Luso, eu não acredito que uma ditadura seja solução. Será sempre um ditadura e como qualquer centro de poder não vai dar educação, justiça nem por ordem nas FA's e FS's de modo a que depois lhe mine o poder. Concordo que não existe caminho livre de riscos mas, entre os caminhos a escolher, esse parece o mais arriscado. Mesmo que aparecesse alguém competente, bem rodeado por pessoas capazes, o simples facto de ser uma ditadura colocaria uma espada sobre a sua cabeça. Poderia alguma vez, num contexto politico internacional como o actual, um ditador de um país sem capacidade minima de defesa (ou pelo menos capacidade de vender cara qualquer aventura de terceiros) mover qualquer politica de beneficio da sua nação que contrariasse os interesses de estrangeiros?!!! Com uma base democrática ainda tem alguma (muito pouca) margem de manobra, com um sistema ditacturial, nenhuma.
Para mim, essa solução além de ser uma demostração de perfeita incapacidade, como povo, de Portugal, teria as bases internas e externas cortadas à partida. (O mundo é redondo e não se sabe o contexto politico do amanhã, por isso isto é apena académico) Compreendo também quando fala da realidade que apanhou pela frente mas, muito provavelmente, era o único a "perder" o seu tempo na "reunião da Junta". Se lá batessem 20 ou 30 cidadãos decididos e informados, como seria? Tal como eu aqui, não sei a resposta, mas dúvido que fosse igual.
PapaTango, compreendo o seu raciocinio mas abordo a questão de outro modo. É certo o que afirma sobre o Sec. XIII e os problemas que existiam nessa época, mas também é certo que isso era transversal a toda a sociedade europeia da época. Portugal não era excepção, mas sim a regra. As outra nações evoluiram, muitas vezes com convulsões internas gravíssimas e chegaram ao ponto onde estão hoje. Nós continuamos, salvando as devidas distancias, na mesma. Culpa das elites?!!! Sim, sem dúvida. O povo é santinho e explorado?!!! Hóstia, de maneira nenhuma. As nossas elites não aparecem por magia. Nem sequer vêm de outro planeta. Nascem nos mesmos hospitais que nós, estudam nas mesmas escolas, frequentam as mesmas universidades (alguns, porque parece que existe para aí um pseudo-"inginheiro" de Domingo), ou seja, básicamente vêm do povo. Um povo que é encostado, mesquinho, que está sempre à espera de "lixar" o próximo e ainda se gaba disso, espera o quê das suas elites?!!! Competência?!!!! Um povo que quando é enganado e roubado por quem deveria zelar por ele, na maioria das vezes limita-se a dizer que se estivesse no lugar deles fazia a mesma coisa merece o quê?!!!! A maior mágoa do português é naõ ter tido a capacidade de estar no lugar do gajo que o explorou, ponto. Sentir que o outro foi mais esperto que ele E isso é, acima de tudo, um défice de educação cívica e cultural. Mas tal como disse atrás, é o frio e a fome que metem a lebre ao caminho e nesta nova geração já começo a ver muita gente com uma consciência cívica diferente e isso dá-me um pouco de esperança.