O problema é que 6 Bi é pouco, mesmo já dando como adquirido que os F-35 e submarinos coreanos terão que vir da LPM, porque não têm acesso ao SAFE.
A principal prioridade para o SAFE tem que ser as fragatas, mas 5 a 6 fragatas nunca custam menos de 3.5 Bi (se se fôr por uma solução baratucha, tipo 5 Meko A200), podendo facilmente chegar aos 6 Bi (caso queiram adquirir 6 fragatas ASW Tier 1 como as T26, ASWF, FREMM EVO ou F-110). A estes valores tem que se adicionar os helicópteros, portanto entre mais uns 100 e uns 500 Mi, dependendo de quantidade, modelo e se são usados ou novos. Para o resto todo sobram peanuts… sabendo que outra das prioridades tem que ser defesa AA, rapidamente se chega à conclusão que não vai haver guito para mais nada, a não ser estes dois programas (na melhor das hipóteses)… de onde vão vir pelo menos 1 Bi para uma esquadra de eurocanards usados? Boa sorte… a única opção que estou a ver para alguma vez se conseguir ter 6 fragatas, passa pela aquisição de fragatas usadas, mas mesmo aí não há muitas opções, quando muito as Nansen… essas quatro devem conseguir adquirir-se e modernizar com menos de 1.5 Bi; juntado mais duas novas Tier 1, conseguia-se ficar com 6 fragata e não estourar o dinheiro do SAFE todo, “só” 60-70%, lol…
Sim, quase 6000M continua a ser pouco dinheiro. Dá para 1 programa grande (fragatas) e pouco sobra.
Também me parece um desperdício gastar todo esse dinheiro em certas fragatas ASW europeias, com claras limitações para AAW e BMD. Só se fossem 5/6 F110 com 32 VLS strike length cada uma.
Aqui já entramos no debate de onde aplicar aquele dinheiro do empréstimo.
Preferem gastar quase tudo em meras fragatas ASW europeias, caríssimas? Ou preferiam por exemplo 6 HDF-6000 teoricamente mais baratas, e usar o financiamento UE para outros programas (VSHORAD, MRAD, IFVs, MLRS, etc)?
De notar que os helicópteros só seriam elegíveis para o SAFE se fossem europeus. Ou seja, se optássemos por MH-60, não estariam incluídos.
E aqui entra novamente a questão, preferiam estourar a verba toda nas fragatas + helis, ou comprar os Wildcat com o financiamento UE, e fragatas sul coreanas ou japonesas para os operar?
Também podíamos voltar à ideia de 2 classes. Usar o financiamento para substituir apenas as VdG por 3/4 fragatas ASW, e mais tarde substituit as BD por outra classe mais virada para AAW.
Eu, se tivesse garantias de que não faltaria o investimento necessário, optava por:
-Fora do SAFE: F-35 (em 2 batches), fragatas HDF-6000, submarinos sul coreanos, UH-60 do EP.
-Com o SAFE: MRAD, VSHORAD, Wildcat, 300 Boxer (produção nacional, 2 lotes, primeiro substitui M-113, mais tarde substitui os Pandur), MLU Leopard + variantes de apoio + unidades adicionais, MLRS.
Isto para programas principais. Deixaria em aberto os UCAVs, em que o custo e a possível participação nacional podem fazer variar a escolha entre MQ-9 e EuroDrone, tal como o futuro MPA e Loyal Wingman.
Em qualquer dos casos, eurocanards usados, seriam um desperdício do empréstimo.