Exemplo de "Pensamento Estratégico", com toda a modéstia...
O TEKEVER ARX, vai estar equipado com comunicação BLS.
Também vai ter a capacidade de lançar drones mais pequenos.
Eventualmente "Drone Swarms".
Seria de todo interessante eles poderem trabalhar em conjunto com os P3s modernizados.
Qual a probabilidade de isso estar a ser considerado?
Quase zero.
Uma pena.
Isso é que seria interessante!!
O pessoal quer é misseis e JDAM, mas o futuro em todas as áreas são os drones.
Ter os P-3 com capacidade de comando e controlo sobre drones numa enorme zona marítima, e estes sim com capacidade de vigilância combate!
A ideia de "motherships" não é nova. Mas nós, nem o básico temos, quando nem nos demos ao trabalho de adquirir um par de AR5 para complementar as aeronaves tripuladas na função de patrulha marítima. Nós até chegámos a usar P-3 na vigilância durante a época de incêndios.
Até nos navios da Marinha, nomeadamente nos NPOs, o emprego de drones tem sido limitado, apesar do processo ser bem mais simples e barato.
O futuro passa por uma conjugação de sistemas, tripulados e não tripulados, convencionais e não convencionais.
O futuro vai continuar dependente dos tais "mísseis e bombas", até porque os drones de combate, usam também este tipo de armamento. Achar que vai estar tudo dependente de drones kamikaze, tornando todas as outras armas obsoletas, é absurdo.
A conversa dos drone swarms do ARX, levanta outras questões: estamos a falar de drones kamikaze/descartáveis, ou drones que o ARX é suposto recuperar? É que a diferença entre estas duas opções, é gigante.
Acho que era prudente investir em drones, mas não meter os pés pelas mãos. Testar a integração de drones com plataformas tripuladas navais e aéreas, testar em terra os drone swarms.
Mas há mais. Ter drones comandados por uma outra aeronave tripulada, implica que os drones tenham um determinado nível de performance. Ao ter drones mais lentos (o P-3 tem uma velocidade de patrulhamento de ~380km/h, e um AR5 por exemplo uma velocidade de cruzeiro de 100), vemos que o P-3 se vê limitado a uma área reduzida, de forma a que consiga controlar os tais drones. Ora aqui, estamos a voar um avião caro (P-3, e ainda pior se for substituído um dia por P-8) e a não tirar verdadeiramente partido das suas capacidades, não sendo muito diferente daquilo que já se pode fazer com um NPO no meio do oceano. E para isso, mais vale ter um drone maior, algo na classe do MQ-9, a controlar os drones mais pequenos, já que pelo menos um MQ-9 ou similar, têm custos de operação muito menores e uma performance mais condizente.
É que normalmente, visualiza-se um cenário de uso de um meio como "mothership" para drones, como estando no centro, e os meios por esta comandados a operarem à sua volta. Esta de ter drones lentos comandados por P-3, provavelmente veria uma situação caricata, de ter o P-3 a voar à volta dos drones que controla.
Daí ser importante era ter a Tekever e/ou outras empresas nacionais envolvidas num programa internacional para drones de alto desempenho.