As encomendas de munição de 105mm referidas no texto acima, são para a Alemanha e para os Estados Unidos...
Tanto quanto sei, tinhamos duas duzias de peças de 105mm italianas na altura.
Braço de Prata não encerrou por causa de os politicos quererem, fechou porque não servia para absolutamente nada.
A industria militar em Portugal andou sempre a reboque de alguma coisa e de encomendas estrangeiras. A adoção da HK G3 em Portugal (na altura considerava-se também de uma versão da FAL 7.62) resultou de uma encomenda firme do governo da República Federal Alemã que viabilizou a fábricação da espingarda automática G3.
A criação de novas fábricas é um sonho molhado, principalmente porque custaria muito caro, e é mais facil e logico desenvolver instalações que já existem e os países da Europa de Leste estão muito mais interessados.
A mão de obra barata é uma miragem nos dias de hoje.
Uma fábrica nova, vai seguramente utilizar um nível de automação e robotização, onde a mão de obra não vai ser nada barata e o numero de postos de trabalho será sempre reduzido...
Sim, é possível, para as munições de pequeno calibre (9mm, 5.56, etc) fazia-se uma parceria público-privada com a FN Herstal, para munições de grande calibre (120mm ,155mm, etc) e explosivos com a Elbit e voilá.
Fazer munições em colaboração com Israel para quê ?
Para ter que pedir autorização aos israelitas para vender munições para onde quer que fosse ?

Se não tivessemos vendido o que restava da linha de produção de munição 7.62, essa seria a única contribuição que poderia ser dada, e mesmo assim trata-se de um calibre com pouca saída...
A realidade é que, para um país que em certos pontos do seu território, a distância até Nova Iorque é menor que a distância até Varsóvia, este conflito continua a ser distante e Portugal continua a ser visto como absolutamente periférico e - importante - pouco confiável.
Até há dois anos atrás, o governo da República Portuguesa era apoiado no parlamento por um partido que é o equivalente ao do Vilktor Orban ou da Marine Le Pen.
Eu não confiava no Costa nem para fabricar fósforos ...