O que o Tenente-Coronel refere, é que teoricamente, a guerra em termos gerais estava a ser ganha pelos nossos militares.Ela foi perdida isso sim, nos bastidores...
E depois, não vejo no texto referência da guerra como algo positivo ou relacionado com o número de analfabetos...
A guerra estava a ser aguentada, tal como o Spinola disse "uma guerra subversiva não pode ser ganha militarmente, mas sim politicamente, o que os militares podem fazer é não perder a guerra, para dar tempo ao poder politico para a ganhar."
E o poder politico não queria saber disso...
Em Angola a nossa sorte foi que os primeiros anos os guerrilheiros nem armas de fogo tinham, era catanas e armas artesanais e mesmo mais tarde certas facções dos guerrilheiros estavam mais interessadas em combater entre elas do que contra os portugueses.
Em Moçambique a situação estava relativamente controlada... mas até quando, é que os guerrilheiros recebiam cada vez mais apoio externo (instrução, armas, etc) ao contrário de Portugal que estava cada vez mais isolado, mais tarde ou mais cedo eles teriam a vantagem.
Na Guiné esse ponto já tinha sido atingido, as forças regulares já nem punham um pé fora dos quarteis fortificados, os quarteis junto das fronteiras era levar com artilharia em cima dia sim, dia não, a Força Aérea já nem lá ia porque o PAIGC nos ultimos anos da guerra abateu vários Fiat G91 com misseis SAM, e as tropas especiais não são tantas para ir a todo o lado, o quartel de Guilege no sul da Guiné levou tanta porrada que os seus efectivos fizeram as malas e bazaram para o quartel mais próximo que era em Gadamael, e para que em Gadamael não acontecesse o mesmo mandaram para lá um Batalhão inteiro de Pára-quedistas para aguentar aquilo.
No norte também havia um quartel portugues em risco de cair, que era em Guidaje, aguentaram porque enviaram um Batalhão de Comandos ao Senegal destruir a base de onde os guerrilheiros operavam.
PS: Deixei-me levar

, guerra colonial não é neste tópico.