Meu Deus... Que grande confusão vai na cabeça dos Putinos ...
O aumento da inflação europeia, que neste momento se encontra controlada por meio dos vários aumentos das taxas de juro, começou a notar-se pelo menos a partir de 2019 e foi muito agravada com a crise do COVID, principalmente com as medidas europeias para evitar problemas de maior.
Com a passagem da crise do COVID houve um aumento na procura global, o qual inevitavelmente levou os preços para cima e ao mesmo tempo sentiram-se os efeitos do alargar dos cordões durante 2020 - 2021.
A guerra na Ucrânia vem de seguida e teve um efeito cumulativo, isso é claro, mas não a principal razão do aumento. Foi um efeito que se acrescentou ao que já existia.
Os principais efeitos foram ao nível da Europa central e de leste, que se colocou literalmente nas mãos dos russos, com o trágico passo em frente alucinado da senhora Merkel para o percipicio. Foi o resultado da mudança de fornecedores e na necessidade de encontrar num periodo de tempo record, fontes alternativas.
Neste momento, o fator Russia desapareceu praticamente da equação. O petróleo ainda pode vir da Russia de uma forma ou de outra, mas é residual e o gás continua a vir mas em números muito menores e com tendência para o zero.
A ditadura fascista russa sabe disto e por isso tenta fazer os possíveis para incentivar as atividades terroristas em países africanos, de molde a criar instabilidade. É o caso da África sub-sahariana.
Mais problemas no médio oriente também ajudam, com o principal aliado da Russia o Irão a criar as condições para um problema profundo no mercado do petroleo, que resultaria de um qualquer ataque contra instalações petroliferas iranianas, ou pior, com um conflito entre xiitas e sunitas.
O problema energético não é só do petróleo, é também o da produção de energia eletrica.
O problema aumenta com países europeus como a Alemanha que de um momento para o outro decidem cancelar toda a construção de centrais nucleares e parar as centrais a carvão.
Não deixa no entanto de ser engraçado olhar para a realidade europeia e ver os putinos a dizer que somos uns coitadinhos, mas o olhar para o lado e a assobiar perante a situação de pré-catástrofe em que se encontra a economia de guerra da Russia.
A Ucrânia, com o apoio do dinheiro ocidental, especialmente europeu, ainda é capaz de se levantar do buraco criado pelos russos, mas os loscovitas, não vão ter ninguém para os apoiar sem terem que pagar o pior dos preços, a alienação dos territórios roubados aos chineses pelo império russo.
A China, não esquece estas coisas.
Em termos gerais, a Ucrânia faz falta à Europa.
Faz falta por causa da sua capacidade industrial - que em grande medida continua a existir.
Faz falta por causa da sua enorme capacidade agricola.
E faz falta como zona tampão, para afastar o império russo do centro da Europa.
Por tudo isto, hoje mais do que nunca, a derrota da Ucrânia será a derrota da Europa.
Neste momento há muita indecisão por causa da América, mas há alguns sinais interessantes...
O partido que era da Sra. Merkel, a CDU, já avisou que apoiará a Ucrânia fortemente, muito mais que o atual governo alemão do SPD.
E a extrema-direita alemã (ex-comunista e pro-Putin) só tem força nos territórios da antiga Alemanha comunista.