Abro este tópico para para juntar informação sobre um tema que durante anos me itrigou.
Como era possível os castelos sendo tão antigos, estarem tão bem conservados conservados?
Pois estão mas não estavam. E vi isso numa placa que lembra quem trabalhou para que assim fosse.
Não um qualquer efémero ministro ou engenheiro que lá foi só para a inauguração, mas dos Portugueses de 1940.
’Restauração’ foi o termo escolhido para caracterizar os primeiros anos de acção do novo poder político.
Restauração que se devia estender a todos os sectores da vida nacional.
O restauro dos monumentos, além de ser uma actividade visível quase instantaneamente, permitia servir uma nova leitura da História pátria assente nos seus momentos de triunfo, verdadeira lição do valor e da raça lusa, sinais de garantia e confiança no Estado Novo, timoneiro seguro e legítimo da Nação”.
- Maria João Baptista Neto, ‘O Restauro dos Monumentos Nacionais (1929-1960)’
https://www.revistapunkto.com/2011/09/a2-dgemn-1929-1960-destruicao-como.htmlA antiga Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais foi uma das mais antigas instituições da administração central, integrada na orgânica do Ministério das Obras Públicas (MOP).
Fundada em 1929 e extinta em 2007 foi, durante décadas, a principal instituição responsável pela conservação do património construído em Portugal.
Porém, caso raro de longevidade política, ao longo de quase 80 anos, teve apenas quatro directores-gerais:
Henrique Gomes da Silva (1929-1960),
José Pena Pereira da Silva (1961-1976),
João Miguel Caldeira de Castro Freire (1977-1989)
Vasco Martins Costa (1989-2007)
https://www.publico.pt/2020/04/18/culturaipsilon/opiniao/vasco-martins-costa-dgemn-1912861No inicio do séc. XX o estado de conservação da maior parte das igrejas e castelos nacionais estavam em pré-ruína


Igreja de São Martinho de MourosÍndice de boletins que descrevem os trabalhos efetuados em cada monumento de 1935 a 1966 e o mais detalhado, o da Igreja de Leça do Balio.
http://dgemn-digital.wikidot.com/indice-dos-boletinshttp://dgemn-digital.wikidot.com/boletim-n-1-igreja-de-leca-do-bailio-setembro-de-1935#toc0
Onde se pode ler que os monumentos estavam irreconhecíveis devido aos atentados cometidos nos séculos 17 e 18.
https://www.revistapunkto.com/2011/09/a2-dgemn-1929-1960-destruicao-como.html
Mesmo o castelo de Guimarães que vemos hoje é o resultado de uma grande intervenção do DGEMN do governo de Salazar.
A maioria do castelo colapsou ao longo dos séculos e as pedras foram usadas para construção civil.
Houve até quem quisesse demolir o castelo e usar as pedras para fazer calçada.
Se não fosse o trabalho desenvolvido pelo DGEMN durante o Estado Novo, os monumentos que hoje são visitados e são memória da nossa História não eram mais que ruínas ou montes de pedras.
Algo que o marxismo cultural tenta censurar nesta Albânia 2.0