Olivença

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Viriato1143

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« Responder #1110 em: Outubro 23, 2006, 10:32:51 pm »
:Soldado2:
Herois do mar,nobre povo
naçao valente e IMORTAL

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Marauder

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« Responder #1111 em: Outubro 23, 2006, 11:28:47 pm »
Enquanto a malta ainda vive no passado, eles estão é a tomar conta das nossas empresas...

Enquanto estamos de armas voltadas para Espanha, quando formos a olhar para trás só veremos ...empresas espanholas.

Um pouco de mais ponderação e reflexão faria bem a foristas de ambos os lados.

Olivença, tal como Gibraltar, deverá ficar em águas de bacalhau...por X anos. Sendo X um valor que poderá ir para o infinito..
 

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PereiraMarques

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« Responder #1112 em: Outubro 23, 2006, 11:41:05 pm »
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AS DUAS FACES DE OLIVENÇA



Uma investigadora viveu dois anos com os oliventinos e revela o que pensam de Portugal


Os oliventinos preferem as férias em Portugal, falam português como segunda língua e rejeitam ser vistos como castelhanos. Mas não querem abandonar Espanha.

Os naturais de Olivença ainda gostam de se rever no espaço português que lhes é mais familiar, preferindo como destino de férias, por exemplo, Lisboa, Coimbra, Fátima, Évora e o Algarve. Continuam na sua maioria a falar português como segunda língua, mas não esquecem o abandono a que Portugal os votou desde sempre.

Estas são algumas das conclusões da investigadora eborense Ana Paula Fitas, que durante dois anos viveu em Olivença, tendo-se doutorado no passado dia 11 de Março, na Universidade Nova de Lisboa, com uma tese inédita sobre a questão oliventina.

«O Estado português nunca procedeu com a veemência e a contundência necessárias para exigir a restituição do território de Olivença, sacrificando-o sempre a subjectivos e estranhos critérios de definição do conceito de interesse nacional», afirma Ana Paula Fitas na sua tese de doutoramento, que recebeu do júri a classificação máxima de «Muito Bom, com distinção e louvor».

A investigadora considera que Portugal perdeu uma oportunidade única de colocar o assunto como prioritário na sua agenda diplomática, quando, em 2001, se abriu um contencioso com Espanha a propósito da reconstrução da velha ponte da Ajuda. E recorda que em 8 de Junho desse mesmo ano deu entrada na Assembleia da República uma petição subscrita por 5049 cidadãos nacionais que solicitavam, entre outros aspectos, que o ministro dos Negócios Estrangeiros se deslocasse a S. Bento para, em sessão plenária, explicar a posição do Governo português sobre a questão de Olivença.

Mecanismos dilatórios da mais diversa ordem nunca permitiram que tal se viesse a concretizar.

«Será que o Estado português considera que Espanha adquiriu o território de Olivença por 'usocapião' e tenciona protelar indefinidamente uma tomada de posição pública só para não incorrer no desagrado de Madrid?», interroga-se a investigadora que entende que qualquer acordo entre os dois países é preferível à atitude de ignorar a existência deste problema de direito internacional, com cerca de dois séculos de existência, e se reporta à delimitação de fronteiras entre os dois países.

Em contraste com a indiferença e o conformismo nacionais, Ana Paula Fitas refere ainda as reacções espanholas ao relatório da agência americana CIA, em 2003, que apontava a questão oliventina como um dos potenciais focos de conflito regionais na Europa. E revela um facto praticamente desconhecido no nosso país: a expulsão de militante do PSOE do embaixador Máximo Cajal, na sequência da publicação, nesse mesmo ano, da sua obra Ceuta, Melilla, Olivenza y Gibraltar - Dónde acaba España? No livro, o diplomata questionava a legitimidade da soberania espanhola sobre aqueles territórios. Foi por isso afastado, por se haver considerado que se tratava de uma tomada de posição pública «politicamente incorrecta», capaz de pôr em causa a unidade da Espanha.

RESISTIR A ESPANHA.

