[LM]

Tenho o mesmo receio - pela situação actual, pelo investimento "pífio" e, também, porque parece-me que o Exército também não planeia (e comunica) bem o que deveria ter...

Ter um sistema (V)SHORAD, simples e barato que fosse... começar por comprar um sistema MANPADS em numero decente - eu sou favorável que seja verdadeiramente portátil, como o Piorun-NG polaco; usando o mesmo míssil copiar o MADIS dos US Marines:

The KONGSBERG RS6 RWS for MADIS RWS includes the XM914E1 30mmx113mm percussion-primed cannon with a co-axial M240C (7.62mm) machine gun, an integration kit for the STINGER Air-To-Air Launcher (ATAL) and provisions for future C-UAS defeat systems. The first 30mm remote weapon system to be qualified on the Joint Light Tactical Vehicle platform (JLTV), MADIS RWS mounts on JLTVs and fights as a complimentary pair, designated as Mk1 and Mk2. The MADIS Mk1 features STINGER missiles, and neutralizes fixed and rotary-wing aircraft. Mk2 fulfills the Counter-Unmanned Aircraft System (C-UAS) mission requirement, while also providing radar and command-and-control for the pair. 

Como comprar Pandur adicionais não será nada fácil (e se o Vamtac ST5 não poder ser utilizado ou o seja mais limitado) que se comprem alguns JLTV; seriam orgânicos da BrigRR e BrigInt.

Paralelamente investimos em uma "bateria" de um sistema como o Sky Sabre (ie com Land Ceptor) britânico... e depois poderíamos ir reforçando em quantidade e, mais tarde, em sistema de alcance superior. 

   

[dc]

Adquirir Pandur extra para determinadas versões em falta, não é de todo impossível ou financeiramente inviável. Isto permitiria ter na BrigInt um número credível de um sistema VSHORAD e C-UAS capaz, na mesma plataforma (ao invés de andar a investir em 2 programas distintos para VSHORAD e outro para C-UAS em veículos), com a vantagem de que, no caso de um M-SHORAD ou Skyranger 30, um único veículo já representa um meio AA completo, com sensores, mísseis e canhão. Em contraste, outros sistemas (como um Atlas RC e outros) obrigam a ter veículos próprios para o radar.

A BrigInt teria assim uma capacidade SHORAD/C-UAS verdadeiramente móvel, com um sistema capaz de acompanhar de próximo os restantes Pandur. A isto, acresce eventualmente a possibilidade de usar RS6 de Pandur modernizados com Stinger para reforçar a capacidade AA da brigada.

A BRR e Fuzileiros, teriam uma solução à base do MADIS:
-Mk1 para os Comandos, nos ST5
-Mk2 (+MANPADS) para Paraquedistas e Fuzos*, em ATV
Ou
-Mk1 (ST5 ou L-ATV) e Mk2 (ATV) na BRR+Fuzos, como meios de apoio geral, sendo disponibilizados para qualquer uma das forças consoante a missão.

A BrigMec seria para já relegada para segundo plano, até se perceber o que se quer desta brigada, onde uma hipotética fusão com a BrigInt permitia resolver o assunto com os Skyranger 30 em Pandur. Em alternativa, seria igualmente possível ir buscar alguns Ripsaw M5 também com Skyranger 30.

A isto, acresce um sistema SHORAD "de topo", generalista. Algo na classe do IRIS-T SLS, ou um sistema SHORAD integrado num sistema HIMAD móvel (NASAMS HML com AIM-9X e AMRAAM por exemplo).

O problema, é que o programa SHORAD em curso empata mais que outra coisa, não havendo qualquer plano para ter capacidade SHORAD realmente afecta aos meios típicos das brigadas, mas sim um sistema genérico, baratucho e em quantidades reduzidíssimas, que provavelmente não poderá operar lado a lado com Pandur, nem com Leopard, e, no máximo, acompanhará os ST5.

[LM]

Ou segues o modelo dos US Marines e usas sistema MADIS (mas com Piorun-NG  ) montados em ST5 ou L-ATV, a comprar... já sei que preferes (mais) Pandur II e preferencialmente com M-SHORAD para a BrigInt, mas eu tenho sempre presente "o que a casa gasta" e que cá "o bom é inimigo do menos mal".   

