On-topic/off-topic: a N.R.P. Côrte-Real a ser rebocada da doca-seca do Arsenal do Alfeite para a base há questão de minutos.
Está tão despida porquê? Manutenção?
Correcto.
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/fragata_corte_real_fica_parada_em_2015_e_2016.htmlPara alienar as VdG, o ideal seria construirmos 4 corvetas mais musculadas para as substituir. Assim ficavamos com 1 LPD, 2 SSK, 4 BD para missoes internacionais, 4 corvetas para defesa territorial, 4 NPO.
Quando as Corvetas Baptista de Andrade foram construídas no final dos anos 70, vinham com espaço para paióis, sensores e armamento a serem colocados numa posterior modernização, que nunca ocorreu. Uma corrente defende que foi por falta de verbas, outra que a Marinha recusou quando o estaleiro nativo propôs a modernização nos moldes da classe Descubierta, pois temia que a armada se transformasse numa "Marinha de Corvetas". Foram relegadas para missões de patrulha oceânico antes das suas congéneres espanholas...
Os Tejo faziam várias missões combatentes na Dinamarca. Cá como já não estamos na guerra fria e temos unidades combatentes "com fartura" vieram sem módulos de missão, sensores e arma principal pois farão apenas patrulha costeira, balizagem, combate à poluição e quanto muito desminagem...
Os NPO foram construídos como unidades "não combatentes", apesar da tonelagem e "construção militar" assegurada vezes sem conta pelo testemunho do saudoso chaimites. Sensores limitados, uma arma de 30 mm mais duas metralhadores, capacidade para lançar minas e levar apenas módulos de combate à poluição e desminagem. Custo 50 milhões quando por exemplo os OPV 80,com hangar, sensores melhorados, arma de 40mm (os actuais têm a Oto Melara de 76mm), metralhadoras de 12,7mm e capacidade modular para serem transformados numa corveta estão entre os 47 a 52 milhões.
E depois de tudo isto está a ver a Marinha e o politico típico português a construir ou comprar sequer corvetas "musculadas"?
A substituição das unidades da marinha é uma palhaçada pegada e demonstra que só quando existe extrema necessidade (de substituição de unidades, manutenção de capacidade militar e de fiscalização, bem como enriquecimento ilícito de uma série de gente à pala de um negócio do estado), aparece dinheiro como os 900 milhões dos tão necessários submarinos (um valor que daria para comprar 3) . Desde aí, de projectos cancelados a parcialmente executados, tantas vezes aqui ditos, desde A400 a Nh90, passando pelos NPO, LFC ou Pandur, perdeu-se mais que o custo dos submarinos (e já nem falo de bancos, fundações, PPP, Swamps ou outros devaneios políticos sempre com milhões de euros a rodo). Com esse dinheiro teria sido possível ter o LPD, e pelo menos participação num projecto com execução e aquisição de pelo menos duas unidades na casa dos 470/450 milhões de euros (custo das Fremm para Marrocos e Alvaro de Bazan F101, por exemplo), de um qualquer estaleiro, consorcio ou empresa naval, que constrói para os espanhóis, italianos, franceses ou alemães. Em vez disso, são carências várias, a possível redução de unidades combatentes, a já efectiva redução de unidades de patrulha na Zee portuguesa e meios em segunda mão ( já adquiridos e no horizonte). É certo que tecnologia poderia em parte explicar uma redução de unidades, mas nós portugueses como gostamos de fazer omeletes sem ovos, concordamos e aplaudimos um aumento da Zee até à plataforma continental, ao mesmo tempo que protestamos pelo custo dos submarinos e não nos lembramos que maior Zee implica não apenas acesso a recursos mas também o aumento de responsabilidade e meios.
Cumprimentos