A tese que eu aqui coloco, não é minha, decorre de ideias colocadas em cima da mesa por analistas do The Telegraph, que costumo ouvir com regularidade, no seu programa diário sobre a guerra na UCrânia.
Assim, os ataques dos ucranianos contra a industria petrolifera russa (atacando refinarias, que são as estruturas mais complicadas de reparar) afetam de fato a economia russa, mas há soluções para isso, uma das quais é a proteção destes pontos com sistemas anti-aéreos.
E é aqui que pode estar o objetivo escondido...
E há sempre um objetivo escondido.
Primeiro, os ucranianos começaram por atacar os radares russos por toda a Crimeia. Vários sistemas de radar foram colocados fora de ação.
Depois, como solução de recurso, os russos começaram a utilizar as suas aeronaves de vigilância aérea Beriev A-50, mais a norte, cobrindo a Crimeia mas correndo mais riscos.
A seguir, os Beriev começaram a operar mais a norte e os russos perderam alguns vítimas de truques ucranianos.
Pior que isso é a notícia por confirmar de que mais dois dos "aviões radar" russos que estavam em reparação também foram atingidos, transformando uma revisão de semanas, numa reparação de vários meses (se os russos tiverem tido sorte).
A Russia precisa de pelo menos quatro A-50, para manter uma poole de aviões permanentemente no ar, mas por causa de avarias, aviões abatidos e reparações longas, poderão não ter quatro aviões disponíveis para manter permanentemente no ar um radar de aviso aéreo antecipado.
A NATO também precisa de três ou quatro aeronaves para manter sempre um radar no ar, mas a NATO sozinha tem catorze "Sentry" operacionais e os Estados Unidos só por si, têm mais. Os franceses têm quatro e os ingleses três.
- Os radares da Crimeia fora de ação
- Os "radares aéreos", praticamente fora de ação.
- Radares e sistemas anti-aéreos retirados da frente
Isto porque agora, para proteger as refinarias, os russos vão precisar retirar sistemas de defesa aérea da frente, radares e lançadores de mísseis para os colocarem em posição de defender a sua economia.
Quando os F-16 começarem a operar na Ucrânia, a capacidade de defesa aérea russa, poderá estar bastante "amaciada".
Considerando que a defesa aérea sempre foi um ponto forte nas capacidades russas, amaciar essas capacidades pode ser o objetivo dos ucranianos neste momento.
Os F-16 MLU, serão superiores à esmagadora maioria dos aviões russos, mas não são uma solução milagrosa, especialmente por causa dos radares e dos mísseis ati-aéreos russos.