Forças Armadas reforçam apoio à proteção civil durante onda de calor dos próximos diasMarinha e Exército vão reforçar, com mais 19 patrulhas e 76 militares, o apoio à Proteção Civil entre quarta-feira e domingo devido à onda de calor, podendo as ações serem prolongadas caso a meteorologia o justique.
Segundo um comunicado do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), a ação destes militares decorre entre as 08:00 de quarta-feira e as 20:00 de domingo, com especial incidência nos distritos de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém e Setúbal.
“Este reforço surge no seguimento do pedido de apoio da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) às Forças Armadas, tendo como objetivo o incremento das ações de patrulhamento dissuasor no período referido (entre 01 e 5 de agosto), podendo estas ações ser prolongadas no tempo caso a previsão meteorológica assim o justifique”, refere a nota.
A operacionalização destas ações de patrulhamento será efetuada junto dos comandos distritais da ANPC respetivos, em consonância com o restante dispositivo de vigilância presente nestes locais e coordenado com o oficial de ligação das Forças Armadas nesse distrito, em articulação com a GNR.
Atualmente, já se encontram em missão 211 militares por dia, em 61 missões de apoio à ANPC, ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e autoridades municipais.
“O apoio das FA (…) traduz-se em seis apoios com equipamentos pesados de engenharia do Exército nos distritos de Aveiro, Leiria, Portalegre, Lisboa, Setúbal e Faro e 44 missões de patrulha da Marinha e do Exército, em apoio ao ICNF no âmbito do Protocolo FAUNOS”, indica o EMGFA.
Este protocolo visa contribuir para o reforço da vigilância e sensibilização das populações em matas nacionais e perímetros florestais, durante o período crítico de incêndios florestais, nos distritos de Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Braga, Viseu, Guarda, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro.
As restantes 11 missões prendem-se com o apoio às autoridades municipais ao abrigo dos protocolos celebrados entre o Exército e os respetivos municípios, sendo três em municípios no Norte (Viana do Castelo, Braga e Boticas), um na área metropolitana de Lisboa (Sintra) e sete no Sul (em Silves, Monchique, Loulé, São Brás de Alportel, Castro Marim, Alcoutim e Tavira).
Encontra-se ainda ativa uma missão de interdição de área no apoio à operação de meios aéreos na recolha de água para o combate a incêndios (“scooping”) na barragem da Régua.
Entretanto, a Proteção Civil reforçou as ações de monitorização da floresta, pré-posicionou bombeiros e envolveu os serviços municipais de proteção civil no aumento da prontidão, face à onda de calor dos próximos dias, que pode ter “máximos históricos”.
Face às previsões de brusco aumento de temperatura para esta semana, que pode chegar aos 45 graus, responsáveis da Proteção Civil, Direção-Geral da Saúde e Meteorologia deram na segunda-feira uma conferência de imprensa a alertar para a situação, mas também para tranquilizar os portugueses.
As temperaturas vão estar acima dos valores médios, que podem ter impacto em termos de saúde pública e de propagação de incêndios.
Patrícia Gaspar, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, disse que o uso do fogo terá “tolerância zero”.
Até hoje à noite, o interior do país está em “estado de alerta especial para prevenir incêndios. A partir de terça-feira vai registar-se um aumento da temperatura, vai haver mais vento e a humidade vai ser reduzida, com valores da temperatura “muito acima dos habituais”, alertou Nuno Moreira, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), assinalando que quinta-feira a ser o dia mais quente.
A situação, alertou a Direção-Geral da Saúde, deve levar a população a tomar medidas de proteção, como estarem em ambientes frescos, procurar manter frescas as habitações, e beber muita água, evitando o álcool.
Na condução também atenção especial ao calor e ao facto de os veículos expostos ao sol aquecerem muito, e também especial atenção às pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas com doenças crónicas, grávidas e pessoas em locais isolados, disse também o responsável.
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