Navio de Bartolomeu Dias descoberto?

  • 36 Respostas
  • 17056 Visualizações
*

sierra002

  • Perito
  • **
  • 434
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #15 em: Maio 03, 2008, 11:51:17 am »
Si el navio era un barcos portugués en misión de estado y Portugal nunca renunció a sus derechos, el buque sigue siendo propiedad del estado portugues. No se si me esplico bien, pero esta es la tesis de España respecto al caso del "Cisne Negro" y el conflicto con la compañia Caza-Tesoro (más bien, piratas) Odissey.
http://es.noticias.yahoo.com/rtrs/20080 ... 7b872.html
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #16 em: Maio 03, 2008, 11:30:14 pm »
Citação de: "Luso"
 Aproveito a oportunidade para repetir: caso a História de Portugal e os seus tempos mais gloriosos sejam considerados importantes, há que passar à acção e dedicar fundos para a construção de um museu digno dedicado à Expansão (tema pouco dilecto aos esquerdelhos traumatizados pelo "colonialismo" em costas alheias) e logo com grande ênfase dado à arqueologia submarina.
Seria melhor isso que os investimentos feitos ou por fazer devido a rabiscos em Foz Coa, pelos vistos mais importantes para uma certa "intelectualidade" que os Descobrimentos.


Eu concordo com a construção desse museu mas não posso deixar de lamentar a forma pouco civilizada como se exprimiu. Não fica bem a si e muito menos a um moderador. Espanta-me que depois de escrever esta pérola "tema pouco dileto aos esquerdelhos traumatizados" se mostre ofendido se eu o classificar como pertencente "à direitalha bafienta e trauliteira". Entendeu-me seu pretenso nobre?
 

*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4217
  • Recebeu: 88 vez(es)
  • +74/-5
(sem assunto)
« Responder #17 em: Maio 04, 2008, 12:00:19 am »
Citação de: "Luso"
Lancero: tens razão, as minhas desculpas. Aquelas fotos da AP falaram mais alto. :wink:


Se estou bem a situar o local do achado (no Sul da Costa dos Diamantes), trata-se de uma zona conquistada ao mar (offshore) pelos prospectores de diamantes através de uma obra de engenharia

"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8711
  • Recebeu: 1858 vez(es)
  • Enviou: 816 vez(es)
  • +1078/-10468
(sem assunto)
« Responder #18 em: Maio 04, 2008, 12:19:30 pm »
Citação de: "JLRC"
Eu concordo com a construção desse museu mas não posso deixar de lamentar a forma pouco civilizada como se exprimiu. Não fica bem a si e muito menos a um moderador. Espanta-me que depois de escrever esta pérola "tema pouco dileto aos esquerdelhos traumatizados" se mostre ofendido se eu o classificar como pertencente "à direitalha bafienta e trauliteira". Entendeu-me seu pretenso nobre?


Tranquilo. Nunca o chamei de "esquerdelho traumatizado", mas apenas "o meu comuna favorito". Depois já lhe disse que não pretendo ser nobre de título, mas apenas de espírito. Julgo que esse objectivo deve ser de nós todos, não?

Continua-me a parecer que o JLRC é uma alma perdida no purgatório devido aos seus pecados comu... comuni... isso, porque me parece que até pode ser um português bem decente - lá no fundo! :wink:
E já agora era bom saber quem lançou fogo à "D. Fernando e Glória" mas desviamo-nos no tópico.

Já agora andam a fazer investigações para saber a origem de um navio encontrado na costa leste da Austrália. Parece ser do Séc. XVII (da Carreira Manila Acapulco) mas nunca se sabe. E está num pântano.

Isto é muito interessante.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

zocuni

  • Especialista
  • ****
  • 1055
  • Recebeu: 22 vez(es)
  • Enviou: 46 vez(es)
  • +30/-4
(sem assunto)
« Responder #19 em: Maio 04, 2008, 10:42:05 pm »
Citação de: "Luso"
há que passar à acção e dedicar fundos para a construção de um museu digno dedicado à Expansão


Tudo bem,

Julgava que isso existisse ou fosse apresentado no "Museu da Marinha".Penso ser o local e a entidade correcta.

Abraços,
zocuni
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8711
  • Recebeu: 1858 vez(es)
  • Enviou: 816 vez(es)
  • +1078/-10468
(sem assunto)
« Responder #20 em: Maio 04, 2008, 10:46:21 pm »
Citação de: "zocuni"
Citação de: "Luso"
há que passar à acção e dedicar fundos para a construção de um museu digno dedicado à Expansão

Tudo bem,

Julgava que isso existisse ou fosse apresentado no "Museu da Marinha".Penso ser o local e a entidade correcta.

