Economia nacional

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Re: Economia nacional
« Responder #720 em: Junho 16, 2023, 12:53:53 pm »
Aumentos da taxa de juro pelo BCE vão custar mais 500 milhões de euros anuais às famílias portuguesas
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/aumentos-da-taxa-de-juro-pelo-bce-vao-custar-mais-500-milhoes-de-euros-anuais-as-familias-portuguesas/
Citar
A decisão do Banco Central Europeu (BCE) em subir as taxas de juro diretoras em 25 pontos base vai custar às famílias portuguesas mais 500 milhões de euros anuais nos contratos de empréstimo à habitação, indicou esta sexta-feira o ‘Correio da Manhã’ – um número que leva em linha de conta os 100 mil milhões de euros em dívida e o aumento de 0,5 pontos refletidos na taxa Euribor.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #721 em: Junho 16, 2023, 02:03:36 pm »
Saint-Gobain inaugura fábrica na Maia que teve 18 milhões de investimento

O grupo Saint-Gobain tem mais de 168.000 colaboradores em 75 países.



O grupo Saint-Gobain inaugurou uma fábrica de abrasivos no concelho da Maia, no Porto, que implicou um investimento de 18 milhões de euros e gerou 20 postos de trabalho.

"O grupo Saint-Gobain em Portugal inaugurou, na quarta-feira, a nova fábrica de abrasivos no concelho da Maia. Esta é a primeira unidade fabril da empresa no país dedicada à produção de abrasivos técnicos não tecido para o mercado EMEA [Europa, Médio Oriente e África], até agora abastecido por outra unidade [...] localizada no México", anunciou, em comunicado.

A empresa investiu 18 milhões de euros na nova unidade, que criou 20 postos de trabalho, número que pode aumentar até ao final do ano.

"A unidade de conversão para este tipo de produtos ('non woven') já existia no concelho. Em comparação com outras fábricas do grupo e fora do grupo, que estiveram na equação, esta foi a que apresentou melhores resultados estratégicos para abastecimento à Europa, assim como um grande conhecimento e comprometimento por parte da equipa local", justificou o 'managing director' da Saint-Gobain Abrasivos em Portugal, Espanha e Marrocos, Pedro Busto, citado na mesma nota.

De acordo com este responsável, o novo espaço é também mais eficiente no que diz respeito às emissões de dióxido de carbono (CO2) por unidade de produção, com uma redução de cerca de 50% em comparação com unidades semelhantes.

Por outro lado, terá uma central de produção de energia, com recursos a painéis fotovoltaicos, que garantirá um autoconsumo entre 20% e 30% da capacidade instalada.

O grupo Saint-Gobain tem mais de 168.000 colaboradores em 75 países.

Em Portugal, conta com mais de 600 colaboradores, 13 empresas, 10 fábricas e um centro de investigação e desenvolvimento em Aveiro.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/saint-gobain-inaugura-fabrica-na-maia-que-teve-18-milhoes-de-investimento?ref=DET_Engageya_JNegocios
 
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Re: Economia nacional
« Responder #722 em: Junho 19, 2023, 03:25:25 pm »
Portugueses temem não conseguir pagar a casa


 

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Re: Economia nacional
« Responder #723 em: Junho 20, 2023, 06:33:42 pm »
Lisboa é a melhor cidade portuguesa para startups e Portugal ultrapassa Brasil na lusofonia

A partir da base de dados desenvolvida pela Startup Blink, a Hellosafe (plataforma que permite comparar produtos financeiros) avaliou a posição das cidades portuguesas no ecossistema internacional de startups e também o posicionamento do país.

A conclusão é que, em Portugal, Lisboa tem a melhor posição entre as cidades portuguesas e Portugal é o 26.º melhor país do mundo para startups.

O ranking é baseado em três critérios: número de startups, qualidade dos projetos e ambiente de negócios.

Em relação à classificação de 2022, não houve alteração entre as três melhores cidades de Portugal. Lisboa continua como a melhor para o desenvolvimento de startups, subindo em termos globais do 83.º lugar para a 62.ª posição. A segunda cidade classificada é o Porto, no 147.º lugar global. Em 3.º lugar, está Braga, que ocupa a 424.ª posição global.

