Extrema-direita: Mário Machado condenado a 4 anos e 10 meses

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Sertorio

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« Responder #60 em: Outubro 08, 2008, 08:00:32 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Parece que muita gente já não se lembra deste triste acontecimento…

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[do Público, 10 de Junho 2006]

Passam hoje onze anos sobre o assassinato de um português mulato, Alcino Monteiro, às mãos de um bando de racistas.

É hábito da imprensa descrever Alcino Monteiro como “cidadão cabo-verdiano”. Isto é incorrecto. Alcino Monteiro era cidadão português, por naturalização, com Bilhete de Identidade e até serviço militar feito nas Forças Armadas deste país. Outras vezes aparece descrito como “de origem cabo-verdiana”, e fica insinuado que foi esta a motivação do assassinato de que foi vítima. Mas não foi por ser “de origem cabo-verdiana” que mataram Alcino Monteiro: se ele fosse cabo-verdiano e branco não lhe teriam tocado. Alcino Monteiro era português e foi assassinado por outros portugueses que não gostavam da cor da sua pele.


Desde que Alcino Monteiro foi assassinado que a imprensa não consegue acertar num facto simples como este. Quando se esconde a motivação do crime por detrás de eufemismos como “origem cabo-verdiana” ou “cidadão cabo-verdiano”, não só a informação vai errada como se está a espoliar uma vítima da nacionalidade que ganhou com trabalho e esforço. É uma reviravolta com tons de injustiça. Cheguei a ver um artigo em que Alcino Monteiro era descrito como “cidadão cabo-verdiano” ser ilustrado pela foto de um dos seus documentos, onde se lia: “República Portuguesa – Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional”. Ou seja, Alcino Monteiro era tão português como, provavelmente, o jornalista que escrevia o artigo e que nem com o documento à frente dos olhos conseguia vencer a força do preconceito — se tem a pele escura — se tem sotaque — então não pode ser bem português.

Nesta semana apareceu na televisão um dos assassinos de Alcino Monteiro. Os tribunais provaram que no dia 10 de Junho de 1995 aquele homem, de seu nome Mário Machado, correu em bando pelo centro de Lisboa pondo em prática a definição do “crime de ódio” que alguns insistem que não existe: atacar, espancar e molestar exclusivamente negros e mulatos, deixando em paz os brancos.

Mário Machado diz que tem “orgulho em ser português”. Mas, ao contrário de Alcino Monteiro, não fez o menor esforço para tal. Diz que tem “orgulho em ser branco”. Tal como Alcino, Mário não tem a menor responsabilidade na sua cor de pele; isso não impediu Mário e outros de espancar Alcino até à morte.

Há quem diga que Mário Machado é apenas dono de uma enorme estupidez. É muito difícil contrariar tal conclusão quando o próprio mostra à TV uma arma que, com o seu cadastro, não pode possuir, diz que tem licença de caça mas que tenciona usá-la nas ruas, e depois explica que a arma, que sempre refere como sendo sua, está em nome da mulher. Até o mais sonolento dos juízes desmonta esta fraude mal amanhada.
Na reportagem, um dos seus comparsas define ainda melhor a coisa: “há gajos que sabem cantar”, afirma, “eu não sei cantar, só sei andar à porrada”. Quando não se sabe nada de nada, resta o racismo.

Conceda-se, no entanto, que a estupidez do racista não é uma estupidez qualquer. É uma estupidez monumental: tem escadaria e dez quartos-de-banho, dá muito trabalho a manter. Qualquer distracção e poderia ficar-se mais inteligente. Logo, há que estar sempre alerta: a estupidez tem de ser mantida a todo o custo, isolada e protegida pela estupidez de outros iguais a ele. Para isso é preciso, até, uma certa dose de esperteza: para esconder ou mostrar as tatuagens da suástica no momento certo, para aproveitar a TV esperando que outros cometam os crimes por ele, para fundar pseudo-partidos com organizações para-militares escondidas, para contar com a complacência da sociedade.

