.... francamente, não está cá a fazer nada. E você que me desculpe, mas se é militar o melhor é tentar outra atividade.
É curioso que na sociedade da informação e do conhecimento se criem bolhas. O conhecimento dilui-se nas bolhas de cada um. A exclusão não é solução e não é democrática.
As bolhas criam-se por uma número grande de razões, muitas deles com um ciclo de realimentação positiva:
1) os motores de busca mostram o que gosta e, por sua vez, oferecem mais do que se gosta.
2) as redes sociais vendem publicidade, que precisa de engajamento. Infelizmente, afirmações polémicas, extremistas e confusas geram mais engajamento. Logo essas publicações são as mais publicitadas.
etc, etc...
Agora, estes mecanismos criaram um ambiente polarizado e gente a acreditar em coisas do arco-da-velha, que pode ser explorado por atores mal-intencionados. O escândalo da Cambridge Analytica foi há 5 anos. A evolução tecnológica não parou, pelo contrário. Eu espero, sinceramente, que as autoridades portuguesas estejam cientes disto.
Volto a dizer: a russia faz e continua a fazer campanhas sofisticadas de propaganda que não são sequer compreendidas pelos europeus, pelo que consigo ler nas entrelinhas. Esta é a verdadeira guerra híbrida que não vem nos manuais.
Quanto à sua última frase, realmente o outsourcing resolvia esses problemas e também responde à pergunta que fez (e as ideias que por aí vão):
Oiça lá, se o Luís não acredita no que faz, quer o quê? Explique-me o que faria a alguém que está a contragosto numa instituição e que não faz mais nada do que dizer (fazer) mal?
Então a defesa está nas mãos dos privados no Ocidente e no Oriente?
Se isso acontecer, deixa de ter Forças Armadas e depois admire-se dos Wagners e afins.
Neste ponto estamos geralmente de acordo, parece-me.