Abraços,


Tem uma coisas, de facto, mas há tanto disperso: pelo museu militar, Museu Nacional de Arqueologia, etc...
E muito ainda por levantar do fundo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

zocuni

  • Especialista
  • ****
  • 1055
  • Recebeu: 22 vez(es)
  • Enviou: 46 vez(es)
  • +30/-4
(sem assunto)
« Responder #21 em: Maio 04, 2008, 11:07:01 pm »
Citação de: "Luso"
Tem uma coisas, de facto, mas há tanto disperso: pelo museu militar, Museu Nacional de Arqueologia, etc...
E muito ainda por levantar do fundo.


Além dos arquivos documentais que penso estarem na Torre do Tombo.Seria muito interessante,mas penso que iria virar uma tremenda feira das vaidades.

Abraços,
zocuni
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #22 em: Maio 05, 2008, 12:50:01 am »
Citação de: "Luso"

Tranquilo. Nunca o chamei de "esquerdelho traumatizado", mas apenas "o meu comuna favorito". Depois já lhe disse que não pretendo ser nobre de título, mas apenas de espírito. Julgo que esse objectivo deve ser de nós todos, não?


Eu sei que não se referia a mim mas lembro-me de uma vez, quando respondi a um post reacionário em que se falava da esquerdalha terem algumas virgens impolutas ficado muito ofendidas (coitaditas) por as classificar de direitalha rançosa e até o Luso botou prosa dizendo nomeadamente que ficava mal a um professor escrever aquelas coisas horripilantes, direitalha? Que horror!!! Pois é Luso, era em relação a isso que eu me referia.

Mas mudando de assunto ou melhor, retornando à questão do Museu, à uns anos, em conversa com alguns familiares, discutimos uma ideia minha que consistia em despejar os Ministérios do Terreiro do Paço e transformar o edifício num Museu Nacional congregando espólios espalhados por pequenos Museus (Arte Antiga, Arqueologia, etc.) e que poderia ser por exemplo o Museu do Paço Real (da Ribeira) e rebaptizar a Praça do Comércio como Terreiro do Paço, nome pelo qual ela é popularmente conhecida. Seria o nosso Louvre ou British Museam ou o castelhano Prado  :oops: . Por sinal, recentemente, o Prof. Ermano Saraiva propôs o mesmo no seu programa.
 

*

zocuni

  • Especialista
  • ****
  • 1055
  • Recebeu: 22 vez(es)
  • Enviou: 46 vez(es)
  • +30/-4
(sem assunto)
« Responder #23 em: Maio 05, 2008, 01:10:31 am »
Citação de: "JLRC"
Mas mudando de assunto ou melhor, retornando à questão do Museu, à uns anos, em conversa com alguns familiares, discutimos uma ideia minha que consistia em despejar os Ministérios do Terreiro do Paço e transformar o edifício num Museu Nacional congregando espólios espalhados por pequenos Museus (Arte Antiga, Arqueologia, etc.) e que poderia ser por exemplo o Museu do Paço Real (da Ribeira) e rebaptizar a Praça do Comércio como Terreiro do Paço, nome pelo qual ela é popularmente conhecida. Seria o nosso Louvre ou British Museam ou o castelhano Prado  :oops: Não liguem sou meio louco.

Abraços,
zocuni
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #24 em: Maio 05, 2008, 02:41:11 am »
Citação de: "zocuni"

Gostei dessa de despejar os ministérios.Isso seria um mega-museu,teria espaço suficiente?
Depois de sua sugestão algo arrojada,porque não minha muito alucinada.Porque não no Mosteiro dos Jerónimos?Acho que me vai cair o Carmo e a Trinadade em cima. :oops: Não liguem sou meio louco.

Abraços,


Tinha espaço suficiente para fazer um grande Museu Nacional. A ideia do Terreiro do Paço surgiu porque os edifícios podem-se adaptar facilmente a museu. Todos ganhavam, os Ministérios porque ganhavam novos edifícios feitos de raiz para as novas funções em vez dos velhos actuais adaptados e ganhava o país que ficava a dispor de um grande e digno Museu com as principais colecções lisboetas, dispersas actualmente por vários pequenos museus. Os Jerónimos não me parecem dispor de condições nem de espaço para um tal Museu.
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 20639
  • Recebeu: 6911 vez(es)
  • Enviou: 7941 vez(es)
  • +8086/-12702
(sem assunto)
« Responder #25 em: Maio 05, 2008, 02:44:54 pm »
Citação de: "JLRC"
Mas mudando de assunto ou melhor, retornando à questão do Museu, à uns anos, em conversa com alguns familiares, discutimos uma ideia minha que consistia em despejar os Ministérios do Terreiro do Paço e transformar o edifício num Museu Nacional congregando espólios espalhados por pequenos Museus (Arte Antiga, Arqueologia, etc.) e que poderia ser por exemplo o Museu do Paço Real (da Ribeira) e rebaptizar a Praça do Comércio como Terreiro do Paço, nome pelo qual ela é popularmente conhecida. Seria o nosso Louvre ou British Museam ou o castelhano Prado  :mrgreen:

