Deixo ca algunas curiosidades de esta vila raiana.
http://www.galeon.com/lenguasdeextremad ... quenho.htmEn el verano de 1998 entró en vigor una ley del Parlamento portugués que prohibía Os Touros da morte, corridas de toros a la española, una costumbre de siglos en la villa de Barrancos. José Frota recogió un testimonio de un pueblo enojado ante la pérdida de una tradición. Se vislumbra el carácter fronterizo con España, en constante relación con los pueblos limítrofes de las provincias de Badajoz y Huelva:
«No somos portugueses, ni españoles, sino barranqueños»
"As conversas entre os habitantes faziam-se em dialecto local ou em espanhol. O barranquenho é uma mescla de português e espanhol, com muitos vocábulos caídos em desuso e pronunciados com sotaque alentejano ou andaluz. Difícil de entender - como o é também, de facto, um povo com características culturais singulares, que em casos desta natureza defende o primado da prática consuetudinária em relação às leis do Estado. Não é por acaso que desde tempos imemoriais o povo afirma: «Não somos portugueses, nem espanhóis, mas barranquenhos.
"En las conversaciones entre los habitantes se hacían en dialecto local o español. El barranqueño es una mezcla de portugués y español, con muchos vocablos caídos en desuso e pronunciados con acento alentejano o andaluz. Difícil de entender, -como lo es también de hecho, un pueblo con características culturales singulares, que en casos de esta naturaleza defiende la primacía de la práctica consuetudinaria en relación a las leyes del Estado. No es por casualidad que desde tiempos inmemoriales el pueblo afirnma: «No somos portugueses ni españoles, sino
«Tengo mucha pena, pero no todos pueden ser de Barrancos»
E é com orgulho que defendem este tipo de independência. Na parede de um café junto à praça, o proprietário instalou um cartaz onde se pode ler: «Tenho muito pena, mas nem todos podem ser de Barrancos».
Y es que con orgullo defienden este tipo de independencia. En la pared de un café junto a la plaza, el propietario colocó un letrero donde se puede leer: «Tengo mucha pena, pero no todos pueden ser de Barrancos»
José Frota, A revolta de Barrancos, Expreso, 25-08-1998.
Traducción João Afonso De Vidigueira
Cuento popular en Barranqueño
[La aspiración de la "s" implosiva, grafía del texto "h", (ehta, ehtebi) y final de sílaba (irmõih, maih, acelgah), el paso de -e a -i en final de palabra (seti, dianti) se documentan también en las hablas del altoextremeño vivo]
A menina e a moura
Erão seti irmõih e uma irmã. Oh irmõih sê forom a corrê o mundo, e a ficarom a ela sozinha.
Ela um dia foi a labá a um barranco ali perto; sê tirô a tôca que lebaba, e beio uma águia e se lha lebô. Ela saiu correndo detráh da águia dizendo:
- Águia, dá-mi a minha toquinha!
E a águia lhê dizia:
- Anda maih para dianti, que ondi ehtão oh teuh irmõih ta dô.
A águia foi e dexô caí a tôca encima duma choça, e a rapariga quando chegô lá, abriu a porta, entrô e se dexô ehtá ali até que bierom oh irmõih.
Elih nunca maih quiserom que ela se fossi embora, para quê ficassi ali tratando delih.
Doih ó trêh diah depoih a menina foi a buhcá acelgah, e se encontrô uma belha que lê disse:
- Nã baia tão longi, dexa que eu lebo aqui e tê dô.
À noiti quando bierom oh irmõih ehtiberom jantando, mah ela nã tinha bontadi, e não comeu. Ao otro dia quando sê lebantô ehtabam oh irmõih fêtoh em boi, e nã tebi maih remédio que leba-loh a comê pelo campo.
Passadoh doih ó trêh dia passô por um caminho dondi a biu o filho do rei, e lhe perguntô porque ehtaba ela ali, e ela le ehtebi contando o que lhe passaba. O príncipi então lhe disse que se dexassi ehtá ali subida numa árbori, que eli ía a lebá oh boih e boltaba a buhcá-la.
Debaxo da árbori ehtaba uma fonti ondi ela bia a sombra dela, e beio uma belha a buhcá água e ao bê a sombra disse:
Quem é tã guapa e tã formosa...
que bem por água aqui à fonti!
Partiu o cântaro e se foi a casa. Assim beio doih ó trêh diah, até que trôxe um de lata. E ehti já não era capaz de parti-lo; e tanto golpih le deu que a rapariga se riu.
A belha ao bê-la lhe disse:
- Que fazih aí subida?
E a rapariga lê ehtebi contando que ehtaba ehperando o principi. E a belha lhe disse:
- Baxa-te que tê pentêo para que tejah maih guapa quando eli benha!
A rapariga se feh caso, e quando a taba pentiando lê tanchô um alfineti na cabeça; se feh numa pomba e se foi boando; e depoih a belha se subiu encima da árbori e ehperô o príncipi.
Quando ehti beio e a biu, lê disse:
- Tã guapa que te dêxê e tã fêa que te tenh pohto!
E ela le rehpondeu:
Boçê tanto se tem tardado,
que o sol me tem torrado!
O príncipi então sa lebô, e se casô com ela.
Logo, depoih dê algum tempo aparecia a pomba ao jardim e cantaba assim:
- Como bai o príncipi com sua rica Môra?
- Bem, senhora!
- E o menino canta ó chora?
- Canta, senhora.
- E eu por ehtih campoh só, e oh mêh pobrih irmanitoh acariando cá e terra para o campo da Môra!
O príncipi ao ôbi ihto tratô de colhê a pomba, mah eli armaba o laço e a belha o tiraba. Até quê um dia a colheu.
Eli a trataba muinto bem, só a belha é que a trataba má. E um dia o príncipi le ehtaba passando a mão pela cabeça à pomba, e ao senti um bulto puchô, e tirô o alfineti.
A rapariga se feh formosa o mehmo que era, e le ehtebi contando tudo.
Depoih matarom a belha e se cazarom e ali ficarom bibendo.