Relativamente à autorização para utilizar mísseis em território russo, lembro o que todos os analistas afirmam. Quando a autorização é dada, é porque os mísseis já chegaram há muito tempo.
Aliás, já chegaram há muito tempo e isso não é novidade nenhuma. O que aqui é mais problematico é a autorização para se utilizarem os mísseis de cruzeiro da família Storm-Shadow/Scalp/Taurus que possuem um alcance bastante superior ao dos ATACMS americanos.
E evidentemente, a possibilidade de serem utilizados em território da Russia, o que vai permitir atacar fábricas e entroncamentos ferroviários a mais de 200km da frente.
Mas pior que isto (e isso é referido no último video na página anterior), é que o Biden tem pressionado a Ucrânia (jogando com o apoio americano) para de forma alguma atacar os portos russos no Mar Negro. Por ali sai 40% do total das exportações de combustivel russo e mais de 60% dos combustiveis refinados exportados pela Russia.
Se o sucessor de Biden, deixar de jogar da mesma forma, o que impede os ucranianos de atacarem os portos russos ?
Aliás, os ucranianos nem precisam de atacar os portos, nem sequer os navios carregados de petroleo, basta afundarem dois ou três quando se aproximarem da costa russa. As seguradoras fazem o resto.
Os ucranianos já mostraram o que podem fazer contra os navios de guerra russos... O que farão contra cargueiros russos ?.
A título de curiosidade, outros 40% dos produtos energéticos russos são exportados pelo mar Báltico,
A concretização das ameaças russas contra os países da NATO, permitiria mais navios russos continuar a utilizar o Báltico ?
A parada continua a aumentar.
O apoio americano tem sido absolutamente importante, mas esquecemos que a maior parte dos tanques, grande numero de carros de combate etc. são europeus.
Os americanos às vezes somam todo o material americano como se fosse ajuda americana.
Em todo o lado se fala no fornecimento de US-made F-16 fighters...
Mas na realidade, quantos caças ex-USAF foram fornecidos aos ucranianos ?
Pelo que sei, se foram fornecidos, foram unidades estáticas, sem capacidade para voar para servirem para alvos e peças.
Onde a ajuda americana realmente se nota, é no fornecimento de mísseis anti-aéreos e no fornecimento de munição de 155mm que a Europa quase abandonou.
De resto, os ucranianos combatem em grande medida com meios fornecidos pelos europeus. Não esquecer que até os M113 que Portugal enviou para a Ucrânia foram afinal fabricados nos EUA.