Outros defenderiam um "regresso ás origens" com a re-instituição dos Autos de Fé a mando da Santa-Madre Igreja e da Congregação para a doutrina da Fé c34x
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

JoseMFernandes

  • Perito
  • **
  • 394
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #26 em: Maio 05, 2008, 07:50:09 pm »
Talvez muitos ja tenham tido conhecimento, mas a proposito de descobertas arqueologicas navais, o achado em Istambul de 31 navios datando da era medieval (portanto do tempo de Constantinopla que foi sucessivamente  capital  do Império Romano em geral e posteriormente do Império Romano do Oriente ) constitui um dos mais importantes da historia recente.
Espera-se que a exploração desta descoberta permita saber muito mais em concreto sobre a arte de construção naval da altura ( encontraram-se navios mercantes e militares ).
Saber como ou porque aconteceu aquela situação (maremoto ? ) sera outra questão...e nada facil.


http://www.lexpress.fr/info/infojour/af ... =9779&1134
 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +111/-1
(sem assunto)
« Responder #27 em: Maio 05, 2008, 08:36:29 pm »
Citação de: "JoseMFernandes"
Talvez muitos ja tenham tido conhecimento, mas a proposito de descobertas arqueologicas navais, o achado em Istambul de 31 navios datando da era medieval (portanto do tempo de Constantinopla que foi sucessivamente  capital  do Império Romano em geral e posteriormente do Império Romano do Oriente ) constitui um dos mais importantes da historia recente.
Espera-se que a exploração desta descoberta permita saber muito mais em concreto sobre a arte de construção naval da altura ( encontraram-se navios mercantes e militares ).
Saber como ou porque aconteceu aquela situação (maremoto ? ) sera outra questão...e nada facil.


http://www.lexpress.fr/info/infojour/af ... =9779&1134


Dizem que foi um Tsunami ...  :wink:

 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +111/-1
(sem assunto)
« Responder #28 em: Maio 05, 2008, 10:36:17 pm »
Navios da antiguidade e idade média descobertos em antigo porto na Turquia

Citar
Uma equipa de arqueólogos turcos exumou de um antigo porto bizantino de Istambul 31 navios, que constituem, na sua avaliação, a mais vasta frota medieval até agora descoberta.
Fazem parte do conjunto caiques à vela utilizados no transporte de cereal e mármore e navios militares bizantinos a remos.

O balanço da exploração, iniciada em finais de 2004 no Eleuterion, porto fundado pelo imperador Teodósio I (364-395) na margem europeia do Mar de Marmara, ultrapassou todas as expectativas.

«Nunca antes foram exumados tantos navios dos séculos VI, VII, IX, X e XI. Eles tapam um grande buraco no conhecimento que temos da tecnologia naval na época bizantina», declarou Metin Gökçay, um dos arqueólogos da missão.

Os navios, dos quais subsistem sobretudo os cascos - atingindo alguns 25 metros de comprimento - fornecem igualmente preciosas informações sobre as rotas marítimas de ligação da capital de um império então no auge da sua potência com o resto do mundo.

«Os navios chegavam aqui vindos de todos os cantos do império. Encontrámos objectos procedentes do Egipto, de Chipre, da Crimeia, da Rússia, da Roménia, da Bulgária...», assinalou o arqueólogo Mehmet Ali Polat, segundo o qual «é excepcional encontrar-se num mesmo local objectos de tantas origens diferentes».

Durante vários séculos, assinalou Gökçay, o Eleutérion recebeu o milho e a cevada enviados do Egipto para alimentar Constantinopla, populosa capital do império romano de 330 a 395 e, depois, do Império romano do Oriente ou Império bizantino.

«Mas no século VII - referiu - os árabes derrotaram os bizantinos, que perderam o controlo do Egipto. E verifica-se que, no século IX, os bizantinos estabelecem relações comerciais com os russos, à medida que estes se convertem ao cristianismo».

Além dos navios, os arqueólogos trouxeram à luz do dia importantes vestígios do próprio porto: as fundações de um farol, um quebra-mar, os alicerces de uma igreja e cerca de 20 metros da muralha do imperador Constantino I (274-337), até agora conhecida unicamente pelos textos que sobre ela se escreveram.

Por esclarecer continua o mistério que rodeia o naufrágio de dezenas de embarcações no cais. Os arqueólogos privilegiam, por agora, a hipótese de um tsunami que teria varrido o porto no século VI.

