O que acho é, também seria importante a Ucrânia manter a existência deste exército forte, até agora os russos é que tem andado na ofensiva e a sofrer as piores baixas, os ucranianos deviam evitar embates que levem a grande atrição (a Ucrânia não tem a população da Rússia e temo que se existirem baixas horrendas, isso possa fazer fraquejar o apoio de alguns paises ocidentais,
É uma situação complicada, quando um país com uma base populacional muito mais pequena, pretende recuperar territórios a um muito mais poderoso e com uma população superior.
Com efeito, há enormes referencias ao facto de que o exército da outrora poderosa Russia, em vez de preparar a grande ofensiva que não aconteceu, deu a iniciativa a um grupo alugado de terroristas chamado "Wagner"...
O resto dos russos está atrás de defesas que andou a construir, ainda que os mesmos relatos que falam nas defesas também referem a péssima qualidade das defesas russas.
O problema de um exército que se agarra ao chão e pretende defender tudo, é que é complicado saber onde o inimigo vai de facto atacar.
É verdade que hoje em dia, os drones e a vigilância por satélite permitem localizar as forças inimigas e identifica-las melhor, mas a tecnologia que permite dissimular é igualmente muito superior.
Os tanques falsos que estão a ser enviados para a Ucrânia são um exemplo.
O que se faz quando se espera um ataque, é tentar guarnecer toda a linha e depois ter uma reserva móvel na retaguarda. O problema é que as reservas móveis devem ser forças melhor armadas e com mais mobilidade.
Sabe-se que os russos viram as suas forças especiais destroçadas e dizimadas no inicio da guerra a um nível que na altura ninguém considerou ser possível.
Além disso, a posição das forças russas num arco que tenta envolver a Ucrânia, faz com que o arco defensivo exterior (a área onde estariam as reservas) seja igualmente muito maior.
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Na prática, os Ucrânianos podem mudar o seu objetivo e alterar a posição das tropas com alguma facilidade, quando os russos terão sempre que andar muito mais.
Para isto os ucranianos pretendiam aviões que pudessem permitir atacar forças russas que se movessem.
Não havendo aviões, o que se fala agora é em finalmente disponibilizar os ATACMS que permitiriam reduzir a capacidade russa para reposicionar forças.
O problema principal - do meu ponto de vista - é que os ucranianos são em muitos aspectos parecidos com os russos, condicionados pela necessidade de defender a honra.
Kursk, não será o melhor exemplo, porquando as várias linhas de defesa podiam ser perfuradas pelos alemães.
Kursk é dos poucos casos em que os generais alemães pediram a Hitler para continuar o ataque porque achavam que a batalha podia ser ganha.
Hitler no entanto, perante o desembarque americano na Sicilia, entendeu que precisava de forças para deter os americanos.
Os reforços que poderiam ter ido para Kursk, foram enviados para outro lado.
Os alemães atacaram em Kursk com pouco mais de um terço das forças russas que defendiam (em teoria deveriam ter nove vezes mais, para garantir a vitória (o tradicional racio de três atacantes para um defensor, foi completament invertido pelos alemãs, com um atacante para cada três defensores).
Mesmo assim, considerando a quantidade de forças que tinham, a vitória esteve ao alcance, porque a superioridade do material alemão era grande, e a qualidade técnica dos generais russos era a mesma de sempre.
A finalizo aqui, lembrando que a teorica superioridade do material que os ucranianos possuem ainda está por provar.
A maioria dos Leopard enviados para a Ucrânia são Leopard-2A4. Apenas os tanques da Alemanha, Portugal, Suécia e alguns da Polónia estão equipados com sistemas que podem fazer a diferença - se forem utilizados convenientemente.
Os tanques fos britânicos são igualmente capazes, ainda que provavelmente mais lentos. Os Abrams serão provavelmente equivalentes aos Leopard-2A6, mas sinda não chegaram.
E para lá disso, é preciso que esses carros consigam "falar" uns com os outros para que a sua capacidade e superioridade possa ser efetiva.
Se os Ucranianos o vão conseguir fazer, não sabemos.
No entanto, a energia do desespero, costuma ser das mais eficientes nestes casos.