Hoje é ainda data de outro aniversário. Dez anos depois do assassinato de Alcino Monteiro, a mesma imprensa que ainda não conseguiu acertar na nacionalidade da vítima, e que usa de eufemismos para falar da motivação do crime, foi rapidíssima a noticiar um arrastão que não aconteceu. Aí, a cor da pele estava já por todo o lado, até onde o seu valor como informação era igual a zero. Num debate organizado anteontem sobre este assunto (ver Público, secção Media, de ontem) o director de informação da Lusa contou que as imagens de Carcavelos foram recebidas nas redacções “com muita euforia” e noticiadas de imediato, sem confirmação, apesar de “apenas com muita imaginação se poder ver ali um arrastão”. Estas notícias deram uma oportunidade de ouro aos racistas como Mário Machado para saírem da toca, passados dez anos, e organizarem pela primeira vez manifestações que ainda um dia vão acabar mal. Nas palavras de Joaquim Fidalgo, moderador do debate, “os jornalistas erraram e não pediram desculpa”.

São, na verdade, muito densos e contraditórios os sentidos acumulados sobre o 10 de Junho, desde que começou a ser comemorado como data da morte de Luís de Camões. Dá que pensar, mas é melhor que os nossos racistas não se metam nisso. Camões é um símbolo do amor à pátria que só poderia deixá-los humilhados. Afinal, é um desses gajos que “sabia cantar”: era culto e viajado, gostava de poesia e sabia escrevê-la como ninguém, tinha tudo o que eles não têm. Se as crónicas não erram, morreu há exactamente 426 anos. Velado pelo seu mais fiel amigo, o único capaz de o acompanhar literalmente desde o outro lado do mundo, e a quem chamavam Jau, talvez por ser da ilha de Java. Era um estrangeiro e imigrante, portanto, o melhor amigo de Camões. E uma coisa é certa — não era branco.

Atenção que a pena de prisão que o Mario Machado cumpriu anteriormente não tem absolutamente nada a ver com o homicidio de Alcino Monteiro. Houve uma pessoa que foi condenada por esse homicidio mas essa pessoa não foi o Mario Machado, que foi condenado mas por envolvimento em desacatos ocorridos nessa noite,  a uma distancia relativamente grande do local onde morreu Alcino Monteiro, onde Mario Machado nem sequer estava quando  isso sucedeu. De facto a imprensa procura frequentemente transmitir a ideia de que Mario Machado foi condenado pelo homicidio de Alcino Monteiro, mas isso não corresponde à verdade. Não foi condenado por isso.
Está aqui o ACORDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, relativo ao caso de Alcindo Monteiro.
Os arguidos desse processo estão identificados no acordão por letras associadas à data de nascimento de cada um deles. Para conseguir identificar a letra corrrespondente a Mario Machado, e esclarecer definitivamente o motivo exacto da anterior condenação de Mário Machado, é só ler o perfil dele no Blog que foi mantendo, até deixar definitivamente de o actualizar em Junho de 2006. Aliás este blog tambem foi um dos motivos pelos quais foi condenado.

http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/dd1cc4e3936ccd49802568fc003b7da0?OpenDocument
http://homemlobo.blogspot.com/
 

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Luso

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« Responder #61 em: Outubro 08, 2008, 10:16:34 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
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[do Público, 10 de Junho 2006]

São, na verdade, muito densos e contraditórios os sentidos acumulados sobre o 10 de Junho, desde que começou a ser comemorado como data da morte de Luís de Camões. Dá que pensar, mas é melhor que os nossos racistas não se metam nisso. Camões é um símbolo do amor à pátria que só poderia deixá-los humilhados. Afinal, é um desses gajos que “sabia cantar”: era culto e viajado, gostava de poesia e sabia escrevê-la como ninguém, tinha tudo o que eles não têm. Se as crónicas não erram, morreu há exactamente 426 anos. Velado pelo seu mais fiel amigo, o único capaz de o acompanhar literalmente desde o outro lado do mundo, e a quem chamavam Jau, talvez por ser da ilha de Java. Era um estrangeiro e imigrante, portanto, o melhor amigo de Camões. E uma coisa é certa — não era branco.


