Parece que as pessoas não estão a ver muito bem o que se passa...
A Royal Navy, há alguns anos que praticamente opera apenas um porta-aviões e um porta-helicópteros (O HMS Ocean).
Só que tem beneficiado do facto de haver outro navio de reserva. Mas os «Invincible são minusculos quando comparados com os Queen Elizabeth.»
Um só navio do tipo que vai ser construido, é tão poderoso quanto os três porta-aviões da classe Invincible juntos, e os britânicos não operaram os três navios simultaneamente senão durante um pequeno periodo de tempo.
A construção de 2 porta-aviões como os Queen Elizabeth, equivale a uma enorme multiplicação da força da Royal Navy. Ninguém além dos americanos tem capacidade aeronaval equivalente à que é permitida por este tipo de navio. E há que admitir que é dificil justificar passar de um porta-aviões e meio para seis.
Para dar um exemplo, se os espanhóis podem utilizar um LPD como aquele que está em construção, e opera-lo provisóriamente com aeronaves Harrier em caso de necessidade, então o que não poderão os ingleses fazer com um porta-helicópteros com um deslocamento de quase 70.000 toneladas ?
As capacidades de defesa aérea dependem dos contra-torpedeiros da classe Daring, que tanto podem ser utilizados num caso como noutro. A vantagem dos aviões de descolagem vertical é que não precisam de catapultas.
Se os Queen Elizabeth fossem construidos para operar aeronaves de asa fixa convencionais, e tivesse catapultas, então as coisas ficavam muito mais complicadas.
Mas tratando-se de aviões de descolagem vertical, então eles poderão ser operados (ainda que não nas mesmas condições) a partir de uma aeronave que disponha de uma enorme pista que existirá nos dois navios.
Ainda em 2003 no Iraque, os ingleses conseguiram colocar no terreno, a milhares de quilometros do seu território, quase 50.000 homens em armas. Nenhum país europeu tem essa capacidade de projecção de forças. Eles consideram que é essa capacidade de projectar forças que conta nos conflitos do futuro e esta decisão (a confirmar-se) é condicionada por uma análise que afirmou que as forças armadas britânicas não estariam devidamente preparadas para as necessidades de futuro.
Lá saberão porquê...
Cumprimentos