Me questiono várias vezes: não haverá uma grande má vontade por parte do poder político em desarmar o país? Cortes sucessivos são feitos, com a desculpa que se vai aplicar esse dinheiro em outros sectores (educação, saúde, segurança social, sei lá, n coisas que são usadas como desculpa), mas na realidade, esse dinheiro nunca é aplicado, em nada, ao que parece. Um país, como o nosso, que tem uma das maiores ZEE do mundo (diga-se a 11ª) conta com uma marinha exígua, 5 fragatas e dois submarinos, sendo estes últimos muito mal vistos pela opinião pública, pois são descritos como os grandes responsáveis pelo declínio económico de Portugal, porém, não poderia haver desculpa mais enfadonha que esta, a divida acumulada da nação, digo, tanto o sector privado, como o público ascende a valore astronómicos que dariam para pagar mais de 500 submarinos ao preço que estes foram adquiridos. Bem, este meu devaneio apenas serve para pegar num exemplo de como as FAA são tratadas de forma desditosa. As LPM designam X dinheiro para a compra de material militar e outros gastos, todavia, não serão essas compras um tanto ou quanto estranhas? Comprar material bélico em segunda mão será uma opção viável? Ou não será uma opção mais custosa a longo prazo, ainda que tenha sido mais barata no curto espaço de tempo? Creio que se tornará mais dispendiosa a longo prazo. Porquê comprar 37 Leopard II em segunda mão? O que pensamos em fazer com um número tão pequeno? Isso dá para defender o quê em caso de invasão? nada!
Porquê comprar caro lá fora? Não pudemos criar a nossa própria indústria militar? Ou os portugueses não têm capacidades para isso? Têm, obviamente que têm! Se são capazes lá fora, também o são cá dentro, basta querer, e basta o querer por parte do Governo, que muito teria a lucrar com isso: primeiro eram postos de trabalho que se criavam cá, eram divisas que permaneciam no país, criava-se bens que poderiam ser igualmente exportados, ao invés de estarmos a investir em betão, como tem vindo a ser feito, nos últimos anos, algo que não é exportável e por tal não rentável (tudo bem que aumente o PIB nos anos em que se procede às obras, mas depois disso??).
Há má vontade, isso sim, má vontade com as FAA e com o resto do país! o Estado não visa o bem comum, pelo contrário, visa sim os interesses dos partido que estão no poder, na altura, pois muda um governo, mudam as políticas, quer para as forças armadas, quer para os restantes sectores que são da responsabilidade estatal. Enfim, não pudemos ter um país com uma grande riqueza marítima, e também terreste e deixado aos lobos, pois não há uma capacidade 100% eficaz de defender.
Quanto à comparação que se faz com a Dinamarca, na minha opinião, creio que Portugal não tem de se comprar com ninguém, apenas tem de se comparar consigo mesmo, olhar às suas necessidades presentes e às que possivelmente possam surgir no futuro, pois elas nunca serão equiparáveis às de outras nações, por muito parecida que seja a sua realidade. Convém igualmente não esquecer que apensar de vivermos em paz e tecnicamente não termos inimigos com os quias nos possamos preocupar, isso não quererá dizer que no futuro não os tenhamos. Temos aliados que supostamente nos defendem....Será? bem, a história diz-nos que muitas vezes os nossos aliados nos deixaram ficar mal em alguns pontos, e ninguém garante que o mesmo volte a acontecer....O País está a acomodar-se muito às realidades pacificas que aparentemente vivemos, como também se está a acomodar muito às alianças político-militares, mas, temos de lhes ser úteis, o que não parece que tendo em conta o evoluir da nossa realidade se vá manter....enfim...vamos ser um país com forças armadas desamadas, aliás, creio que já o somos em parte, pois a maioria do equipamento está ultrapassado.
Peço desculpa se erro no meu ponto de vista, mas é meramente ponto de vista de leigo no tema, que se for necessário, será aceite de bom grado cada emenda que se revele fundamental.
Cumprimentos a todos,
Babo