Em jeito de à parte, não resisto a registar a ironia - trágica - do impacto da ideologia canhota, que se serve da subversão para minar a cultura de um povo.

Nós, portugueses, que cometendo as nossas faltas ao longo de séculos, iniciámos - ou recuperámos da tradição romana - a convivência de culturas, fomos destruidos pelo argumento factualmente racista que sustentou o abandono dos territórios ultramarinos para as populações maioritáriamente indígenas racialmente homogéneas.
É essa mesma ideologia que agora nos vende - mas só aos brancos - o "seu" multiculturalismo.
Para esta gente, o dito e seu contrário tem o mesmo valor, consoante o objectivo a alcançar para subverter a ordem que renegam.
Uma trupe que relativiza a verdade ou valores só pode ser vista como maléfica, perniciosa, cancerígena.
E deve ser combatida por todos os meios, a bem da civilização.

Que as injustíças que inegávelmente se comentem sejam resolvidas nos tribunais e não se utilizem como argumento político.

Agora para ti, JLRC:  - caraças, pá!
Tu usas a Cruz de Cristo como avatar, defendes a Marinha e - não dúvido - Portugal. Como é que podes dizer-te comuna?
Acho bem que lutes contra as injustiças (que eu também) mas não te mistures. Não renegues o teu país. Não podes ser uma coisa e a sua negação ao mesmo tempo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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« Responder #62 em: Outubro 10, 2008, 08:12:55 am »
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recuperámos da tradição romana - a convivência de culturas


Caro Luso,

Informa-te melhor acerca do que era a "convivência" por exemplo em Angola já lá para os idos de 60 e depois a gente conversa :wink:^... e não falo da guerra em si, mas do comportamento dos "colonos" em relação aos "indigenas"...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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lazaro

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« Responder #63 em: Outubro 10, 2008, 07:10:31 pm »
Citação de: "Edu"

Um dia destes veremos no nosso estado laico o Primeiro-Ministro português a dar uma mensagem destas na televisão.

http://uk.youtube.com/watch?v=eEAdxqq3ITU


Primeiro acho que esta mensagem devia ser filmada em Cabul de preferencia na auto-estrada que sai de Cabul para o Paquistão (Violet), podia ser que o PM Brown durasse menos do que um pavio de fósforo. Alguns de nós agradeciamos ...

Também gostaria de ouvir um discurso semelhante de importantes lideres Islâmicos acerca do Natal ou da Páscoa, ou algo a condenar os ataques suicidas realizados em nome dum aborto chamado "Jihad Islâmica".
 

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Luso

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« Responder #64 em: Outubro 10, 2008, 09:54:00 pm »
Citação de: "P44"
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recuperámos da tradição romana - a convivência de culturas

Caro Luso,

Informa-te melhor acerca do que era a "convivência" por exemplo em Angola já lá para os idos de 60 e depois a gente conversa :wink:^... e não falo da guerra em si, mas do comportamento dos "colonos" em relação aos "indigenas"...


O melhor seria ouvir isso desses indígenas e também dos caseiros e outros assalariados rurais da metrópole. Aqui, os pretos são de todas as cores.

O que dirão também muitos recibos verdes deste país abrilino...

Lazaro: que nojo! Como é possível que o Reino Unido tenha descido tão baixo?
Que hipócritas!
Oportunistas!
Falsos.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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komet

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« Responder #65 em: Outubro 10, 2008, 10:14:04 pm »
Baixaria? No Reino Unido?

Nahhh...

http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/ne ... 780948.ece

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A MUM of seven is being paid £170,000 a year in benefits so she can live in a £1.2million mansion.

....

"People pay hundreds of thousands for the privilege of living there.”