O Porto desceu 11 lugares em comparação com 2022, e Braga ganhou 8 posições.

Coimbra foi a cidade portuguesa que apresentou maior queda, perdendo 116 posições e atualmente na 557.ª posição.

Ao invés, Leiria foi a cidade com a melhor evolução. Em 2021, nem sequer constava na lista, em 2022, surgiu na 965.ª colocação e em 2023, salta 326 posições, passando para a ser 639.ª melhor cidade para startups do mundo.

Aveiro, que no ano passado tinha a 5.ª colocação entre as cidades de Portugal, passou para 6.º lugar e, no ranking mundial, perdeu 72 posições, passando a 739.ª posição.

Na Madeira, o Funchal, que esteve presente na lista por dois anos seguidos, em 2023, não aparece classificada entre as mil melhores.



A lista das melhores cidades para o desenvolvimento de startups na Europa é liderada por Londres (1.º), Paris (2.º) e Berlim (3.º).

Portugal ultrapassa o Brasil no ranking global
Portugal (26.º), Brasil (27.º), Cabo Verde (78.º) e Angola (96.º) são os quatro países lusófonos que integram a lista dos 100 melhores para startups no mundo.

Até ao ano passado, o Brasil ocupava a melhor posição entre os países de língua portuguesa, mas em 2023, Portugal, juntamente com o Japão, foram os únicos países do top 30 a ganhar duas posições, passando, no caso de Portugal, do 28.º para o 26.º lugar.

Na Europa, Portugal está em 16.ª posição numa lista liderada pelo Reino Unido, Suécia e Alemanha.



O relatório e a metodologia utilizada pela HelloSafe podem ser consultados aqui:

https://hellosafe.pt/blogue/startups-portugal
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Economia nacional
« Responder #724 em: Junho 29, 2023, 10:08:54 am »
Há ainda 3 mil milhões do PT2020 por executar

Portugal tem até ao final do ano para aplicar a totalidade das verbas do PT2020, mas 11% do dinheiro ainda não foi absorvido. Prazo para executar é curto. Programas regionais são os mais atrasados.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/fundos-comunitarios/detalhe/ha-ainda-3-mil-milhoes-do-pt2020-por-executar

https://portugal2020.pt/portugal-2020-com-quase-90-de-execucao/

Este governo nem a gastar dinheiro quase dado é bom!!!!!
O Portugal2020 supostamente terminou em 2020 e está em fase-out até ao fim de 2023. Todo o dinheiro que não for gasto é "devolvido" à UE (na realidade não é tecnicamente devolvido, ele nunca chega a vir).

Estamos quase a meio do Portugal2030, que termina em 2027 e fase-out até 2030 e a somar a estes 2 programas ainda temos o famoso PRR!
O que salta à vista é a incapacidade do Governo gastar o dinheiro quase dado, o que nos pode levar a concluír que:
- Ou o país tem todos os seus problemas resolvidos e não necessita mais de subsídios, nadamos em dinheiro  :mrgreen:
- Ou o Estado não não dinheiro para as co-participações (os fundos comunitários nunca são dados a 100%, o Estado Português, ou os beneficiários, têem sempre de pagar uma percentagem do investimento. Por exemplo a maioria dos investimentos públicos, a UE financia a 85 a 92,5%, o Estado Português tem de investir com o restante. O PRR é diferente porque é dado a 100% excepto o IVA);
- Ou resta mesmo a incompetência do governo em gerir tanto dinheiro dado ou quase dado!!!!!!

Muito sinceramente estou completamente inclinado para a última opção! Sei que o Estado não tem problemas de liquidez, mas tem muito cuidado com o aumento da dívida do Estado.
Por esse motivo e as principais críticas que fizeram com toda a razão a este governo de esquerda, que deveriam dar mais subsídios a entidades privadas, porque aí a co-participação é de quem recebe o dinheiro, o Estado português não tem de gastar nenhum cêntimo!!!!!

