Thin ice...e falamos da Alemanha
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Infelizmente, a reboque de interesses imediatos e para não tocar nos bolsos de uns quantos, nós aqui na Europa não tomamos um caminho duro, mas rápido, de passar isto, usando como pretexto "salvaguardar a economia". Agora a tal de "economia" vai arrastar-se penosamente sabe-se lá por quanto tempo e, numa situação de constante incerteza e com tudo a funcionar a menos de meio gás. Cada dia que se perdeu sem uma paralisação total, vai representar semanas e semanas de recuperação.
Num País como o nosso, que depois da intervenção da "troika" ficou basicamente ligado a uma coisa extremamente volátil que é o turismo (creio que já era qualquer coisa a rondar os 14 ou 15% do PIB), com uma industria que, apesar de tudo o que exporta, assenta em coisas de baixo valor acrescentado ou limita-se a montar componentes, apoiada em salário de miséria (basta ver a quantidade de malta que está a SMN), com quadros qualificados a fugir constantemente, tem tudo menos condições para aguentar uma instabilidade económica destas de longo prazo.
Vejo também com preocupação mas sem surpresa pois já era de calcular, o EUA a começarem a apontar um culpado. Andam a mandar para o ar, fontes anonimas e tal, a ver se cola e se a Europa vai atrás. Disto vejo 3 cenários possíveis.
- No cenário mais benigno, continuam, de forma não oficial a mandar a "estória" para o ar, ninguém pega ou finge que não ouve, talvez tirando o RU, acabam isolados e a coisa desaparece por si.
- No cenário em que a "estória" passa a ser oficial e a Europa vai atrás, abre caminho a exigências americanas de compensação por parte da China, coisa que os chineses irão negar em absoluto e teremos uma nova "guerra fria" com China e Rússia como núcleo de um lado e EUA e UE do outro. Para mim é o pior cenário para a UE.
- A "estória" passa a ser oficial, a UE desmarca-se claramente e mantem as suas relações comerciais com a China e a Rússia e poderemos afirmar que o PNAC durou mais ou menos o mesmo que o "Reich dos 1000 anos"