Mark Wallace, campaign director of the TaxPayers’ Alliance, said: “The system has gone seriously wrong when one family is costing taxpayers so much.

“The people running the welfare system seem to have forgotten money doesn’t grow on trees. This family could be helped without the need for such a huge bill.”


entretanto...


http://www.dailymail.co.uk/news/article ... -told.html



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No barbed wire...it might hurt the thieves, allotment holders told

A gardener who fenced off his allotment with barbed wire after being targeted by thieves has been ordered to take it down – in case intruders scratch themselves.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Miguel

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« Responder #66 em: Outubro 10, 2008, 10:15:01 pm »
Resumindo,

Ainda é proibido ser nacionalista em Portugal?

 :evil:
 

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TOMSK

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« Responder #67 em: Outubro 10, 2008, 11:36:32 pm »
Citação de: "Miguel"
Resumindo,

Ainda é proibido ser nacionalista em Portugal?

 :wink:
 

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Xô Valente

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« Responder #68 em: Outubro 10, 2008, 11:43:03 pm »
Mas infelizmente o nacionalismo é erroneamente associado ao racismo e à xenofobia. Nacionalismo é um ideal em que a pessoa tem amor ao seu país e põe os interesses da nação e dos compatriotas em primeiro lugar. E é proibido ser nacionalista, mas já não é proibido ser comunista ou socialista, ou social-democrata?
Cumprimentos.
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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lazaro

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« Responder #69 em: Outubro 11, 2008, 12:04:23 am »
Citação de: "Luso"
Citação de: "P44"
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recuperámos da tradição romana - a convivência de culturas

Caro Luso,

Informa-te melhor acerca do que era a "convivência" por exemplo em Angola já lá para os idos de 60 e depois a gente conversa :wink:^... e não falo da guerra em si, mas do comportamento dos "colonos" em relação aos "indigenas"...

O melhor seria ouvir isso desses indígenas e também dos caseiros e outros assalariados rurais da metrópole. Aqui, os pretos são de todas as cores.

O que dirão também muitos recibos verdes deste país abrilino...

Lazaro: que nojo! Como é possível que o Reino Unido tenha descido tão baixo?
Que hipócritas!
Oportunistas!
Falsos.


Ou não me falha a memória ou foi Afonso de Albuquerque que incentivou o matrimónio entre os seus nobres e as cachopas Indianas, corrijam-me se tal for o caso. Aliás aconselho uma saltada a Goa para perceber o que é uma cultura Euro (Luso)-Indiana que ainda hoje persiste, algo que os Bifes nunca conseguiram (pq de facto tb não queriam). Hoje no rádio ouvi uma indiana de Goa a cantar o Fado, em Hindi, acompanhada por Cítara! Parece que fará brevemente uns concertos em Portugal! ... Desculpem os racistas :lol:

Quanto aos Bifes. Por momentos pensei que fosse um sósia do Gordon Brown... Mas enfim ... afinal Portugal não tem o exclusivo da criação de vermes e de Himalaias de Pûs ... mas como disse um amigo meu no fim-de-semana passado: "Um dia tudo cai, só é pena eu já não estar cá para ver , ... nem os sacanas que começaram tudo isto!!".

Quanto a convivência de culturas parece que há algo a aprender com o novo rumo das novas politicas Holandesas relativamente a comunidades estrangeiras. Já deixaram de papar a coisa do respeito e culto pela identidade cultural de origem. Agora é: ou és ou aprendes a ser como nós ou então a porta de saida está sempre aberta ... à vontade!
 

