Não negando os dois primeiros ( que são factos nos regimes estalinistas e que seguem a dita ideologia, e fascistas, embora à mercê do fator humano ( a morte ou a debilitação psicológica e/ou física do líder) ), são, os restantes discutíveis.
Primeiro, a polícia política. Hoje, e nos regimes que não se enquadram nos dois lados em anos anteriores ao de hoje, encontra-se uma verdadeira polícia política dissimulada e cujo o nome não é, obviamente esse. Os Estados Unidos, por exemplo, é o exemplo de uma nação que mesmo não mantendo (que seja conhecida) uma "polícia" política interna, de facto mantém uma polícia política que opera no exterior do país cujas ações visam a manutenção da soberania. No entanto, os EUA usam e abusam desse poder dado aos próprios em nome da "defesa nacional". Isto é, os casos de tortura são uma forma de "calar" outros com ideologias políticas diferentes e/ou mesmo que sejam de cultura diferente (denote-se que o fascismo é conhecido também pelo etnocentrismo) sem lhes dar o direito de recorrer a tribunal. Os exemplos de violação dos direitos do Homem pelos EUA nesta vertente (como outros países fazem...) podem ser considerados exemplos do recorrer à polícia política cuja visão é a proteção ideológica dos EUA e para isso ultrapassar as barreiras judiciais. As escutas em massa por parte da NSA e da CIA (que podem ser ambas consideradas) é uma ferramenta cujo resultado é o conhecimento de quem está contra e, dessa forma, proceder ao que eles querem e podem fazer.
Na parte dos campos de concentração, não sei se se poderá discutir, sequer, o tema. A Inglaterra teve campos de trabalho durante a Segunda Grande Guerra, tal como os EUA tiveram. E de certeza que se poderão encontrar mais exemplos.
No terceiro, eliminação dos adversários e dos inimigos do regime, a conversa é a mesma que no primeiro. Os estados, mesmo aqueles que não são comunistas ou fascistas, praticam esses atos em nome da defesa nacional. Exemplo: O regime atual em Portugal é de democracia, é uma república. Caso para cá aparecessem uns quantos armados e a ameaçar a integridade nacional, eu tenho total confiança de que o poder em Portugal iria responder violentamente e de forma segura, pondo fim à ameaça.
Nunca ninguém tem poder absoluto sobre as pessoas. É impossível ter. De qualquer forma, nos regimes aqui discutidos, o poder absoluto é aquele em que uma única pessoa tem poder judicial, militar, etc etc... Sim, sim, ambos os regimes são exemplos disso. Mas, por "cá", pelos "países desenvolvidos", adaptou-se a ideologia do soft power.
Agora, o que é que eu quero dizer com isto: Se formos comparar os dois regimes por estes termos, então iríamos automaticamente encontrar parcelas semelhantes a regimes que são "bons". E desta forma, não se podem comparar dois regimes por estes termos.
Mesmo assim, é possível argumentar que ambos causaram a morte a uma enormidade de pessoas - e ainda o fazem -, mas, mais uma vez, não é isso que os iguala.