São conhecidas as empresas que entregaram propostas para o concurso de VSHORAD.
Só falta neste momento a decisão do EP (ou a anulação do concurso...).
As quantidades são mínimas, mas o concurso inclui a opção por mais algumas (poucas) peças.
Suponho que no futuro será adquirido mais do mesmo material... (?)

E, pela estrutura do concurso, não é o EP que vai escolher a viatura em que é colocado o sistema.
Não será nenhum Pandur.
Não vem nada que seja usado pelos Marines.

Há uma empresa Polaca (PIORUN).
Há MISTRAL
Há duas empresas Turcas - uma com "cópia" do STINGER - a outra é uma mistério... um míssil concorrente do IRIS-T???
Há STARSTREAK (penso eu)
Há IRIS-T

Quase de certeza que cada um vai propor a sua própria viatura.

É esperar que ganhe o IRIS-T (agora deve ser o IRIS-T SLS e, noutra fase, com IRIS-T SLM)... depois logo se trata de outro sistema, VSHORAD, com canhão de 30mm (que, atualmente, parece-me essencial) - mesmo que com o "meu" MADIS (mas com Piorun-NG) montados em ST5 (ou L-ATV, se tiver de ser), de forma a poupar dinheiro (e tendo também MANPADs do mesmo modelo).

[Drecas]

IRIS-T só seria fixe com um stock de 50 mísseis (que mesmo assim é pouco)

Então o quê, uma treta turca com 8 mísseis já não tem problema???
 

[Visitante123]

IRIS-T só seria fixe com um stock de 50 mísseis (que mesmo assim é pouco)

Então o quê, uma treta turca com 8 mísseis já não tem problema???
 

Portugal só pediu 7 mísseis por isso até isso era de mais.

[LM]

O concurso também, parece-me, algo "confuso" - para além de meter "Stinger legacy" (os, poucos, Stinger existentes que fossem para os Fuzileiros ou Comandos, para os Regimentos de Guarnição) permite que se considere um Piorun (400m – 6.5 km raio operacional, 4 km altitude) e um IRIS-T SLS (12 km raio operacional, 8 km altitude - por baixo), sendo o 1º (também) um verdadeiro MANPAD... há diferença; não que um seja melhor outro, são é "classes" diferentes.

Continuo na minha - se é para um "verdadeiro" sistema SHORAD a "bitola" de possibilidades não devia ser tão grande; venha o IRIS-T SLS, de maneira a mais tarde termos uns IRIS-T SLM e, à parte, um sistema VSHORAD com canhão 30mm e grande mobilidade (assinado "agente de vendas e comissionista do MADIS"  ) 

[Drecas]

O quê??

Onde está a confusão?

[CruzSilva]

Só uma achega sobre o Piorun - tem mira térmica imbutida.

[dc]

Deve estar a aparecer por aqui o dc para me chamar burro.

Quando isso acontecer, peço desculpa mas vão ter que ignorar os dois posts anteriores como desinformação a favor da Polónia.
                                                                         

Vês como sabes? Não tem nexo andar a supor que só não se compram 50 IRIS-T para o Exército, por causa da FAP. Como se a FAP ao comprar 18 mísseis do modelo A, B ou C, muda alguma coisa nos planos de investimento que vemos na LPM.

O quê??

Onde está a confusão?

A confusão começa logo no facto de nem sequer termos especificado o veículo em que devia ser montado, nem sequer reduzimos as opções a veículos que já tenhamos em uso. Aqui há logo o risco de nos calhar na rifa uma quantidade estupidamente baixa de sistemas SHORAD montados numa viatura que não utilizamos, tornando-se mais um modelo de nicho, com desvantagens óbvias em termos logísticos. A isto acresce que no concurso em si, o preço dos veículos acaba por ser uma variável bastante importante, havendo uma grande diferença entre colocar o sistema numa viatura táctica média de 150 mil euros, num viatura táctica ligeira blindada de 500 mil euros, e colocar num blindado 8x8 ou de lagartas que valha 1 milhão ou mais.

