« em: Março 27, 2009, 02:00:09 pm »
A pequena ilha do Rato tem formação arenosa dunar, vegetação rasteira e uma construção em ruínas e possibilita uma vista para o Barreiro, Montijo e Moita, disse à Lusa fonte da Câmara Municipal do Barreiro.
É uma ilha desabitada, mas «no Verão, por vezes, havia pessoas que acampavam, iam com os barcos de recreio passar o fim-de-semana», referiu o Comandante Eduardo dos Santos, do Porto de Lisboa.
O actual proprietário é Ismael Duarte, um avaliador imobiliário e consultor financeiro e de negócios, comprou a ilha ao Grupo Invictus, mas não diz quanto pagou pelos cinco hectares da ilha (outros cinco hectares são do domínio público).
«Conheci a ilha em 2001 e foi como um amor à primeira vista e passou a fazer parte da estratégia de investimentos imobiliários, como oportunidade de negócios com perspectiva de desenvolvimento de um projecto auto-sustentável», disse Ismael Duarte.
Fonte da leiloeira na qual a ilha vai a leilão referiu que «na época do 'boom' imobiliário, a ilha esteve à venda por 3,5 milhões de euros» e que «houve um grupo alemão que esteve interessado em comprar, esteve quase para ser negociado e por uma questão de valores» a ilha não foi vendida.
Ismael Duarte diz, por sua vez, que o motivo pelo qual este grupo alemão não comprou a ilha está relacionado com os «sinais de burocracia para se fazer algo sustentável em Portugal».
No próximo sábado, 28 de Março, a ilha vai a leilão numa leiloeira sedeada em Odivelas, numa base de licitação de um euro, aquilo que o actual proprietário considera ser uma «forma diferente de comercializar».
Paralelamente, estão a decorrer licitações na internet e o director-geral da leiloeira Oportuniy Leilões, Francisco Gallego, adiantou à Lusa que a oferta «mais elevada» que receberam foi de 105 mil euros, não podendo, contudo, revelar o nome de quem apresentou esta oferta.
Francisco Gallego disse ainda à Lusa que espera «obter o melhor valor possível» no leilão.
«Penso que um valor entre os 500 mil e um milhão de euros é muito bom, tendo em conta a época [que vivemos], ou seja, um terço mais barato do que o valor que esteve», referiu.
O director-geral da leiloeira confirmou o interesse de algumas pessoas, «entre particulares e empresas», e considera a ilha «um produto muito interessante», porque «é perto de Lisboa, o enquadramento é digno de interesse» e julga que «tem um potencial enorme para ser desenvolvido».
Para Francisco Gallego, «hoje há empresas que trabalham com energias renováveis e projectos mais ligados ao verde que poderiam pegar na ilha e desenvolver iniciativas desse género».
Ismael Duarte disse à Lusa que tem projectos «ecológicos e auto-sustentáveis» para a ilha.
Fonte da Câmara do Barreiro indicou à Lusa que «uma nova construção teria de ser analisada aquando da entrega da proposta», não havendo «conhecimento de alguma manifestação de intenções por parte do proprietário, junto da Câmara Municipal».
O novo dono da ilha do Rato, no Tejo, vai ser conhecido cerca das 22h00 de sábado, dia 28, hora em que, refere Francisco Gallego, «normalmente» os leilões da leiloeira terminam.
Lusa/SOL
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