discordo quando diz que não há vantagem para o lado ucraniano negociar agora. pelo contrário. quando mais demorado for o começo das negociações, mais desvantajosa vai ser a posição do ocidente/ucrânia. ..... quem tudo quer, tudo perde.
Isto é geral.
Comentadores russos e toda a máquina de propaganda do kremlin na internet estão em força a falar de negociações, negociações, negociações...
Só mostra que as coisas do ponto de vista militar estão a correr-lhes muito mal.
O chefe de gabinete civil do Stoltenberg, já veio a público pedir desculpas, estava num debate numa cidadezinha da Noruega, o seu país natal e não tinha ideia de que as suas palavras poderiam ser escutadas.
https://www.theguardian.com/world/2023/aug/16/nato-official-suggests-ukraine-could-give-up-territory-in-exchange-for-membershipA questão foi aflorada, como todas estas questões são afloradas quando há debates mais ou menos privados.
Até o Putin começar a ameaçar anexar mais quatro provincias da Ucrânia, o Zelensky não tinha convocado uma comissão para discutir o futuro da Crimeia. Mas o Putin, que de jogador de xadrez não tem nada, decidiu continuar no Poker e avançar declarando a anexação de territórios, parte dos quais acabaria por perder.
A economia russa não está bem, demonstração disso foi a divulgação de estatísticas que mostram a economia russa como a maior da Europa, utilizando a reversão do indice de rendimento segundo o sistema de paridade do poder de compra.
Segundo esse sistema, criamos automaticamente em Portugal, um total de 150.000 cento e cinquenta mil milhões de Euros, só utilizando o truque estatístico
Mas a realidade é complicada, muito complicada.
Neste momento os ucranianos continua a fazer o que sabem.
Alguém se lembra de eu falar no final do ano passado em combates de exploração ?
Agora estamos a ver a mesma versão disso, só que com campos minados, que não existiam na região de Kherson no ano passado.
Na altura, se bem me lembro, os russos tinham colocado tanques T-62, em fortíssimas posições defensivas que os ucranianos coitados não eram capazes de ultrapassar. Milhares de ucranianos morreram para nada na altura, porque como sabemos, Kherson estava completamente fora de alcance ...
Ao contrário do que os putinos afirmam, os ucranianos estão preocupados com o setor norte, na região de Kupiansk.
O problema é que há semanas que ouvimos falar nessa ofensiva, mas segundo o deepstate, em um mês, a frente praticamente não se moveu.
O problema para os ucranianos é que foram obrigados a enviar alguns reforços para a área e reforços noutro lugar é sempre uma má notícia porque a ideia é dispor de formações suficientemente fortes para utilizar caso seja possível penetrar as linhas de defesa russas.
Por enquanto, os ucranianos ainda possuem reservas em que não tocaram e ainda contam com as unidades que estarão a receber tanques Abrams, e mais viaturas Bradley que foram enviadas de reforço.
Mas se isso será suficiente, ou se serão obrigados a utilizar essas reservas noutros locais, não se sabe, como é óbvio.
A guerra não vai acabar este ano, e isso é algo que na Europa já se entendeu. Os europeus estão psicologicamente mais preparados para guerras longas que os americanos, esses sim podem ser um problema. Os americanos estão a multiplicar por três a sua capacidade para produzir munição de 155mm, mas na Europa ainda não há dados claros sobre o que se pode fazer.
A Rheinmetal alemã já divulgou os seus números, que podem até ser impressionantes, mas que não chegam.
Neste momento os países mais ativos, são a Polónia, Letónia e Lituânia, e com a recente adição de dois países que estão a mostrar-se muito mais belicosos que o que era de esperar. A Suécia e a Finlandia, a que se podem adicionar a Dinamarca e a Noruega.
Seria interessante ver a população combinada destes países, e a sua capacidade económica, e compara-la à Russia ...