frente, quer de um lado quer do outro, tem os dias contados. A não ser que a sorte e outras coisas o protejam, porque com a intensidade dos combates no terreno é aquilo que previsivelmente vai acontecer.
São alvos como outros com a particularidade de serem um "troféu" para quem os destrói.
Não "game changers" como nos querem muitas vezes fazer ver. Como não foram os Bradleys, os Leopard, os Challenger... nem os T90 ou os Terminator.
Isso era nas guerras a que estávamos habituados do todos contra um ou tudo contra nada. Aí os rácios eram tão positivos que realmente faziam parecer determinadas máquinas indestrutiveis.
Deste conflito vamos retirando algumas lições. 
Que meia dúzia de drones maritimos encostam uma força naval considerável.
Que pequenos drones suicidas valem mais do que armas anti-carro muito mais caras.
Que muitas vezes os blindados de transporte de pessoal são para abandonar e por isso é melhor muitos do que caros ou complexos.
Que os tanques seguem a mesma filosofia.  Os russos parece que desistiram do Armata precisamente por isso.
Defesas aéreas de última geração fazem a diferença, mas são inacessíveis à maioria dos países... e vulneráveis aos mais sofisticados drones de observação que depois direcionam os ataques que as destroem. E por aí fora.
Agora esperamos pelos F16 e no final do ano pelos SU57. Ou deveria dizer pela destruição dos primeiros?
João Pereira
 

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6028 em: Março 10, 2024, 11:21:19 am »
Citação de: Lampuka
O que digo é que ao invés de cobardemente os incentivarmos contra a Rússia quando sabíamos de antemão que sozinhos não teriam capacidade de resolver o assunto, cinicamente falhámos.
O apoiar a Ucrânia tem a ver com o olhar para o lado quando Putin ocupa a Crimeia com soldados que estão de férias e vão apoiar os pobres russos escravizados ?
Ou apoiaram a Ucrânia com o “olhar para o lado” de Obama quando os russos invadem o Don Bass disfarçados de patriotas ucranianos ?
O incentivo à Ucrânia tem alguma coisa a ver com os negócios sem fim feitos com os Russos e com companhias europeias com Angela Merkel, François Hollande e David Cameron alegremente a negociar com Putin ?

Carregar os russos nas palminhas das mãos, aceita-los em todo o lado, aceitar que comprassem mansões em Londres e darl-lhes títulos de Lord, fou realmente uma forma de incentivar a Ucrânia.

Citação de: Lampuka
Para enfrentar a Rússia, se era para isso, havia que assumi-lo desde o princípio no terreno.

O problema, é que ninguém queria enfrentar a Russia, muito pelo contrário. é exactamente por isso que os governos da Europa olharam para o lado, desde o tempo em que Putin praticou atos de genocídio na Chechenia (através da Máfia do clã Khadirov, depois de ter falhado a tentativa com a Máfia do clã Madaev), até Fevereiro de 2022, altura em que toda a Europa finalmente entendeu, que não adianta colocar paninhos quentes e ceder a ditadores criminosos, tanto europeus quanto americanos, andaram com Putin nas palminhas, apararam todos os golpes, fingiram que não viam, tudo para garantir que Putin não seguia num caminho que poderia levar a um confronto aberto.

Exactamente da mesma forma que a Europa ocidental não fez nada quando Hitler violou tratados e reocupou a Renânia, da mesma forma que olhou para o lado quando a Alemanha ocupou os Sudetas, da mesma forma que não fez nada quando a Alemanha tomou toda a Checoslováquia, ou quando exigiu a devolução da faixa de Klaipeda (Memel) à Lituânia .

Quando finalmente, foi declarada guerra, também lá estavam os Lapukas de 1939, a pintar as paredes de Paris com frases como “porquê morrer por Danzig”.
Da mesma forma que os Lampukas de 2024, também os de 1939, diziam que deveríamos ter feito qualquer coisa antes, mas cobardemente não fizemos nada.



Hitler e Putin agiram exactamente da mesma maneira. Ganharam força e entenderam muito, muito mal o comportamento das democracias. Tanto Hitler quanto Putin, ficaram admirados com a resposta do ocidente.

Ao nazista alemão, tinham-lhe garantido que a invasão da Polónia seria a mesma coisa que a da Checoslováquia. A França e o Reino Unido apresentavam fortes protestos e pronto, tudo seria como dantes.
O nazista russo fez a mesma coisa, acreditou nos relatórios que lhe diziam que os russos seriam recebidos como libertadores, que os países ocidentais apresentavam fortes protestos e até colocariam sanções, mas isso tudo ficava por aí.

Foram as palavras do bêbado profissional Medvedev:
«Vão ladrar muito, mas depois calam-se.»

Depois de finalmente perceberem o erro, Hitler e Putin passaram a fazer-se de vítimas.
Tanto um quanto o outro acusaram o ocidente de estar a atacar os seus respectivos países.
Tanto Hitler como Putin, passaram a ser os campeões da paz.


As democracias não vão para a guerra da mesma forma que as ditaduras.
Quem não entende as democracias, as suas vantagens e desvantagens, não percebe porque agem com o agem.

A culpa de uma guerra, é sempre de quem ataca.
Defender o contrário, é tão lógico como defender a teoria da terra plana.

No entanto, há muitos que nos asseguram que somos estupidos por acreditarmos na Fake News que diz que a terra é uma esfera ...
« Última modificação: Março 10, 2024, 11:31:49 am por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lusitano89

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6029 em: Março 10, 2024, 11:27:21 am »