A verdadeira questão é se, para umas FA pequenas como as nossas, faz sentido ter dois tipos de sistemas AP de 155mm, sabendo que as brigadas que é suposto apoiarem respectivamente, são pequenas, mal equipadas e incapazes de operar de forma verdadeiramente independente.
-Sabendo que a probabilidade de se ter um destacamento de M-109 é mais baixa do que um destacamento dos hipotéticos sistemas AP de rodas (Caesar, Archer ou ATMOS).
-Sabendo que mais depressa se usa a BrigInt do que a BrigMec numa operação militar ou de manutenção de paz.
-Sabendo que a BrigMec está bastante desfalcada, com falta de quantidade e qualidade a todos os níveis, portanto sistemas AP de lagartas serão forçosamente subaproveitados.
-Sabendo que modernizar toda a BrigMec, custaria bem perto de uns 1000 milhões ou mais.
-Sabendo que a nossa BrigMec nunca terá números suficientes de meios e pessoal para conseguir ser verdadeiramente independente, sendo portanto necessário recorrer às restantes unidades e brigadas para a apoiarem.
Com base nisto, faz sentido ter um sistema de lagartas? Não faz mais sentido ter um sistema de rodas (em maior número) que, em operações de armas combinadas, sirva para apoiar ambas as brigadas? Não faz mais sentido então, em vez de ter que se investir em dois modelos de 155mm AP, ter-se apenas um modelo, e depois investir num MLRS (HIMARS ou PULS)?
Eu acho que, dado ser irrealista termos uma BrigMec verdadeiramente bem equipada ao ponto de ser independente, mais valia fazer como os dinamarqueses, e comprar ATMOS e PULS (se possível no mesmo chassis), e ganhamos muito mais capacidade.
Já o M-777, faz sentido ou como complemento do sistema AP de rodas na BrigInt, ou como complemento/substituto das LG da BRR.