A esperança aqui, é que ganhe o IRIS-T SLS. Sendo este o mais capaz dos sistemas a concurso, mantém em aberto o caminho para um sistema VSHORAD com canhão/RWS para equipar a BrigMec e BrigInt (algo na classe do Skyranger 30 ou M-SHORAD) e para a BRR + Fuzos (algo na classe do MADIS Mk1 e Mk2), mais adequado para C-UAS.

[LM]

Só uma achega sobre o Piorun - tem mira térmica imbutida.

Não é claro para mim que o PIORUN já tenha entrado mesmo ao serviço.
Mas deve ser bom.
O GROM era talvez um pouco melhor que o STRELA...
E o Piorun melhor que o GROM e ao nível do IGLA

Mas o VSHORAD dos Turcos deve ser um pouco melhor que o Stinger moderno...

O Mistral NG deve ser melhor que eles todos...

Venha o EP e escolha...

Tenho ideia de ler que os Ucranianos usaram e gostaram; a Noruega é cliente => https://defence-industry.eu/norway-deploys-piorun-air-defence-systems-along-the-russian-border/; interessante ser (o único?) verdadeiramente MANPAD moderno. 

De facto parece-me que o concurso começou como puro VSHORAD (mas sem canhão 30mm...) e depois evoluiu com a presença IRIS-T SLS - que, oxalá, ganhe (para podermos ter outro sistema, VSHORAD).

[dc]

O Mistral aparenta ter um custo unitário (por míssil) equivalente ao IRIS-T.

[dc]

Nos contratos de mísseis Mistral, os custos unitários rondam 500 mil euros por míssil. O custo unitário do IRIS-T na sua versão base, também ronda esse valor.

https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/frances-european-mistral-missile-order-worth-500-mln-euros-ministry-2023-06-20/

[Pescador]

Ainda vão atirar moeda ao ar

[CruzSilva]

Nos contratos de mísseis Mistral, os custos unitários rondam 500 mil euros por míssil. O custo unitário do IRIS-T na sua versão base, também ronda esse valor.

https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/frances-european-mistral-missile-order-worth-500-mln-euros-ministry-2023-06-20/

Ah então afinal a solução Tucano Mistral não é assim tão barata... 

[Cabeça de Martelo]

Latest Piorun MANPADS brings new seeker, computing systems
by Jakub Link-Lenczowski


Piorun MANPADS – the Next Generation system is intended to be more effective against modern countermeasures. (Jakub Link-Lenczowski)

Polish missile and ammunition specialist Mesko is developing a new version of its Piorun manportable air-defence system (MANPADS).

Przemysław Kowalczuk, a member of Mesko's board, told Janes that the Piorun Next Generation (NG) is intended to improve the system's effectiveness against modern countermeasures, including jamming, decoys, and laser-based countermeasures. “The biggest improvement is the development of the new multispectral seeker, onboard computer, and missile steering block”, Kowalczuk said.

The new computer has an updated target library and new algorithms that enable real-time, in-depth target analysis, according to the company, and which it says should improve effector performance against fixed- and rotary-wing aircraft and unmanned aerial vehicles (UAVs).

Mesko is undertaking the first trials of the new components, Kowalczuk said, adding, “The first test launches should take place in six to nine months on one of the Polish military training grounds… the current configuration of the Piorun NG enables testing [to take place, but] it is not final yet”, he added.

So far, the Piorun NG programme has been led and self-funded by Mesko and Telesystem-Mesko. According to Kowalczuk, current project costs are estimated as “several hundred million Polish złoty”.

The Piorun MANPADS has been operational with the Ukrainian military in its conflict with Russia, reportedly successfully used against fixed-wing aircraft and helicopters. The system, developed from the older Grom MANPADS, can be employed as a shoulder-launched system or mounted on vehicles. The missiles can perform NATO-certified identification friend-or-foe (IFF) inquiries to avoid ‘friendly fire'.

https://www.janes.com/defence-news/news-detail/latest-piorun-manpads-brings-new-seeker-computing-systems