Mas pelos vistos não, o Estado socialista prefere não investir o dinheiro em Portugal só para não o dar a entidades privadas!!!!!! Palermas!!!!!!
Todos os investimentos que possam ser feitos em empresas que estão cá em território nacional só nos beneficiam! Não percebo tamanha falta de visão!!!!!!
 

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Re: Economia nacional
« Responder #725 em: Julho 04, 2023, 05:20:06 pm »
Alojamento local e crise na habitação: O caso do Porto


 

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Re: Economia nacional
« Responder #726 em: Julho 05, 2023, 12:44:37 pm »
Governo volta a reduzir apoio aos combustíveis


 

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Re: Economia nacional
« Responder #727 em: Julho 05, 2023, 02:07:51 pm »
Pobreza aumenta 20% em Portugal
https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/pobreza-aumenta-20-em-portugal?ref=HP_CMaoMinuto
Citar
Há um aumento de cerca de 20% de novas situações de pobreza em Portugal. Os dados foram apontados por Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, na sua passagem por Bragança, onde referiu que "há novas pessoas a pedir ajuda, com as questões relacionadas com a habitação a liderar a lista de pedidos."

A Cáritas é uma das instituições mais importantes no combate à pobreza mas a guerra, a inflação e ainda a pandemia, também não têm facilitado a vida a estas causas. "Está tudo mais caro e, por isso, quando vamos comprar para ajudar, também nós sentimos esta problemática", sublinhou, enquanto realça que "ainda há pessoas que apesar do mau momento que vivemos, conseguem ajudar os outros."

Este é um dos piores momentos de sempre e há zonas onde este aumento da pobreza é ainda mais relevante. "Em Beja, tem-se vivido uma situação de total rutura porque é uma das cidades que agora já tem sem-abrigos". Mais um exemplo vivo de que "há uma grande percentagem de pessoas que têm trabalho e não conseguem sair do limiar da pobreza", refere.

A saúde também deixou de ser priorizada por haver quem considere que "há outros problemas prioritários". A Cáritas Portuguesa era uma das instituições que mais auxiliava no pedido de medicamentos, chegando até a ter protocolos com farmácias.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #728 em: Julho 06, 2023, 06:35:29 pm »
Como resolver a crise da habitação?


 

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Re: Economia nacional
« Responder #729 em: Julho 08, 2023, 10:45:39 am »
Portugal vai emitir até 1.000 milhões de euros em obrigações do Tesouro na próxima semana

Portugal anunciou, esta sexta-feira, que vai emitir até 1.000 milhões de euros em duas linhas de obrigações do Tesouro com prazo a seis e 12 anos, na próxima quarta-feira.



A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou um leilão de duas linhas de dívida a longo prazo até 1.000 milhões de euros, a realizar na próxima quarta-feira, dia 12 de julho de 2023, às 10:30 da manhã.

A emissão, com um montante indicativo global entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros, vai abranger uma linha de obrigações com maturidade em junho de 2029, enquanto a outra vai vencer em outubro de 2035.

O leilão fica marcado pela primeira emissão do ano de uma linha de títulos com prazo a seis anos. A última foi realizada em fevereiro de 2022, quando o Tesouro colocou 544 milhões de euros, tendo pago um juro de 0,603%, num leilão em que a procura superou a oferta em 2,06 vezes.

Já na maturidade mais longa, a 12 anos, a última colocação foi feita em março de este ano. Nessa altura, o IGCP emitiu 518 milhões com uma "yield" de 3,744%. Este juro fica acima dos 2,25% pagos há cerca de um ano, num leilão da mesma linha de títulos, em que o IGCP tinha colocado 790 mil milhões de euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/portugal-vai-emitir-duas-linhas-de-obrigacoes-do-tesouro-na-proxima-semana?ref=DET_Recomendadas_pb

Este desgoverno não é visionário? Baixou os Certificados de Aforro (que são normalmente os aforradores nacionais quem empresta ao Estado) de 3,5% a 10 anos para 2,5% a 15 anos....... mas agora vai pedir dinheiro emprestado lá fora a 12 anos, ainda não sabemos a taxa que vai pagar, mas certamente vai ficar acima do que pagou em Março pelo mesmo prazo e...... foram 3,744%!!!!!
Lembram-se quando o Governo disse que não estava a ajudar os bancos quando desceu a taxa de juro dos certificados de aforro?
Pois, mente muito mal!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #730 em: Julho 11, 2023, 12:25:47 pm »
Portugueses sem capacidade para pagar refeições completas