Diário Digital / Lusa

 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +111/-1
(sem assunto)
« Responder #29 em: Maio 08, 2008, 08:12:20 pm »
Pedida colaboração de Portugal para investigar nau ao largo da Namíbia

Citar
Portugal foi contactado para colaborar na identificação do espólio subaquático descoberto ao largo da Namíbia, e que provavelmente era transportado por um navio português, naufragado no século XVI, disse hoje à Lusa fonte oficial portuguesa.

Segundo João Pedro Cunha Ribeiro, subdirector do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), a sua instituição, em conjunto com o Ministério da Cultura, "está a diligenciar esforços para responder às solicitações dos arqueólogos locais".

O contacto foi feito através do Consulado de Portugal na Cidade do Cabo pelo arqueólogo sul-africano Dieter Noli, contratado pelo consórcio NAMDEB, formado pelo Governo namibiano e pela empresa diamantífera De Beers.

"É um contacto no sentido de nós podermos colaborar no estudo do processo e podermos diligenciar para que esta informação seja uma mais-valia para o conhecimento daquilo que é a gesta dos Descobrimentos e a arqueologia náutica que lhe está associada", destacou.

A descoberta foi divulgada em comunicado de imprensa da De Beers no passado dia 30 de Abril, mas ocorreu a 01 de Abril, no decorrer de uma expedição de prospecção de diamantes.

"Recebemos hoje a informação de que o arqueóogo Dieter Noli contactou o nosso Consulado na Cidade do Cabo", revelou Cunha Ribeiro à Lusa.

"A informação chegou-nos via Ministério dos Negócios Estrangeiros", acrescentou.

Cunha Ribeiro adiantou que o pouco que ainda se conhece da descoberta representa "uma valia patrimonial para a qual nós temos de saber responder. Neste momento estamos a ponderar, em colaboração obviamente com o Ministério da Cultura, qual vai ser o contacto que vamos estabelecer e qual a resposta que vai ser dada à solicitação que nos foi feita".

Para o subdirector do IGESPAR, as informações disponíveis apontam para que, a partir de fotografias de parte do tesouro descoberto, em que se vêem várias moedas, designadamente uma moeda de ouro de Dom João III, o naufrágio tenha ocorrido depois de 1525.

"Será portanto um naufrágio do segundo quartel do século XVI, numa altura em que a região era fundamentalmente frequentada por naus portuguesas e fundamentalmente por naus da carreira da Índia", afiançou.

A explicação assenta no Tratado de Tordesilhas, que as coroas portuguesa e espanhola assinaram em 1494 e que permitiu dividir o mundo em duas áreas de influência.

"Enquanto os espanhóis andavam a explorar o continente americano e a América Latina, nós estávamos a trabalhar no outro lado", explicou.

Mas não existem garantias, segundo Cunha Ribeiro, de que a nau encontrada ao largo da Namíbia seja portuguesa.

"Tanto mais que até sugestivamente há lá moedas espanholas, o que não quer dizer nada, porque naquela altura valia mais pelo metal, muito mais do que pelo valor facial. Com toda a probabilidade trata-se de um barco português, ainda que sujeito a confirmação", frisou.

A resposta portuguesa à solicitação poderá passar pelo envio de uma expedição científica, mas não há ainda certezas.

"Essa é uma das hipóteses. Estamos a ver se entramos em contacto directo com os nossos colegas namibianos, porque uma expedição destas obriga a uma logística", disse.

O achado ocorreu numa zona concessionada à NAMDEB, a 12 quilómetros da fronteira namibiano-sul-africana, completamente interdita, pelo que "nunca se poderia lá ir a não ser com uma organização das autoridades locais".

"Não estamos aqui a disputar, a saber se aquilo é nosso ou não. Vai além disso, para a salvação do património. E temos todo o interesse em colaborar com as autoridades locais para salvar um património que é nosso, não em sentido material, mas em sentido sentimental", ressalvou.

No passado dia 02, em declarações à Lusa, o arqueólogo Francisco Alves disse que os destroços achados representavam uma "grande descoberta".

"Como arqueólogo penso que é uma grande descoberta. E tenho um palpite, muito alicerçado e com base em tudo o que veio ao de cima na Internet, de que efectivamente é um navio português", salientou.

"Mas não é a caravela do Bartolomeu Dias. Isso é perfeita especulação", vincou.

Segundo as poucas notícias disponíveis, entre as quais uma fotografia de algumas moedas que fazem parte do espólio descoberto na passada semana ao largo da Namíbia, está a prova da nacionalidade portuguesa dos proprietários do navio.

"A moeda que mostram, embora seja o reverso, foi identificada por um colega meu, Paulo Alexandre Monteiro. É indiscutivelmente uma moeda de Dom João III, que foi cunhada a partir de Outubro de 1525", destacou Francisco Alves.

"Essa moeda de ouro chama-se 'português' e era uma das mais prestigiantes moedas da época. A moeda mostrada corresponde a 10 cruzados de ouro", acrescentou.

Lusa