Curto ou não novamente é uma opção que tem a ver com o facto de serem navios para operarem em conjunto com outros dotados de Misseis AA de maior alcance. É discutível, com certeza, mas são os misseis que lá estão lá e portanto são esses que temos de analisar como arma AA em conjunto com o costumeiro canhão, e não outro míssil porque no seu intender não é adequado. Simples.
Eu também concordo que a classe K-130 num qualquer teatro militar que não de baixa intensidade terá de operar em conjunto com outros navio que possuem misseis AA de maior alcance. Mas repare Mafets, todos esses navios na marinha alemã dispõem também do sistema RAM. As Sachen, as Brandenburg e as Bremen todas elas já têm esse sistema. Ou seja, na minha óptica, estes navios não vêm acrescentar nada a um battle group.
Na prática elas sozinhas apenas actuam num papel de patrulha muito armado, e em caso que conflito de maior intensidade precisam de operar num battle group que tenha capacidade anti-aérea (de maior alcance) e capacidade anti-submarina, não dando qualquer capacidade extra à frota. Daí, que para mim, as corvetas Braunschweig não possam ser dadas como o exemplo a seguir para se justificar que precisemos de corvetas.
Para analisar essa questão temos de ver qual a doutrina da Marinha Alemã e ir até à constituição do próprio pais. A Alemanha até hoje praticamente mantém um paradigma relativo as intervenções militares no exterior bem patentes neste excelente trabalho de Patrícia Daehnhardt
http://www.ipri.pt/images/publicacoes/revista_ri/pdf/ri40/n40a09.pdf. Muitas vezes a escolha de um determinado tipo de armamento reforça essa postura porque os eleitores olham desconfiados para um papel mais musculado da Bundeswehr e são eles que votam. Recordo também a lei Japonesa que proíbe ao pais ter "porta-aviões" (a lei foi contornada com as Plataformas de Desembarque que até agora só levam helicópteros e designam-se como "contra-torpedeiros porta helicópteros"), enquanto que aeronaves como o C1 estavam feitos com alcance apenas para cobrir as ilhas japonesas. A própria constituição que permite actualmente às tropas japonesas operar fora do pais só muito recentemente foi modificada (a Alemã foi mudada ainda na década de 90, mas o "conflito" de alguma forma continua até aos dias de hoje).
Reorientation
A major event for the German military was the suspension of the compulsory conscription for men in 2011. In 2011/12, a major reform of the Bundeswehr was announced, further limiting the number of military bases and soldiers.[16] The last reform set a required strength of 185,000 soldiers.[17] As of December 2015, the number of active military personnel in the Bundeswehr was down to about 178,200, corresponding to a ratio of 2.3 active soldiers per 1,000 inhabitants.[18] Military expenditure in Germany was at €31.55 billion in 2011, corresponding to 1.2% of GDP.
German military expenditures are lower than comparable countries of the European Union such as France and the United Kingdom, especially when taking into account Germany's larger population and economy. This discrepancy is often criticized by Germany's military allies, especially the United States.
In September 2014, the Bundeswehr acknowledged chronic equipment problems that rendered its armed forces "unable deliver its defensive NATO promises". Among the problems cited were dysfunctional weapons systems, armored vehicles, aircraft, and naval vessels unfit for immediate service due to a neglect of maintenance, and serious equipment and spare parts shortages. The situation was so dire that it was acknowledged that most of Germany's fighter aircraft and combat helicopters were not in deployable condition.
In 2015, as a result of serious NATO-Russian tensions in Europe, Germany announced a major increase in defense spending. In May 2015, the German government approved an increase in defense spending from 1.3% to 6.2% over the following five years, allowing the Ministry of Defense to fully modernize the army.[25] Plans were also announced to significantly expand the tank fleet to a potential number of 328, order 131 more Boxer armored personnel carriers, increase the submarine fleet, and to develop a new fighter jet to replace the Tornado.[26][27][28][29] Germany is also considering increasing the size of the army.
https://en.wikipedia.org/wiki/Bundeswehr
Outro problema é o dinheiro. 2013 e 2014 viram grandes dificuldades nas Forças Armadas Alemãs quer ao nível de equipamento mas também ao nível de manutenção. Esta é uma consequência de duas décadas de cortes sucessivos que só em 2015 mudaram. Optar por material já existente não sobrecarregando a construção de navios já por si caros é mais uma forma de manter as contas a um nível aceitável, tanto para o poder politico como para os eleitores. Os RAM são usados desde as Fragatas Bremen e estas foram colocadas em serviço de 1982 a 1990.
Repare entretanto num aspecto importante da marinha alemã: A Ausência de um LPD (no seu inventário apenas existem duas singelas lanchas de desembarque da classe Barbe).
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_active_German_Navy_ships
Portanto não é tão fácil assim analisar estas questões, quando desde a gastos, questões operacionais, passando por limitações legislativas ou sociais, acrescentam muitas varáveis a escolha do tal material curto.
Volto novamente a referir algo que já tinha dito e que o NVF voltou a reforçar com o exemplo israelita: As K130 são um casco Meko CLS (
https://en.wikipedia.org/wiki/MEKO ) : Até uma certa tonelagem coloca-se lá o que o fabricante quiser. E os alemães eram para colocar por exemplo o SSM Polyphen, o qual foi cancelado
https://en.wikipedia.org/wiki/Polyphem_(missile).
Originally the K130 class was supposed to be armed with the naval version of the Polyphem missile, an optical fiber-guided missile with a range of 60 kilometres (37 mi), which at the time was under development. The Polyphem program was canceled in 2003 and instead the designers chose to equip the class with the RBS-15. While the RBS-15 has a much greater range (250 kilometres (160 mi)), the current version mounted on the ships, Mk3, lacks the ECM-resistant video feedback of the Polyphem. The German Navy has ordered the RBS-15 Mk4 in advance, which will be a future development of the Mk3 with increased range (400 kilometres (250 mi)) and a dual seeker for increased resistance to electronic countermeasures
http://www.naval-technology.com/projects/k130corvette/
Cumprimentos