O Kinzhal não é só transportado pelo Mig-31, podendo ser lançado pelo Tu-22. E quando o míssil tem supostamente 2000+km de alcance, ou 3000 supostamente, se lançado de um Tu-22, não é de todo impossível, principalmente quando o Mig-31 pode ser abastecido no ar.
Agora claro que em termos de probabilidade, sim, a ameaça mais provável são mesmo mísseis de cruzeiro, lançados por navios, submarinos e aviões. Mas também não sabemos que alianças poderiam ter os russos (apesar de pouco provável terem muitas), e não sabemos se arranjariam forma de colocar meios aéreos, ou lançadores de mísseis, num qualquer país africano com quem tenham boas relações.
Dado que teoricamente não há defesa verdadeiramente eficaz contra ICBM, resta-nos IRBM, MRBM e SRBM. Contra SRBM, só se fosse para defender tropas na frente Leste, partindo do princípio que do Norte de África não vinha nada. Resta assim IRBM e MRBM, e é aí que entrava um possível acordo com os espanhóis para defesa conjunta da Península Ibérica.
Mas para já, a prioridade passará por defesas anti-aéreas "normais", de curto alcance, mas também de médio/longo-alcance, tanto para defesa de forças destacadas, incluindo C-UAS, e de pontos estratégicos no nosso território.