O trabalho de Ana Paula Fitas foi realizado no âmbito da especialidade da cultura portuguesa e intitula-se «Continuidade Cultural e Mudança Social - Um estudo etnológico comparado entre Juromenha e Olivença». Para o elaborar viveu dois anos na região, tendo utilizado o método antropológico participante, o que proporcionou um contacto muito directo e profundo com a população e com as instituições locais. Tal facto leva-a à formulação de nova censura a Portugal: «Não há nem nunca houve qualquer política de salvaguarda do património cultural e etnológico português, lesando-se assim a população oliventina na preservação da sua memória histórica e deixando-se que as marcas da sua singularidade regional, das quais tanto se orgulha, acabem por desaparecer».

Para esta especialista em Estudos Portugueses, o convívio com a população - composta por cerca de dez mil pessoas - permitiu-lhe perceber a forma de construção da sua actual identidade. «Ela é portuguesa, do ponto de vistahistórico; oliventina (singular), na perspectiva cultural; e politicamente espanhola no contexto regional», esclarece, para acrescentar depois que «a tentativa de castelhanização das suas gentes e do seu modo de vida ainda não se impôs».

Até à instauração da democracia espanhola, os oliventinos foram perseguidos e discriminados socialmente, tendo pago a factura da sua origem portuguesa.

Hoje, como os alentejanos, vivem essencialmente da agricultura. Há trinta anos eram tão pobres quanto os de Juromenha. Mas, com a criação das comunidades autónomas, acabaram por dar o salto em frente, muito devendo ao alcaide Ramón Rocha, que os integrou de pleno direito na região da Extremadura.

Na opinião de Ana Paula Fitas, as gentes de Olivença sempre resistiram à mudança social orientada segundo os paradigmas sociais, políticos e ideológicos do Estado espanhol, a partir do final da administração portuguesa. «Isto é particularmente evidente na continuidade cultural portuguesa que se manifesta em grande parte das suas representações sociais», elucida. Por isso avança com a afirmação de que Olivença é ainda hoje «uma realidade luso-espanhola».

Ana Paula Fitas conclui que, se «não houver uma intervenção cultural portuguesa no território, os oliventinos estão expostos à adesão a práticas e símbolos homogeneizantes que debilitarão as suas reservas de resistência cultural».

Fonte: http://castelodevide.blogspot.com/2005_ ... chive.html
 

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Jose M.

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« Responder #1113 em: Outubro 24, 2006, 12:03:26 am »
Senhor Pereira Marques: parabens, bon trabalho.

   Permitame que siga en español, Es un trabajo muy serio el que usted presenta. ¿Hay datos sobre Taliga y el resto de poblaciones concernidas en la cuestión de Olivenza?.

    Cumprimentos.
 

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rexluso

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« Responder #1114 em: Outubro 31, 2006, 02:53:48 pm »
Li varios comentarios (criticas) de alguns espanhois sobre o auxilio luso a britanicos no sec XIX. So para informacao, Portugal e o Reino Unido tem a mais antiga alianca diplomatica do mundo (1373, continua hoje em vigor). Convido-vos a pesquisar Alianca Luso-Britanica. Cumprimentos Lusos.
 

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C. E. Borges

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« Responder #1115 em: Novembro 09, 2006, 01:51:43 pm »
«Os oliventinos preferem as férias em Portugal, falam português como segunda língua e rejeitam ser vistos como castelhanos. Mas não querem abandonar Espanha».

Não está tudo dito ?
Isto até parece o paradigma da «foedus pacificum» (federação da paz ...) de Kant ...
 

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Jose M.

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« Responder #1116 em: Novembro 09, 2006, 03:49:40 pm »
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«Os oliventinos preferem as férias em Portugal, falam português como segunda língua e rejeitam ser vistos como castelhanos. Mas não querem abandonar Espanha».


Caro Borges, os extremeños somos extremeños, nao castelhanos. Ainda leoneses pela historia... mas castelhanos NAO (com todo o meu respeito aos castelhanos e a minha estima)

Cumprimentos
 

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Jose M.

