Portugal não tem que ter uma capacidade fixa para enviar uma força X com capacidade Y. Portugal tem que contribuir, de forma séria, para a NATO, tal como todos os países da aliança. Vai dar asneira, se toda a gente cumprir os 2% do PIB, ou mesmo os já falados 3%, e Portugal ser o único a não o fazer, ou a fingir que o faz. Se um conflito a sério romper, que será quase de certeza combatido em várias frentes, vai ser necessário muito mais do que "2500 militares, 1 navio de guerra e uns quantos caças para a NATO".
Agora, a escolha pelo F-35, é mais do que óbvia e racional, até porque se é para gastar tamanha quantia em caças, então que seja o melhor que se pode comprar.
É que aqui nem sequer estamos a falar de uma situação em que o preço do F-35 é muito mais elevado do que o da concorrência. Por exemplo no caso de fragatas ou submarinos, existe uma clara diferença do custo de aquisição de um modelo topo de gama vs um modelo que se situe uns furos mais abaixo tecnologicamente. No caso do F-35 vs concorrência, essa diferença de preço não existe.
Por outras palavras:
-tens um Audi A4 novo, da geração mais recente (2023/24) e com toda a tecnologia disponível hoje, por 50 mil euros;
-tens outro Audi A4 igualmente novo, de uma geração anterior (2018) e com tecnologia da altura, também por 50 mil euros.
Qual é que seria a escolha óbvia aqui? O modelo mais antigo, que custa o mesmo e vai ser descontinuado, com alguma da tecnologia a dar sinais da idade, ou o modelo novo, que acaba por ser tudo o que o anterior era, mas mais evoluído?
A escolha penso que seja óbvia.