 

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Re: Economia nacional
« Responder #731 em: Julho 11, 2023, 12:33:49 pm »
Aumento das pensões já começou a ser pago



 

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Re: Economia nacional
« Responder #732 em: Julho 13, 2023, 10:12:43 am »
Fertiberia vende à M&S adubo verde “made in” Portugal

A cadeia britânica Marks & Spencer recebeu da fábrica de Alverca um fornecimento de fertilizantes descarbonizados para abastecer 27 explorações leiteiras no Reino Unido.



https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/fertiberia-vende-a-ms-adubo-verde-made-in-portugal
« Última modificação: Julho 13, 2023, 10:13:05 am por Viajante »
 

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Re: Economia nacional
« Responder #733 em: Julho 13, 2023, 10:22:19 am »
"O Douro merece melhor". Produtores pedem reforma das regras para travar "distorções devastadoras"

Autores de abaixo-assinado pedem uma "estratégia para o futuro" do Douro, alertando que "nenhuma região de vinho aguenta tanto tempo no atual "desequilíbrio" e a sofrer "tantos danos na sua imagem e na economia das suas comunidades" por conta de uma "incompreensível inação".



Quase três dezenas de figuras ligadas ao Douro lançaram uma petição em que defendem uma reforma do quadro regulamentar da Região Demarcada, sem mexidas há quase um século, considerando os "danos graves e desnecessários" que a "inércia" na sua alteração está a provocar, que vai desde o preço das uvas à sustentabilidade dos viticultores.

Os signatários da missiva intitulada "O Douro Merece Melhor" assinalam que "os últimos 20 anos foram caracterizados por uma descida de quase 25% no volume de vendas de vinho do Porto, para 7,8 milhões de caixas de nove litros", enquanto "as vendas dos vinhos DOC [Denominação de Origem Controlada] Douro cresceram significativamente para 5,2 milhões de caixas", para sustentar que, apesar destas "mudanças profundas", o quadro regulamentar "não teve qualquer alteração, permanecendo, na sua essência, imutável há quase 100 anos".

Um cenário que - advertem - está a ter consequências diretas e palpáveis: "O sistema atual está a promover distorções devastadoras que estão a impactar não só no preço das uvas, mas também na sustentabilidade sócio-económica dos viticultores, das empresas, e no futuro dos seus vinhos nos mercados internacionais".



Quase três dezenas de figuras ligadas ao Douro lançaram uma petição em que defendem uma reforma do quadro regulamentar da Região Demarcada, sem mexidas há quase um século, considerando os "danos graves e desnecessários" que a "inércia" na sua alteração está a provocar, que vai desde o preço das uvas à sustentabilidade dos viticultores.

Os signatários da missiva intitulada "O Douro Merece Melhor" assinalam que "os últimos 20 anos foram caracterizados por uma descida de quase 25% no volume de vendas de vinho do Porto, para 7,8 milhões de caixas de nove litros", enquanto "as vendas dos vinhos DOC [Denominação de Origem Controlada] Douro cresceram significativamente para 5,2 milhões de caixas", para sustentar que, apesar destas "mudanças profundas", o quadro regulamentar "não teve qualquer alteração, permanecendo, na sua essência, imutável há quase 100 anos".

Um cenário que - advertem - está a ter consequências diretas e palpáveis: "O sistema atual está a promover distorções devastadoras que estão a impactar não só no preço das uvas, mas também na sustentabilidade sócio-económica dos viticultores, das empresas, e no futuro dos seus vinhos nos mercados internacionais".