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TOMSK

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« Responder #70 em: Outubro 11, 2008, 12:18:05 am »
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Ou não me falha a memória ou foi Afonso de Albuquerque que incentivou o matrimónio entre os seus nobres e as cachopas Indianas, corrijam-me se tal for o caso. Aliás aconselho uma saltada a Goa para perceber o que é uma cultura Euro (Luso)-Indiana que ainda hoje persiste, algo que os Bifes nunca conseguiram (pq de facto tb não queriam). Hoje no rádio ouvi uma indiana de Goa a cantar o Fado, em Hindi, acompanhada por Cítara! Parece que fará brevemente uns concertos em Portugal! ... Desculpem os racistas  


É verdade sim senhor, foi o Grande Afonso de Albuquerque  ys7x9
 

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Sertorio

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« Responder #71 em: Outubro 11, 2008, 01:24:07 am »
Citação de: "lazaro"
Quanto a convivência de culturas parece que há algo a aprender com o novo rumo das novas politicas Holandesas relativamente a comunidades estrangeiras. Já deixaram de papar a coisa do respeito e culto pela identidade cultural de origem. Agora é: ou és ou aprendes a ser como nós ou então a porta de saida está sempre aberta ... à vontade!

É capaz de já ser tarde de mais para a Holanda. Dentro de não muito tempo os holandeses verdadeiros estarão já em minoria na Holanda, e sendo a democracia o governo das maiorias....logo que estiverem em minoria, terão que se sujeitar, quer gostem quer não gostem, ao que a nova maioria populacional, no caso da Holanda uma maioria seguidora do islamismo, desejar. E logo que os holandeses verdadeiros fiquem em minoria na Holanda, é bom que não refilem muito sobre coisa nenhuma, porque é bem conhecida a forma como as minorias não muçulmanas consideradas problematicas são tratadas no mundo islamico.
 

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Chicken_Bone

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« Responder #72 em: Outubro 11, 2008, 10:30:45 am »
Ups...
ainda ha poucos dias s falou da prisao q construiu pa mandar os refugiados suspeitos d serem criminosos.

Police say Austrian rightist Haider dead at 58

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VIENNA, Austria - Austrian politician Joerg Haider, whose far-right rhetoric at times cast a negative light on the Alpine republic, has died in a car accident at age 58.
ADVERTISEMENT

Carinthian province police official Friedrich Hrast said the accident happened early Saturday in the south of the country when Haider's car veered off the road near the city of Klagenfurt and overturned while trying to overtake another car. He said Haider suffered severe injuries to his head and chest and was taken to a hospital where he was pronounced dead. Haider was alone in the car at the time of the accident.

Haider, who was born Jan. 26, 1950 in Upper Austria, was governor of the province of Carinthia and leader of the far-right Alliance for the Future of Austria at the time of his death.

"For us, it's like the end of the world," Haider's spokesman, Stefan Petzner, told the Austria Press Agency.

Austrian President Heinz Fischer described Haider's death as a "human tragedy."

In 1999, Haider received 27 percent of the vote in national elections as leader of the Freedom Party. The party's subsequent inclusion in the government led to months of European Union sanctions over Haider's statements, which were seen as anti-Semitic or sympathetic to Adolf Hitler's labor policies.

Haider had since significantly toned down his rhetoric. Over the summer, he staged a comeback in national politics and helped his Alliance for the Future of Austria significantly improve their standing in Sept. 28 national elections.

Haider and his supporters broke away from the Freedom Party in 2005 to form the new movement meant to reflect a turn toward relative moderation.

In particular, Haider wanted to distance himself from his rightist past, which included a comment in 1991 that the Third Reich had an "orderly employment policy" and a 1995 reference to concentration camps as "the punishment camps of National Socialism."

Haider, known for his charisma and intelligence, enjoyed tremendous popularity in Carinthia.

He is survived by a wife, two daughters and his mother, whose 90th birthday he and his family had planned to celebrate over the weekend.


http://news.yahoo.com/s/ap/20081011/ap_ ... r_accident
"Ask DNA"
 

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legionario

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« Responder #73 em: Outubro 11, 2008, 12:03:29 pm »
Citação de: "Miguel"
Resumindo,

Ainda é proibido ser nacionalista em Portugal?

