Não é justo criticar a falta de meios onde estes meios não são orgânicos. Uma companhia de atiradores não tem meios de defesa AA, e ficou enquadrada num battle group que tem. Senão podemos criticar a falta de artilharia e carros de combate nesta FND
... Não faltam motivos para se criticar, mas lacunas não existentes numa força nível companhia destacada? Se vamos comprometer-nos a enviar uma Btr AAA para defesa do battlegroup e enviássemos bitubo 20mm e uns Stinger a história seria outra.
Obviamente tanto o Exército e a NATO conhecem bem as nossas limitações.
Quais os meios obsoletos que esta FND levou? Pandur? SCAR?, Carl Gustav? Talvez os morteiros? Ou meios de comunicação de certeza? Sem dúvida que nada será perfeito, mas no mínimo as FND geralmente vão bem equipadas para a missão, mesmo nos anos de desinvestimento profundo arranjava-se material melhor para as FND. Falar em Chaimites (já retiradas, mas que foram enviadas em missões há décadas atrás, tal como os M-113) e M-114 (em vias de serem retirados) não tem pés nem cabeça. O próprio CEME já disse no Dia do Exército em 2024 que nunca enviaria tropas em missão com M-113 ou material que não está `a altura.
A falta de meios AA a nível nacional existente há décadas, é uma vergonha nacional e não é segredo nenhum, mas esperemos (sentados) que fique resolvido dentro de pouco tempo. "Beating a dead horse" só mesmo por masoquismo. 
Os governos, em todo o mundo, preocupam-se com a opinião pública e a re-eleição (menos as ditaduras). Esperar outra coisa é lirismo.
Que falta de noção.
A guerra mudou, dizer que como os sistemas VSHORAD não são meios orgânicos de uma unidade escalão companhia, logo não precisamos de enviar este tipo de meio num destacamento, é simplesmente estúpido.
Seguindo essa lógica, envias uma companhia para África, e mesmo que esta seja alvo ataques de drones, não envias um PelAA nem nada que se pareça para a proteger porque "não está na orgânica".
Esta lacuna é tão óbvia, que tiveram que desenrascar com Stinger*. Estes são orgânicos a alguma unidade Pandur? Pois...
A NATO conhece bem as nossas limitações? De certeza? O que se diz, é que sempre que nos vêm visitar um regimento, arruma-se a casa para manter boas aparências. A isto soma-se a % do PIB que dizemos que investimos.
Será que a NATO sabia do estado da nossa frota Leopard? Ou da nossa crónica falta de munições? Se calhar não. A NATO quanto muito sabe das nossas lacunas a nível superficial, não as questões mais profundas.
Fizeste uma pergunta pertinente. Quais são as lacunas daquela FND (e já agora, devias perguntar de todas as outras, caso contrário é cherry picking).
-Fuzileiros na Lituânia sem uma viatura blindada, nem sistemas AA;
-Pandur com atiradores das .50 expostos, sem sistemas VSHORAD, com sorte levaram blindagem add-on;
-Camiões em África que avariam/avariavam com frequência;
-F-16 no BAP com poucos mísseis (e neste caso, provavelmente tens que enviar a maioria dos AMRAAM que tens no inventário).
E certamente haverão mais, que nem me ocorrem neste preciso momento. E isto é assumindo que estas FNDs têm "o melhor que temos" em tudo o resto.
Depois tens a questão óbvia, que é o desafio logístico de, em caso de conflito, esse Battlegroup ter que sustentar tanta viatura diferente em combate.
O que a NATO quer do nosso Exército, é o equivalente a uma Brigada, não é atirar companhias isoladas para diferentes pontos da frente Leste, complicando ainda mais a logística da aliança.
E estamos a debater a irracionalidade de, com tanta lacuna nas FA, a prioridade ser aumentar significativamente a verba para FNDs, em vez de priorizar a modernização e capacitação das FA.
Eu preferia manter a verba igual à do ano anterior, e investir o dinheiro adicional onde faz falta.
*Tendo em conta a quantidade ridiculamente baixa de Stinger, destacar estes MANPADS faz com que sejam retirados de outro sítio e vice-versa. A situação agrava-se perante várias FNDs distintas, e ainda perante o crescente risco de incursões aéreas de drones sobre infraestrutura crítica.