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« Responder #1117 em: Novembro 09, 2006, 03:54:40 pm »
Uma curiosidade a voltas com as lenguas de Extremadura: olhem no google a palavra FALA e os povos de San Martin, Eljas e Valverde. Don Manuel Liste, vigués de pro, seguro que usted ha oído hablar últimamente de esto.

Saludos cordiales, cumprimentos
 

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manuel liste

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« Responder #1118 em: Novembro 09, 2006, 04:23:19 pm »
Citação de: "Jose M."
Uma curiosidade a voltas com as lenguas de Extremadura: olhem no google a palavra FALA e os povos de San Martin, Eljas e Valverde. Don Manuel Liste, vigués de pro, seguro que usted ha oído hablar últimamente de esto.

Saludos cordiales, cumprimentos


Las lenguas de Extremadura no son mi problema. Dudo que esa fala sea realmente gallego, pero en todo caso son los extremeños quienes deben ocuparse de ella, y no los nacionatontos gallegos.

Cumprimentos, o así  :wink:
 

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C. E. Borges

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« Responder #1119 em: Novembro 13, 2006, 04:14:33 pm »
«Vamos aprendendo, pelo método de ir aprendendo»
(Prof. Adriano Moreira)

http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/tag/lusofonia
 

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Doctor Z

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« Responder #1120 em: Novembro 14, 2006, 09:30:49 am »
Parece que mais uma vez estamos a desviar do assunto do tópico ...

PS : A que salientar que este colóquios desde 2002 tem sido realizados em
Bragança !
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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Doctor Z

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« Responder #1121 em: Novembro 16, 2006, 09:45:12 am »
Olá a todos,

Acho que o assunto de Olivença está esquecido/adormecido porque, além
de ser pouco divulgado, pouco se faz para dar a conhecer ao público este
litígio.

Podemos recordar-nos da acção do fórum Olivença que faz no verão de
2005 : um avião passando nas praias como uma faixa a indicar que
Olivença é Portugal. Desde então, houve poucas (ou nenhumas) acções
feitas em prol de Olivença.

Reparem que aquela petição que foi para a assembleia da republica ficou
em águas de bacalhau ...

Penso que seria bom desfilar com cartazes a indicar que Olivença é
Portugal para acordar o governo e a comunicação social ou outras acções,
como por exemplo vender camisolas para recordar a causa oliventina ...

O que acham ?
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

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Luso

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« Responder #1122 em: Novembro 16, 2006, 12:00:41 pm »
Uma obra do artista oliventino José António Gonzalez Carrillo, com o título “SAUDADE” (agradecimentos ao Orlando Braga).

"Olivença é um Cemitério de Portugal"

http://www.youtube.com/v/0eHGTclAlyE
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Jose M.

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« Responder #1123 em: Novembro 19, 2006, 12:07:31 pm »
Num site espahol li que o Pinheiro de Azevedo quis cercar Olivenza com comandos ( http://www.hernandezrabal.com/espana/ex ... ivenza.htm ) mas no site dos Amigos de Olivença estao a dizer:

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1981 - El Almirante Pinheiro de Azevedo asume la dirección del "Grupo dos Amigos de Olivenza".
        Este ex-Primer Ministro portugués elabora un plan de ocupación pacífica de Olivenza, que no se puede llevar a cabo por la falta de colaboración de las autoridades y por indiferencia de la opinión pública portuguesa.  
        Para divulgar este proyecto, el Almirante publica un libro sobre el problema de Olivenza y visita esta ciudad.
        Su viaje a Olivenza provoca un ambiente de gran tensión, y España moviliza un enorme contingente de la Guardia Civil para prevenir complicaciones.


  Quem tem mais informaçao deste assunto?

  Obrigado.

( Aviso.- é só curiosidade, e os minhos pais e avos nao tenhen culpa de eu ser curioso  :roll: )
 

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Doctor Z

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« Responder #1124 em: Novembro 20, 2006, 11:20:55 am »
Também já ouvi falar disso. Vou ver se encontro mais informação.
Blog Olivença é Portugal
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és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

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