Indústria Têxtil

  • 17 Respostas
  • 13515 Visualizações
*

pedrojoao

  • 13
  • +0/-0
Re: Indústria Têxtil
« Responder #15 em: Outubro 08, 2010, 12:07:37 pm »
Sim, e para mais se há hipótese de resolver a questão do PDM..claro que a questão da urbanização e ordenação do território é importante, nada contra mas numa época em que é tão necessário manter e apoiar as empresas que ainda não fecharam, acho que as prioridades têm que ser bem delineadas e vários factores têm que ser a elas subjacentes e não superiores em importância.
Um acto desses, embora seja um descato à Lei é de certa forma um acto de coragem e de mostrar que uma lei geral não conhece as particularidades de cada caso.
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2620
  • Recebeu: 715 vez(es)
  • Enviou: 500 vez(es)
  • +873/-833
Re: Indústria Têxtil
« Responder #16 em: Outubro 16, 2024, 09:31:49 pm »
Falência da têxtil Coelima "faz a cama" aos bancos com perdas de 12,5 milhões
(16 de Outubro de 2024)
Citação de: António Larguesa, Alberto Teixeira / ECO
Rateio final mostra Caixa com maior valor em dívida após insolvência da histórica empresa de têxteis-lar de Guimarães. Estado fica também a "arder" através da Portugal Ventures e do Banco de Fomento.

Os credores da falida empresa de têxteis-lar Coelima preparam-se para receber 3,5 milhões da massa insolvente, de acordo com a proposta de rateio final que o administrador judicial Pedro Pidwell entregou esta semana no tribunal de Guimarães, consultada pelo ECO.

Apesar de receberem a "fatia de leão", perto de 2,1 milhões de euros, este dinheiro cobrirá apenas 14,6% dos créditos garantidos do BCP, da Caixa Geral de Depósitos e do Novobanco sobre a histórica empresa vimaranense, fundada em 1922, que entrou em insolvência há mais de três anos. Ficarão por saldar 12,5 milhões.

Reclamando um crédito de 7,6 milhões de euros, o banco público terá direito a um pagamento de 1,1 milhões de euros, ficando ainda assim um valor em dívida de 6,5 milhões depois deste rateio. O administrador de insolvência propôs pagamentos de 702 mil euros ao BCP e de 333 mil euros ao Novobanco. Os dois bancos privados ficam a haver 4,1 milhões e 1,95 milhões dos créditos garantidos, respectivamente.

A distribuição prevê o pagamento da totalidade dos créditos dos trabalhadores, directamente ou através do Fundo de Garantia Salarial, num valor que ascende a 58,8 mil euros. Entre crédito garantido e privilegiado, o Instituto da Segurança Social receberá um montante próximo de 350 mil euros.

Relativamente aos créditos garantidos por penhor a cinco sociedades estatais, num total de quase 2,5 milhões de euros, a distribuição proposta pelo administrador judicial entrega 194 mil euros. As mais expostas são a Portugal Ventures, que fica a "arder" acima de um milhão de euros neste processo, o Banco de Fomento (742 mil euros) e a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (273 mil euros).

Finalmente, a quantia a ratear pelos credores comuns (e credores garantidos / privilegiados pela parte não satisfeita pelas garantias), entre os quais se encontram a EDP Comercial, a segura de crédito COSEC – entretanto comprada pela Allianz Trade -, a sociedade de advogados Cuatrecasas ou o Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE) fica pelos 715 mil euros, quando o valor que lhes foi reconhecido totalizava 30,5 milhões.

No âmbito do processo de insolvência, a centenária Coelima, que chegou a ser um colosso industrial com 3.500 trabalhadores e que à data da falência tinha apenas cerca de 250, acabou em Junho de 2021 por ser vendida à Mabera, grupo têxtil do concelho vizinho de Vila Nova de Famalicão, por pouco mais de 3,7 milhões de euros. Um valor claramente insuficiente para satisfazer todos os credores, numa lista com perto de 500 entidades a reclamar créditos na ordem dos 50 milhões.

[continua]
Fonte: https://eco.sapo.pt/2024/10/16/falida-textil-coelima-faz-a-cama-aos-bancos-com-perdas-de-125-milhoes/

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

Malagueta

  • Analista
  • ***
  • 834
  • Recebeu: 310 vez(es)
  • Enviou: 386 vez(es)
  • +185/-152
Re: Indústria Têxtil
« Responder #17 em: Hoje às 10:09:06 am »
https://eco.sapo.pt/2025/11/25/grupo-de-guimaraes-vai-adaptar-fabrica-para-produzir-botas-para-militares/

Grupo de Guimarães vai adaptar fábrica para produzir botas para militares

Com uma produção de 900 mil pares de calçado técnico por ano, a AMF Safety Shoes vai apostar na produção de botas para militares no próximo ano. Na mira, está também o mercado europeu.

AAMF Safety Shoes, empresa de calçado técnico com sede em Guimarães, vai adaptar as linhas de produção para começar a produzir botas para militares. O investimento não foi revelado, mas a produção deve arrancar no segundo trimestre do próximo ano. Na mira, está também o mercado europeu.

O investimento na linha de produção irá resultar na entrada em funcionamento de “duas linhas diferenciadoras, uma com inovação e outra mais tradicional”, adianta Albano Fernandes, CEO da AMF Safety Shoes, ao ECO/eRadar.


O gestor não adianta o valor deste investimento, mas frisa que tem também como ambição ir além fronteiras com este produto. O objetivo passa por “trabalhar para o mercado europeu e não apenas o nacional”, garante.

referindo nesta fase não adiantar muitos detalhes sobre o projeto, o líder da empresa assegura que as botas serão inovadoras. “Queremos criar alguma inovação para também diferenciar-nos”, afirma Albano Fernandes, destacando que o “calçado militar pode ter soluções diferentes, com muito mais resistência“.

ste futuro investimento marca a entrada da AMF Safety Shoes num novo segmento, o militar, numa altura que na Europa e nos países membro da União Europeia há um foco no reforço dos orçamentos de defesa. No setor de Segurança, a empresa de calçado técnico já produz botas para a polícia municipal de Portugal, Espanha e Marrocos desde 2017. No total são cerca de 50 mil pares por ano.

Fundado em 1999, globalmente, a AMF produz 900 mil pares e exporta atualmente 90% da sua produção de equipamentos de proteção individual, maioritariamente para a Europa, nomeadamente Alemanha e Benelux.

No ano passado, a empresa, que emprega 220 pessoas, faturou 22 milhões de euros e este ano a previsão é fechar o ano com 24 milhões, adianta o CEO.