Perfeito!
Agora o que vou colocar abaixo não são textos escritos por mim, mas tirados de um Relatório Científico Final do Trabalho de Investigação Aplicada do então Aspirante de Infantaria Pedro Ferreira Vieira Simões de Abreu.
Que capacidades devem ter as modernas forças Paraquedistas?Uma moderna força Paraquedista deve ser ligeira, dotada de grande flexibilidade e prontidão, com capacidade de proteção, sustentação, rápida projeção, comando e controlo, movimento e manobra e as restantes funções de combate que permitam que a força seja empenhada isoladamente até que seja rendida ou reabastecida. Essas capacidades são conferidas através de meios de visão noturna, meios ligeiros blindados parachutaveis, comunicações com o escalão superior e com as aeronaves e de meios de apoio de combate (armas
ACar, apoio de fogos, AA e meios de VCB).
Uma das características dos Paraquedistas em Portugal é terem capacidade para combater durante três dias sem serem reabastecidos, contudo, a intensidade do combate pode fazes variar a necessidade de reabastecimento. Após a autonomia se esgotar a força tem de ser reabastecida pelo estabelecimento de linhas de comunicação ou caso não seja possível, ser reabastecida via aérea pelo lançamento de cargas ou de efetuar uma Operação de Junção com uma força amiga.
O RPara forma os militares desde o estádio zero, como civil até ao militar qualificado em paraquedismo militar, dá toda a instrução básica, toda a instrução tática individual e em pequenos escalões, parelha, de modo a que o militar se torne um combatente confiante em si próprio e saber os procedimentos para sobreviver no campo de batalha e conseguir cumprir uma missão. Nós entendemos que estas são as condições essenciais, básicas e necessárias para que o militar Paraquedista possa seguir o seu percurso quer seja nos dois BIPara ou aqui no BOAT se enveredarem por uma formação aeroterrestre avançada, neste caso também já somos nos que damos essa formação.
A partir daí a formação de combate em unidades esquadra, secção, pelotão e companhia é feita na integração dos batalhões operacionais.
1.º BIPara deverá estar capacitado para:(1) Realizar Operações Aerotransportadas para entrada inicial de forças, em ambiente hostil, com recurso ao lançamento em paraquedas ou a aterragem de assalto, em qualquer tipo de terreno, para explorar a mobilidade estratégica e a velocidade de reação para conquistar terreno vital;
(2) Executar Operações Aerotransportadas, em combate de alta intensidade, com limitações significativas no poder de fogo e proteção;
(3) Reforçar rapidamente, as forças implantadas na frente de combate, atuando como reserva estratégica ou operacional e realizando incursões táticas;
(4) Ocupar áreas ou reforçar unidades amigas isoladas, e conquistar pontos importante na frente de combate para facilitar as operações terrestres ou aéreas;
(5) Garantir a proteção a pessoal montado face a fogo de armas ligeiras, rebentamentos de artilharia de 155 mm a 100 m e rebentamentos de granadas de mão (STANAG 4569: K1 M1);
(6) Constituir o comando de um agrupamento de armas combinado, bem como, destacar subunidades suas para outro agrupamento;
(7) Comandar e controlar até cinco (5) subunidades de manobra;(7)
(
Receber e empregar viaturas blindadas ligeiras (Protected Patrol Vehicles) de modo a atuar como Batalhão de Infantaria Ligeiro (INF-L-BN) ou Batalhão Aeromóvel (INF-L-AMB);
(9) Recolher informação e adquirir objetivos através de diferentes meios, na Área de Interesse do Batalhão;
(10) Executar operações ofensivas, defensivas, de estabilização e tarefas de transição/complementares;
(11) Empregar meios não-letais;
(12) Executar tarefas independentes de escalão Pelotão;(13) Contribuir na Receção, Estacionamento e Movimentos (REM/RSOMI - Reception, Staging, Onward Movement and Integration) de outras unidades;
(14) Executar operações conjuntas e combinadas, em condições de frio ou calor extremos;
(15) Manter a cadeia de comando (Operações e Logística) atualizada, de forma automática, sobre a situação das munições, combustíveis e pessoal, bem como dos principais danos sofridos, resultantes ou não do combate;
(16) Integrar o sistema de informação, vigilância e reconhecimento conjunto (JISR - Joint Intelligence Surveilance and Reconnaisance) da Aliança, de forma a permitir a execução eficiente do plano de pesquisa, o cruzamento de informação com outros meios pesquisa, e a disseminação da informação recolhida a outras forças;
(17) Atuar por um período de três (3) dias sem ser reabastecida;
(18) Implementar e manter redes de comunicações robustas (rede segura de voz e dados), assegurando a capacidade de comunicações intra-teatro e com a retaguarda (reach back);
(19) Obter e divulgar imagens na forma de vídeo ou fotos (de dia ou de noite e em condições de visibilidade limitada), para um centro de processamento/análise/integração de uma forma atempada, eficiente e segura;
(20) Contribuir para a Imagem Operacional Comum (COP – Common Operacional Picture), através da divulgação de dados e informações;
(21) Garantir um nível de proteção adequado, integrando e empregando meios de Proteção da Força, procedimentos no âmbito de OPSEC, INFOSEC, COMSEC, NBQR, CIED, e políticas e normas de proteção da saúde;
(22) Garantir proteção adequada no âmbito da defesa contra ameaças NBQR de acordo com "ACO Force Standards";
(23) Preparar adequadamente os seus militares contra IED de acordo com o "STANAG 2294/ACIEDP-01 Counter Improvised Explosive Device (CIED) Training Requirements".
(24) Garantir proteção adequada contra IED de acordo com o "STANAG 4569/AEP-55 Protection Levels for Occupants Armoured Vehicles".
(25) Controlar e dirigir missões de apoio aéreo durante a fase terminal de ataque, através do "Tactical Air Control Party" (TACP) e por via de Controladores Aéreos Avançados (FAC - Forward Air Controllers), determinando a localização precisa dos alvos a bater e/ou executando a referenciação de alvos com recurso a designadores de laser;
(26) Empregar medidas que minimizem a vulnerabilidade a um ataque aos sistemas de informação (cyber attack), que mantenham, durante o ataque, o grau de operacionalidade determinado pelo Comandante, e que restabeleçam, após o ataque, os serviços de rede afetados.”