Outra coisa, a quantidade de malta sem cabeça em veículos com torre desprotegida tripulada devia de ser um (mais um) aviso para nós. Essas lições já vêm do conflito Iraquiano e parece que em Portugal ninguém quer saber.
A malta sem cabeça, é apenas resultado do troll do costume querer ferir susceptibilidades.
Deve ser considerada como isso e nada mais.
Não há aqui lições nenhumas a tirar.
Primeiro:
Uma viatura blindada não pode ter muitas portas, pelo simples facto de que isso reduz a sua rigidez e torna-a menos resistente,
Segundo:
A última coisa que você quer fazer numa situação de combate em que o inimigo está próximo é sair pela parte superior e tornar-se um alvo. Viaturas de maiores dimensões provavelmente poderão ter acessos superiores, que podem ser utilizados se a viatura capotar, mas em todos os casos reduzem a blindagem.
O mais adequado é sempre sair pela porta traseira e a viatura se possível deve ser colocada de frente para o possível inimigo.
Terceiro:
O corpo humano é feito como é e não há nada que se possa fazer sobre isso.
Quando nos sentamos num carro que não seja da década de 1960, vamos ter um apoio para a cabeça.
Ele não está lá para tornar a viagem confortável, está lá para evitar uma das mortes mais comuns nos embates frontais, que era o chamado golpe de coelho, que começou a acontecer quando os cintos de segurança passaram a ser obrigatórios.
No embate frontal, o condutor ou passageiro eram projetados para a frente, eram seguros pelo cinto, mas o corpo voltava violentamente para trás. Como não havia apoio de cabeça, as pessoas morriam com o pescoço partido.
A ligação entre o pescoço e o tronco, é fragil. Não tanto como braços e pernas, mas naturalmente quando a separação ocorre ao nivel do pescoço é fatal, o que pode não acontecer com os membros.
Para complicar a situação, nos últimos anos os militares utilizam coletes e peitorais mais baratos extraordinariamente rigidos. O resultado aqui, é que numa projeção violenta, em algumas circunstâncias, o próprio colete pode facilitar a separação entre o tronco e a cabeça.
O problema não são os MRAP, o problema, é que o criador nos fez à sua imagem e Deus, não estava a pensar nas guerras ...
Se estivesse, eramos todos como os caranguejos, e tinhamos exoesqueletos
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