 :evil:


Digamos que "parece mal" ser nacionalista em Portugal, mas na realidade os portugueses sao muito nacionalistas por natureza ...  o futebol até é uma excelente prova do fervor nacionalista dos tugas .
Mas este nacionalismo é mais comparado a bairrismo que outra coisa !... nada a ver com aqueles nacionalismos exaltados com "duces", "caudilhos"  e desfiles de camisas negras nas avenidas. Somos um povo demasiado individualista para embarcar nesse tipo de aventura colectiva.
"De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens"
António Ferreira Gomes, bispo
 

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SeaKaffir

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« Responder #74 em: Outubro 13, 2008, 12:41:02 am »
Citação de: "lazaro"
Citação de: "Edu"

Um dia destes veremos no nosso estado laico o Primeiro-Ministro português a dar uma mensagem destas na televisão.

http://uk.youtube.com/watch?v=eEAdxqq3ITU

Primeiro acho que esta mensagem devia ser filmada em Cabul de preferencia na auto-estrada que sai de Cabul para o Paquistão (Violet), podia ser que o PM Brown durasse menos do que um pavio de fósforo. Alguns de nós agradeciamos ...

Também gostaria de ouvir um discurso semelhante de importantes lideres Islâmicos acerca do Natal ou da Páscoa, ou algo a condenar os ataques suicidas realizados em nome dum aborto chamado "Jihad Islâmica".



É que para alguns  a Arábia é para os árabes, África é para os negros, a Ásia é para os asiáticos e a Europa é para todos.

Se não gostavam dos europeus na terra deles e fizeram guerra porque queriam a independência para que é agora vêm para cá?

Então foi para isto que os nossos antepassados deram a vida pela pátria?


Pois é a ganância não tem limites o futuro será um governo mundial governado pelas mesmas elites políticas e económicas de sempre, será a escravidão total.

Estas notícias não passam cá, já estão a fundir os mercados e os blocos de influência económicos depois de um presidente da União Europeia teremos um presidente transatlântico.

http://www.worldnetdaily.com/news/artic ... E_ID=59713

http://www.eurunion.org/partner/euusrelations/TEC.htm


Episódios curiosos da história de Portugal para quem esqueceu o que é ser português:


Em 1537 alguns marinheiros portugueses praticaram um crime, então classificado como um "grande gaffe diplomática". Em frente de Diu recebeu-se o Sultão Bahadur Xá a bordo de uma nau portuguesa.
As conversações diplomáticas deram para o torto e o Sultão e sua comitiva resolveram retirar-se zangados.
Alguns marinheiros portugueses, indisciplinados, dificultaram-lhes a entrada no batel, chegando ao ponto de dar com um remo, fortemente, na cabeça do Sultão, tendo este morrido afogado. A acção vergonhosa causou um grito de vingança desde os reinos mulçumanos do Golfo de Cambaia até ao Egipto e Constantinopla. A viúva do Sultão ofereceu toda a sua fortuna para financiar uma expedição punitiva contra os portugueses. A fortaleza de Diu estava a ser defendida por 600 portugueses, comandados por António da Silveira. O Sultão de Cambaia e o turco Suleimão Paxá reuniram as suas forças, conseguindo cercar Diu com 70 galés turcas um exército de terra de 23.000 homens. Tendo já feito prisioneiros alguns portugueses, enviou por um deles uma carta a António da Silveira.
Temos de saber que Suleimão Paxá não era tido em boa conta pelos portugueses. Tratava-se de um eunuco que, através de uma revolução palaciana, com o levantamento geral dos eunucos, conseguiu degolar a família real, usurpando o respectivo trono e poder.

Quanto António da Silveira recebeu a carta do turco, virou-se para os seus companheiros dizendo: «Vejamos o que diz o perro do capado!» e leua a carta em público. Suleimão Paxá prometia aos portugueses livre saída de pessoas e bens desde que fossem para a costa de Malabar e entregassem a fortaleza e as armas. Prometia esfolar todos vivos se não o fizessem e glorificava-se de ter reunido o maior exército em Cambaia, tendo muita gente que tomara Belgrado, Hungria e a ilha de Rodes. Perguntava mesmo a António da Silveira como se iria defender num "curral com tão pouco gado"!