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Dona da Porto Cruz compra quinta com 400 anos à Soja de Portugal
Os signatários dão o exemplo do chamado "sistema de benefício": Introduzido nos anos 1930 "estabelece a quantidade de uvas destinadas à produção de vinho do Porto", com o "limite a ser ajustado anualmente, dependendo de um conjunto de fatores, nomeadamente a qualidade e os níveis de oferta e de procura", figurando como um sistema "semelhante ao praticado nas mais importantes regiões vitivinícolas europeias". Um sistema que não se aplica, no entanto, às das uvas destinadas para vinho DOC Douro que "são comercializadas no mercado livre e, regra geral, num ambiente de excesso de oferta".

"O Douro está a sofrer devido à redução dos volumes de vinho do Porto e um contexto regulamentar desatualizado. Consequentemente, muitas uvas são vendidas abaixo do seu custo de produção. O prejuízo para os viticultores é óbvio, resultando no abandono da vinha e no despovoamento da região. Uma situação agravada pelas alterações climáticas que estão a impactar seriamente a nossa região", lê-se na petição.

Para os signatários "igualmente grave" é "o facto de demasiados vinhos estarem à venda internacionalmente com preços comparáveis aos mais baratos do mundo – algo que nunca seria possível se os viticultores recebessem um preço justo pelas suas uvas".

"Estamos a passar a mensagem que o Douro produz vinhos baratos, quando nada poderia estar mais longe da verdade. O nosso custo de produção, por kg, situa-se entre os mais elevados do mundo, e o rendimento por hectare é entre os mais baixos – por causa das características únicas da vinha de montanha no Douro", realçam.

Património mundial da UNESCO, a Região Demarcada do Douro é "conhecida como uma das maravilhas do mundo do vinho", contem"mais de metade das vinhas de montanha à escala global" e conta com 19.000 viticultores e 1.000 empresas dedicadas à produção do vinho do Porto e o vinho DOC Douro, lê-se na missiva em que se sublinha que, embora uma série de estudos levados a cabo por entidades de renome tenham concluído que "o Douro não é sustentável nestas circunstâncias e que necessita de reforma no seu quadro regulamentar", "nada foi feito, apesar das promessas do Estado".

"Nenhuma região de vinho aguenta tanto tempo neste desequilíbrio, sofrendo tantos danos na sua imagem e na economia das suas comunidades. A incompreensível inação está a prejudicar uma das mais históricas, belas e desafiantes regiões vinícolas do mundo", frisam os signatários da petição que reúne mais de uma centena de assinaturas.

Os autores do abaixo assinado ressalvam, porém, que "existem soluções que estão ao nosso alcance", sejam elas "medidas de emergência" ou "mais estruturantes".

Certo é que "o Douro necessita de uma estratégia para o futuro construída numa base científica liderada por uma entidade independente, em consulta com os 'stakeholders' chave da região", argumentam os signatários. Neste sentido, lançam um apelo: "Apelamos aos produtores, aos viticultores, aos comerciantes e respetivas associações, ao Ministério da Agricultura, à CIM [Comunidade Intermunicipal] do Douro, e ao Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, para enfrentarem esta situação com urgência".

"Deveríamos sentir orgulho no Douro, na sua gente e nos seus vinhos, mas atualmente não conseguimos senão sentir frustração e tristeza pelos danos graves e desnecessários que a inércia na alteração do quadro regulamentar e institucional está a provocar", concluem.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/o-douro-merece-melhor-produtores-pedem-reforma-das-regras-para-travar-distorcoes-devastadoras?ref=DET_Recomendadas_pb#loadComments

Sem dúvida que a minha região merecia mais!

O link do abaixo assinado: https://odouromerecemelhor.pt/
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Re: Economia nacional
« Responder #734 em: Julho 16, 2023, 03:41:34 pm »
Fisco já leva mais de 50% na gasolina
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/carga-fiscal-na-gasolina-a-subir-ja-e-superior-a-50?ref=HP_OutrasNoticias2
Citar
Mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado

A carga fiscal sobre a gasolina já voltou a estar acima de 50%, mesmo mantendo-se a redução do ISP, como mostra o balanço do segundo trimestre divulgado pela Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro). Ou seja, mais de metade do preço de um litro de gasolina vai para os cofres do Estado, pela primeira vez em mais de um ano.

Normalmente isto tipo de coisa é prática comum nos países de terceiro mundo. 8)