Olá caros amigos mais um ano e mais uma vez a falar dos incêndios florestais.
Efectivamente na ilha da madeira um dos grandes problemas dos últimos incêndios é a falta de meios humanos e materiais aliado á topografia e nenhuma vontade e respeito politico faz o resto enfim não á muito que comentar.
Já o problema do incêndio do Algarve e a respeito do comandante em questão algumas palavras.
Em nenhum teatro de operações seja de combate a incêndios ou militar é preciso desmobilizar para fazer reuniões para proceder ao ponto da situação e delinear estratégias e tácticas, isso cabe às altas chefias que depois transmitem sobre a forma de ordens operacionais aos chefes de companhia, grupo ou viatura.
Mesmo um incêndio estando completamente extinto e mesmo já com o rescaldo efectuado não fica sem vigilância um erro muito muito grande da estratégia de combate a incêndios em Portugal.
O que se passa é os seguinte e acho que já o disse aqui no fórum, os incêndios antes de serem grandes são pequenos começam com um fósforo a arder, os meios locais iniciam o ataque e não pedem ajuda em tempo útil, quando o decidem fazer fazem deslocar para o local X meios quando o incêndios para ceder já precisa do dobro ou triplo, esta reacção em cadeia vai evoluindo não existe um ataque musculado á nascença.
O maior problema de todos neste grande flagelo não é nem a falta de meios humanos, nem materiais terrestres e digo mesmo nem aéreos não soa muitos mas até chegam.
O problema é mesmo a coordenação ou melhor a desordenação de quem comanda, um bom comando é a chave para os nossos problemas, e isto não funciona porque simplesmente é tudo uma grande confusão, é polícias a fazer de bombeiros, é a criação de dezenas de grupos diferentes para combate a incêndios comandados por dezenas de instituições diferentes não existe comunicação, depois a formação é muito pouca, e dinheiro para manutenção zero.
Os tais coronéis e tenentes-coronéis em vez de serem nomeados para comandantes distritais deveriam sim ser destacados por quem de direito para dar formação aos comandantes de bombeiros, comandantes distritais e nacionais para saberem bem o que é cadeia de comando e hierarquia, para eles saberem bem o que soa ordens e disciplina, para saberem o que é comandar em vez de mandar.
Não existe muito mais o que dizer quando vejo a segundo comandante nacional de protecção civil dizer em praça pública a quando do simulacro nacional de sismo em Lisboa, que Portugal até está preparado para um sismo, quando na verdade sei como foi o simulacro e nem sequer as viaturas foram estacionar a onde estava estipulado, uma grande mentira descabida até porque no melhor pai do mundo ninguém está preparado para um evento desta natureza.
Cada macaco no seu galho, quando muito pelotões do exército, GNR, e outros parecidos eram realmente muito úteis a partir da fase de rescaldo, consolidar o rescaldo e acima de tudo vigilância isso sim, patrulhamento em áreas sensíveis como zonas protegidas, só a presença dum militar faz dissuadir qualquer eventual pirómano ou descuido.