António da Silveira mandou vir papel e Tinta e, estando todos presentes, enviou-lhe a seguinte resposta: «Muito honrado capitão Paxá, bem vi as palavras da tua carta. Se em Rodes tivessem estado os cavaleiros que estão aqui neste curral podes crer que não a terias tomado. Fica a saber que aqui estão portugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os portugueses aqui têm tomates e não temem quem os não tenha!»

Não se pode imaginar insulto maior! Narra-no Gaspar Correia que o capado, quando recebeu esta resposta, mandou logo matar alguns portugueses, feridos, que estavam na sua posse e começou um luta de gigantes. Durante mais de um mês António da Silveira fez-lhe frente, ficando os portugueses capazes de lutar reduzidos a menos de quarenta, mas causando tais baixas aos turcos que estes resolveram levantar o cerco a Diu e retirar-se

(Gaspar Correia: Cronica dos Feytos da Índica, vol. IV, p.34-36)


Trinta para cada Um

Garcia de Sá enviou, em 1519, uma nau comandada por Manuel Pacheco para impor aos Reis de Pacem e Achem o cumprimento do que estava estabelecido por cntrato. Quando faltou a água à grande nai portuguesa, foi enviado um batel para fazer o reabastecimento. A pequena embarcação era tripulada por cinco portugueses, António de Vera, do Porto, António Peçanha, de Alenquer, Francisco Gramaxo, João Almeida de Quintela e um barbeiro de bordo, sendo remada por escravos malaios.

Já longe da sua nau e perto de terra, foram surpreendidos por um capitão do Rei de Pacem, comandando três navios de 150 homens cada. Os mulçulmanos viram ali uma boa oportunidade para rapidamente alcançarem a glória de prender ou matar cinco portugueses! Reconhecendo os cinco o perigo em que estavam, e não o podendo evitar, resolveram então abordar o navio comandante, subindo para bordo aos gritos de "Santiago", com as suas espadas na mão direita e as adagas na esquerda. Os mouros, que estavam convencidos de que os cinco se entregariam sem resistência, não podendo contar com nenhum apoio dos seus escravos remadores (perante a óbvia superioridade muçulmana), ficaram perplexos com o calente combate que então se desenrolou.

Couberam trinta adversários mouros a cada um dos portugueses, que os atacaram com uma ferocidade de quem já se considera perdido, querendo ao menos levar consigo o maior número possível de adversários! Quando os mouros começaram a cair mortos e se ouviram os gritos dos decepados, feridos e moribundos, os outros, aterrorizados, atiraram-se ao mar. Perante esta demonstração de falta de coragem dos seus próprios homens, o capitão mouro virou-se com a sua cimitarra contra os seus soldados que saltavam para a água. O capitão envolveu-se em luta com os seus homens, que já não lhe obedeciam, acabando por cair também ao mar, onde ainda utilizou a sua cimitarra para dar cutiladas aos seus, até acabar por se afogar.

Os cinco portugueses ficaram donos do barco mouro, perante os olhos estupefactos das tripulações das outras duas embarcações. Estas, perdendo o seu capitão-geral, mostraram as popas, acabando por se irem embora sem dar mais luta. De certo não se tinham dado conta de que os nossos cinco, exaustos da luta e com muitas feridas cada um deles, acabaram por cair e até desmaiar. Os seus escravos remadores malaios vieram então a bordo para os ajudar; navegaram com o batel rebocado pela embarcação muçulmana conquistada, de volta, em direcção à nau. Tratados pelos médicos de bordo, tornaram-se os heróis do dia, facto também reconhecido pelo Reio de Pacem que, perante tal actuação de tão poucos, veio oferecer a paz e a satisfação de todos os danos, conforme o Vice-Rei lhe tinha proposto. A acção destes cinco impediu asssim grandes batalhas, com enormes perdas para ambas as partes.

