A situação nestes dias está complicada internamente.
Uma coisa é defender a continuidade da guerra à distancia, outra é ter filhos e maridos na linha da frente e perder a esperança.
Portanto sim, este tipo de acontecimento ajuda a levantar moral mas não resolve o problema de base que é a contestação interna a Zelinsky.
Penso que vai acabar por ser substituído por um perfil mais rígido e competente do ponto de vista militar.
Por mais que ele tente empenhar-se na operação, a formação dele de base é artista de variedades e comunicação.
Realmente a ignorâncioa é uma ben~ção e seria seguramente melhor não olhar para os livros para entender as lições da História...
As pessoas que não gostam de estudar, podem achar que o mundo começou hoje e que agora é tudo diferente, mas o resto, especialmente quem tem que tomar decisões, vai havidamente estudar o que se passouanteriormente, para ver onde os problemas são equivalentes, e o que é que foi feito no passado que resultou e o que é que não resultou.
A ideia da contestação ao Zelensky não deixa de ser engraçada, porquanto se trata de um lider eleito, num país em que há segunda volta, e em que praticamente todos os presidentes precisam de uma segunda volta para serem eleitos.
Já na Russia, as eleições são um espetáculo de Travesti russo ...
Ao longo de todos os conflitos em que os países estiveram envolvidos, houve sempre contestação, sempre em todos os casos e sem excepções.
Os generais alemães ainda em 1941, enviavam relatórios a dizer que nas latrinas, os soldados escreviam que queriam ir para casa e que era o Hitler que deveria lutar e não eles.
A contestação a Churchill era enorme e os discursos que hoje lemos nos livros e ouvimos nos documentário, praticamente não foram escutados por ninguém.
Estaline, estava tão certo de que a maioria dos militares estava contra ele, que passava as noites sem dormir (Estaline praticamente não dormia) a colocar cruzes, em resmas de folhas de papel com dezenas de nomes cada uma, indicando que "era para matar".
A contestação interna, é a coisa mais certa e mais segura que existe. Resta saber se tem ou não consequências. Na Russia, prendem-se as pessoas ou fazem-se desaparecer, mas a Russia, aparentemente, não tem problemas absolutamente nenhums e está a ganhar a guerra ...
Navegação de cabotagem
Os russos utilizam os rios e a navegação ao longo da costa praticamente desde que inventaram o andar para a frente.
Para os russos não é uma tática da II guerra mundial, e mesmo que fosse, para eles, estão a lutar a II guerra mundial, e pouco importa se as armas mudaram ou não.
Os russos continuam a utilizar as mesmas táticas utilizadas contra os alemães, durante a I guerra (sim, no tempo dos Czares) e as novas tecnologias para eles não contam para nada.
Só contam, quando se concluir que as novas tecnologias os mataram...
Só então os sobreviventes vão pensar duas vezes...
Mas como os russos são como alguns aqui neste fórum, vão voltar a fazer a mesma coisa seguramente.
O que é importante, é que com ou sem tecnologias diferentes, os russos consideram o transporte marítimo como mais eficaz, porque é como uma via férrea, que nunca está no mesmo lugar. Logo, é normal que os ucranianos tentem afetar essa capacidade.
Nem sempre é certo, se um alvo está ou não degradado ao ponto de ser pouco útil atingi-lo.
Os ucranianos poderiam apenas - e para dar um exemplo - pretender tornar mais uma doca inoperacional.
Sem capacidade para mais ofensivas, os ucranianos vão focar a sua atenção na capacidade de voltar a interomper o trafego na ponte de Kerch. E nessa altura, os navios vão voltar a ser mais importantes. Os russos utilizavam ferrie-boats antes de existir a ponte, os navios de desembarque são apenas isso. Navios de transporte que podem ser utilizados em qualquer altura.