e a alternativa a gastar 900 milhões de Euros no KC390 teria sido a) gastar ligeiramente mais numa frota de C-130J novos.
Sempre tive certas dúvidas quanto a este tipo de afirmações. Baseiam-se nos contratos de países como a Alemanha? Por amor de Deus, sabemos lá o que é que vem incluído no pacote, quanto mais o verdadeiro preço unitário dos aviões.
A única forma de garantir que o 390 ficava de facto mais barato que o J, era se houvesse algum tipo de concurso, com requisitos iguais e oferta de bens e serviços equivalentes. Não foi feito, a Embraer praticou o preço que quis (e vá lá conseguimos negociar que o valor não aumentasse), e ainda temos de pagar vários milhões em adiantado.
Agora olhe para o orçamento de defesa para os 12 anos da LPM, e faça as contas da percentagem do orçamento representam esses 900 milhões. Depois veja o estado das forças armadas como um todo...
Se houve ou não interesse em aeronaves de transporte estratégico? É delusional achar que não. Qualquer força que se preze, com dois arquipélagos distantes do continente, e com inúmeras missões pelo mundo fora, pretende aeronaves de transporte estratégico. Faltou foi vontade política, tal como se faz sentir em muitos sectores da defesa.