(Manuel Faria e Sousa: Ásia Portuguesa, tomo I, part. III, cap. III, p. 189)



Quantos Ferimentos Aguenta um Português?

Durante os sangrentos combates na defesa da fortaleza de Diu, ficou um Fernão Penteado, natural da Covilhã, ferido na cabeça por uma "racha de pedra de bombarda" (uma bala de canhão rachou-lhe a cabeça). Chegando ao Mestre João, singular cirurgião de Diu (um dos cincos que saltaram para a brecha do muro após o rebentamento do baluarte - outro relato), deu-se conta que este já tinha uma longa fila de feridos graves para curar, ouvindo ao mesmo tempo os gritos de socorro de companheiros aflitos na defesa de um dos baluartes. Narra-nos então o cronista: «Correndo como pôde, se foi ao combate, não sendo parte a grande ferida para o estorvar, se envolveu na peleja, em a qual, como as feridas fossem baratas (não caras = fáceis de obter), houve prestes outra, isso mesmo na cabeça, assaz má, e assim premiado de duas se tornou ao cirurgião. O qual achou já muito mais ocupado e com grandes coisas diantes de si. Como a esta hora refrescassem os inimigos e apertassem os nossos, e por conseguinte os nossos com dobrado esforço e vigor lho defendessem, causou isto grande estrondo temeroso, profunda e triste consonância, a qual sentindo o dito Fernão Penteado, deixando o que cumpria à sua saúde e vida, com novos espíritos deu volta ao combate, como lugar que, ainda que fosse pouco sadio, podia em ele mlhor aquietar seu duro espírito e assim misturando com os companheiros, pelejando não como ferido de tais e tão grandes feridas, recebeu outra de um pique (lança) pelo braço direito, da qual encravado (impossibilitado), bem contra o que lhe seu desejo pedia, se veio curar de todas as três, dando sinal mui claro a todos de seu alento e valentia, das quais feridas aprouve a Deus dar-lhe saúde. Depois, indo em uma fusta, com temporal se perdeu, e ali fez seu fim!»

(Lopo de Sousa Coutinho: O Primeiro Cerco de Diu, cap. XVII).



Não Tendo Bala, Arrancou um Dente, Carregou o Mosquete e Disparou

É por vezes nos relatos de estrangeiros, que há muitos séculos se debruçam sobre a nossa história, que encontramos pormenores interessantes.

Narra-nos um padre holandês, Philippus Baldaeus, que acompanhou as armadas seiscentistas dos Países Baixos nas suas conquistas das praças portuguesas do índico, uma história curiosa que, entretanto, também já consegui descobrir num relato português.

Durante o primeiro cerco de Diu, encontrou-se um soldado português como único sobrevivente num dos baluartes que os turcos estavam a atacar, em ondas sucessivas. Tendo já gasto todas as balas (esferas de chumbo), mas possuindo ainda suficiente pólvora para mais um tiro, e na aflição de nada mais ter com que carregar a sua espigarda, resolveu um dos seus dentes! Carregou com ele a arma e disparou-a contra o adversário surpreso, que já o considerava sem munições!

Trata-se de um pequeno promenor numa grande batalha, que facilmente entra no esquecimento. O holandês, porém, adversário nosso um século depois, narra este facto com profunto respeito por um digno rival! As diferentes edições da sua obra (em holandês, alemão e inglês), não condizem em todos os pontos, notando-se cortes feitos pelos editores seiscentistas. Todas as edições, porém, mencionam o episódio, o que nos mostra que todos acharam suficientemente interessante para ser transmitido aos seus eleitores, o que muito honra este soldado português.

(Phillippus Baldeus: A Description of ye East India Coasts of Malabar and Coromandel, chap. X, p. 533 na edição inglesa (página 54 na edição alemã); Pedro de Mariz: Diálogos de Varia Historia, tomo II, diálogo quinto, p.18)